905 - VITAL

Com a formação dividida entre o Caldas e o Benfica, a possibilidade de continuar na equipa “encarnada” ficaria inviabilizada pela presença de avançados mais experientes. Artur Jorge, Nené, Jordão, Vítor Baptista e, principalmente, Eusébio empurrariam Vital para fora da “Luz”. Nesse sentido, Famalicão e Marinhense seriam os emblemas que acolheriam o jovem atleta nos dois primeiros anos como sénior. Seguir-se-ia o Riopele.
No emblema do concelho de Famalicão, Vital participaria num dos mais importantes capítulos da “colectividade fabril”. Tendo chegado na temporada de 1974/75, o jogador participaria nas campanhas que levariam o clube à estreia na 1ª divisão. O destaque merecido durante essas 3 temporadas faria com que José Maria Pedroto, à altura técnico principal do FC Porto, decidisse apostar na sua contratação. Apesar de pouco utilizado, as exibições pelo emblema da “Invicta” levariam a que, a 16 de Novembro de 1977, conseguisse estrear-se com a principal camisola da selecção portuguesa. Chamado por Juca, o avançado, que já contava com algumas internacionalizações nas camadas jovens, entraria na segunda metade da partida frente ao Chipre. Mesmo sendo essa a sua única presença na equipa “A” o atleta deixaria a sua marca no desfecho da partida e, com um golo, daria o seu contributo para a vitória por 4-0.
A sua saída do FC Porto, a meio da temporada de 1979/80, levá-lo-ia a entrar numa fase mais errante da carreira. Mesmo não conseguindo fixar-se por muito tempo no mesmo clube, a verdade é que as suas qualidades, mormente o jogo aéreo, mantê-lo-iam em emblemas de topo. Nos anos seguintes, Betis, na única aventura pelo estrangeiro, o regresso ao Benfica e ainda o Boavista seriam as cores que passaria a envergar.
Curiosamente, aquela que seria a última fase da sua carreira afastá-lo-ia dos principais palcos competitivos. Sem ainda ter chegado aos 30 anos de idade, Vital passaria a competir nas divisões secundárias do futebol português. Apesar desse final um pouco surpreendente, o percurso do atacante não ficaria desvirtuado. Tendo representado importantes emblemas, também os títulos conseguidos serviriam de testemunho do seu sucesso. Divididos entre os anos no FC Porto e no Benfica, o avançado ajudaria as suas equipas a conquistar 3 Campeonatos Nacionais, 1 Taça de Portugal e 1 Supertaça.
Com o final da carreira de futebolista, a passagem para as funções de técnico seria imediata. No Vizela, onde ainda desempenharia o papel de treinador-jogador, daria os primeiros passos de uma longa caminhada. Tendo orientado diversos clubes, principalmente nos escalões inferiores, há que destacar a sua passagem pelo Sporting. Em Alvalade, onde entraria como adjunto de Octávio Machado, chegaria a comandar a equipa principal. Em 1997/98 seria dele a responsabilidade de dirigir os “Leões” durante algumas partidas. Contudo, e numa altura conturbada para o emblema de Alvalade, os resultados não ajudariam à sua continuidade. Ao fim de apenas algumas semanas, seria demitido e o argentino Vicente Cantatore acabaria por ocupar aquele que tinha sido o seu lugar
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