1160 - MANUEL CORREIA

Intercalada a formação no Seixal Futebol Clube, com uma curta experiência nas camadas jovens do Sporting, o regresso às “escolas” do emblema sediado na margem sul do Rio Tejo daria a Manuel Correia a oportunidade de, alguns anos depois, fazer a transição para a equipa principal. Todavia, com o clube do Campo do Bravo a militar nas divisões inferiores, o defesa-central ainda demoraria alguns anos até chegar ao degrau maior do futebol português.
Com o avançar da caminhada, depois ter conseguido estrear-se nos seniores na campanha de 1979/80, seguir-se-iam as passagens pelo Sesimbra e pelo “O Elvas”. Seria mesmo no Alentejo que o atleta, depois de uma temporada de 1983/84 de bom nível exibicional, conseguiria dar o salto para os palcos principais do Campeonato Nacional. Com a transferência para o Vizela, a época de 1984/85 ficaria como um marco no seu percurso desportivo. Em termos pessoais, a referida campanha acabaria por encetar o seu itinerário na 1ª divisão. Também em termos colectivos, esse mesmo ano registaria a estreia do emblema minhoto entre os “grandes” e, por consequência, inscreveria o defesa numa das páginas mais importantes do clube.
Com o último lugar na tabela classificativa, os minhotos, um ano após a subida, acabariam por descer de escalão. Com a despromoção, também Manuel Correia seria arrastado. Mantendo-se como um dos mais importantes pilares do conjunto, a passagem de 2 temporadas pela 2ª divisão serviria para sublinhar o atleta como um elemento capaz de atingir outros horizontes. Nesse sentido, e ao verem na sua habilidade aptidões suficientes para acrescentar valor ao plantel, os responsáveis do Penafiel aceitariam a aposta nos seus serviços. A troca de clubes, ocorrida na época de 1987/88, devolveria o jogador ao patamar máximo e promoveria o reencontro com José Romão. De novo sob a alçada do seu antigo treinador no Vizela, Manuel Correia afirmar-se-ia como um intérprete de cariz vincadamente primodivisionário. Para tal aferição, em muito contribuiria a titularidade. Dono de um lugar no “onze” durante a passagem pela colectividade duriense, o estatuto mantê-lo-ia também no clube seguinte.
Em Trás-Os-Montes, ao acompanhar José Romão na mudança, o defesa acabaria a viver o período mais marcante da caminhada profissional. Entre 1989 e 1996, envergaria o azul-grená das camisolas flavienses. Com 7 temporadas consecutivas, 6 das quais despendidas no patamar maior, o registo de 193 partidas disputadas faria de Manuel Correia o 2º atleta com mais partidas disputadas pelo Desportivo de Chaves, na 1ª divisão.
Mas não só como atleta defenderia os interesses do emblema transmontano. Também na cidade nortenha decidiria aposentar-se das lides de futebolista e, imediatamente após “pendurar as chuteiras”, abraçar as funções de técnico. Como não poderia deixar de ser, o antigo praticante aproveitaria a oportunidade dada por José Romão, tornando-se no seu adjunto. Já na temporada de1997/98, com a experiência a contar para o seu registo na 1ª divisão, assumiria o cargo de treinador-principal. Seguir-se-iam, numa carreira longa e marcada pelos escalões secundários, diversas colectividades. De entre os vários emblemas, destaque para os regressos ao Penafiel, ao Vizela e ao Sesimbra ou as passagens pelo União de Lamas, Desportivo das Aves, Felgueiras e Fabril.

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