Tendo também seu pai sido jogador de futebol, Lewis, desde
tenra idade, começou a ter contacto com a modalidade. As idas regulares ao
estádio para a assistir às partidas do seu progenitor, o ajudá-lo a arrumar o
saco com o equipamento, foram acalentando ao jovem o sonho de um dia seguir as
pegadas daquele que haveria de ser o seu primeiro ídolo. Começou como
guarda-redes, mas a insistência do seu pai para que passasse a jogador de
campo, levá-lo-ia, mais tarde, a optar pelo ataque.
Atleta possante, mas sem nunca por isso perder aquela que
era a sua melhor característica, a velocidade, Lewis, rapidamente, começa a dar
nas vistas naquele que era o universo futebolístico tobaguenho de meados dos
anos 80. Com a maioridade ainda há pouco transposta, o extremo chega a selecção
nacional do seu país e cumpre um dos seus desejos de menino, alvo, tanta vez,
das suas preces - "Quando ainda era um jovem jogador, lembro-me que havia
noites em que rezava na minha cama: «Senhor, se eu pudesse apenas jogar pela
equipa nacional, eu porto-me bem.»".
O segundo grande passo na sua carreira aconteceu quando um
seu compatriota, e companheiro de aventuras desportivas, o aconselhou aos
jamaicanos do Portmore United. Latapy, nome bem nosso conhecido, via assim
chegar ao clube um amigo. O mais engraçado é que dali, os dois, partiriam para
nova aventura, desta feita uma bem maior, desta feita o destino era Portugal.
Com o objectivo de confirmar as habilidades de Latapy, os
responsáveis da Académica pedem ao seu agente para ver alguns vídeos. É nessa
altura que reparam que numa das alas da equipa jamaicana também jogava um jovem
com imenso potencial. O pedido especial é então feito, e de Coimbra vem a
proposta, não de comprar só o médio ofensivo, mas de trazer ambos os atletas.
Assim foi feito e em 1990 Lewis atravessa o Atlântico para experimentar o
futebol europeu.
Com as normais dificuldades de adaptação, tanto em termos de
estilo de vida como a nível de métodos de treino, Lewis lá se foi aguentando...
e, digamos, até muito bem!!! Afinal, sempre foram 13 anos da sua vida que por
cá passou. Envergou a camisola de diversos emblemas, como: a da, já referida,
Académica; a do Felgueiras; a do Desportivo de Chaves; a do Estrela da Amadora;
a do União de Lamas e a do Boavista. Aliás, seria ao serviço das
"Panteras" que Lewis venceria um dos mais importantes títulos da sua
carreira, a Taça de Portugal de 1996/97.
Depois do regresso definitivo ao seu país natal e de no
W-Connection Football Club, colectividade onde havia chegado a sénior, ter
decidido por um ponto final na sua carreira, Lewis abraçou novas funções no
desporto que desde sempre o apaixonou, começando, desse modo, a treinar as
camadas jovens do dito clube.
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