389 - ALEX

A primeira aparição digna de registo por parte de Alex, remonta ao Mundial de S-20 na antiga União Soviética. Já por esta altura, 1985, o avançado nascido na Guiana, mas de nacionalidade canadiana, era uma das promessas do futebol do seu país. Por essa razão, a sua estreia na principal equipa da sua selecção não tardou, aliás aconteceu no ano seguinte. Curioso também, é a sua participação, em paralelo com o "futebol de 11", no primeiro Mundial de futsal, disputado em 1989 na Holanda.
Nos tempos que seguiram, Alex, apesar das suas incontestáveis qualidades ofensivas, haveria quedar-se apenas pelos, pouco representativos, campeonatos canadianos. A verdade é que a sua veia goleadora, tornava equipas como os Hamilton Steelers, os Toronto Blizzard ou ainda os Supra de Montréal, pequenas demais para si. Assim não foi de estranhar, talvez apenas por ser tardia, a aposta que surgiria do West Ham. Nessa temporada os de Londres, apesar da inequívoca ambição de subirem de escalão, militavam apenas na segunda liga inglesa. Nada dista conjuntura parecia desmotivar o ponta-de-lança... muito pelo contrário! Este cenário era o ideal para que Alex, agora já com 25 anos de idade, pudesse, definitivamente, afirmar-se no, mais do que merecido para si, futebol europeu. No entanto esse objectivo ficaria bem longe de ser alcançado. Com a concorrência de internacionais como a do inglês Clive Allen, ou a do escocês David Speedie, Alex veria a ambição muito comprometida, jogando somente cerca de uma mão cheia de partidas.
Quando já se previa um cabisbaixo regresso ao Canadá, surge então, em jeito de segunda oportunidade, o Marítimo. No Funchal, Alex haveria de dar uma reviravolta à sua carreira. Logo na época de estreia, 1993/94, entra em campo frente ao Antwerp, naquela que seria a primeira participação dos insulares nas provas da UEFA. Na segunda temporada é dos principais autores da caminhada até ao Jamor, a qual, infelizmente para os "verde-Rubro" acabaria numa derrota por 2-0 frente ao Sporting.
Alex, com seu forte jogo de cabeça, sentido posicional de excelência e um faro para o golo bem acima da média, facilmente passou de desconhecido para um dos predilectos dos adeptos e massa associativa dos madeirenses. Muito para acima disso, Alex ficará nos registos do emblema por ter conseguido, nas 6 temporadas em que por lá esteve, tornar-se no melhor marcador de sempre da sua história.
Alex, já na fase descendente da sua carreira, regressaria ao Norte do continente americano, mas desta feita aos Estados Unidos. À sua espera estava um contrato na "Major League Soccer" com os Kansas City Wizards, clube onde terminaria a sua vida de futebolista, e onde, actualmente, joga um dos seus filhos - o internacional pelos Estados Unidos, Teal Bunbury.

Sem comentários: