786 - FILIPOVIC

Já depois de, em tenra idade, ter deixado Belgrado para morar no Montenegro, o regresso à capital da antiga Jugoslávia abrir-lhe-ia as portas do futebol. Nas “escolas” do Crvena Zvezda (Estrela Vermelha), Zoran Filipovic faria todo o seu percurso formativo. Com a naturalidade de um predestinado, seria com distinção que o avançado passaria todos os desafios dessa etapa inicial. Com 17 anos apenas, e aferindo todas as suas qualidades, dá-se a chamada à primeira equipa. A temporada de 1970/71 marcaria, desse modo, a subida da jovem promessa ao plantel principal. O jogo de estreia, disputado no âmbito das competições europeias, seria contra os húngaros do Ujpest FC. Contudo, a maior curiosidade deste episódio, prender-se-ia com o facto de o treinador adversário ser Lajos Baroti, o mesmo técnico que, anos mais tarde, apadrinharia a sua entrada no Benfica.
Não foi apenas no Estrela Vermelha que o ponta-de-lança conseguiria despontar prematuramente. Sendo um jogador que primava pela elegância dentro de campo, a sua impulsão, posicionamento e sentido de baliza faziam dele um avançado temido. Ora, tantos predicados, e revelados tão precocemente, levariam os responsáveis da selecção a chamá-lo a uma partida da qualificação para o Euro 72. Esse jogo frente à República Democrática Alemã, dando continuidade a uma série de chamadas nas camadas jovens, daria início a uma caminhada que, na minha opinião, ficaria um pouco aquém das espectativas. Com a principal camisola da Jugoslávia conseguiria atingir as 13 internacionalizações, um número que não faria justiça às suas capacidades.
Voltando ao Estrela Vermelha, 10 épocas a envergar a camisola vermelha e branca permitir-lhe-iam superar diversas metas. O tempo passado com os seniores, faria de Filipovic um dos atletas com mais jogos efectuados pelo emblema de Belgrado. Claro que no que diz respeito a remates certeiros, também os números apontariam a sua qualidade. Para além de ter conseguido sagrar-se o Melhor Marcador do Campeonato de 1976/77 (21 golos), a sua pontaria levá-lo-ia a conquistar o título de goleador máximo da história do clube nas competições da UEFA.
Só a falta de abertura entre o Bloco de Leste e a Europa Ocidental, é que impediria Filipovic de viajar até uma das ligas mais prestigiadas do “Velho Continente”. Esse constrangimento seria ultrapassado no início dos anos 80 e numa altura em que já contava no currículo com 3 Campeonatos e 3 Taças da Jugoslávia. Todavia, a sua transferência para os belgas do Club Brugge não correria de feição e, um ano após a sua chegada, o atleta estava de partida para outro país. Em Lisboa, e como já foi referido, reencontrar-se-ia com o técnico Lajos Baroti. Apesar de ter chegado “à experiência”, os bons resultados que, desde os primeiros dias, conseguiria demonstrar, fariam com que o contracto fosse assinado. Em boa hora aconteceu porque, nos anos vindouros, o avançado tornar-se-ia numa referência para o Benfica.
Apesar de uma primeira época positiva, a melhor temporada de Filipovic com as cores da “Águia” seria a de 1982/83. Com Nené como seu companheiro no ataque, o jogador seria essencial nas vitórias conseguidas. Muito para além da “dobradinha”, essa campanha ficaria marcada pela presença do Benfica na final da Taça UEFA. Para esse feito muito contribuiriam os seus golos. 3 nos quartos-de-final contra a Roma, e mais 1 nas meias-finais frente à Universitatea Craiova, empurrariam os “Encarnados” para esse derradeiro encontro. Na final, e apesar de ter disputado ambas as mãos, a sua veia goleadora acabaria por ser ofuscada pela defesa do Anderlecht.
Já depois de, na temporada seguinte, o seu desempenho pessoal ter ficado um pouco aquém daquilo que era esperado, o atleta muda-se para a cidade do Porto. Com mais um Campeonato (1983/84) na bagagem, a sua transferência para o Boavista como que marca a última etapa na sua carreira de futebolista. Seria também no Bessa que Filipovic faria a transição para as funções de técnico. Ainda como adjunto, o antigo avançado daria os primeiros passos de uma nova vida. Nessas funções de treinador, e como uma carreira que já vai longa, há que destacar as suas passagens não só pelo Campeonato Nacional, como por outros países. Salgueiros, Beira-Mar, Vitória de Guimarães e Benfica (adjunto de Artur Jorge) também fazem parte desse seu percurso. Claro está, há também que fazer referência às suas passagens pela Sampdoria, o regresso ao Estrela Vermelha ou o seu papel nas selecções da Jugoslávia e Montenegro.

785 - KAROGLAN

Já ia longo o seu percurso, quando rebenta a guerra nos Balcãs. Depois de passagens por alguns emblemas da antiga Jugoslávia, Karoglan, por razão do referido conflito armado, decide então deixar o seu país – “Se não fosse a guerra nunca tinha ido. Tinha 26 anos e não me passava pela cabeça sair daqui, ainda por cima para um país como Portugal, tão longe. É a vida. É a guerra e é a vida…”*.
Fixa-se em Trás-os-Montes e aí encontra o seu antigo colega do NK Iskra Bugojno, Rudez Thiomir. Tendo como companheiro na frente de ataque Rudi (foi assim que o seu compatriota ficou conhecido), o atleta adapta-se na perfeição ao Desportivo de Chaves. Mesmo com uma carreira que, até então, tinha sido feita, maioritariamente, de passagens por clubes mais modestos, o jogador consegue destacar-se com facilidade e começa a merecer uma atenção especial.
Naquele que seria o seu caminho, Hajduk Split, Dinamo Vinkovci, NK Zagreb e os já falados emblemas precederiam um dos clubes com mais tradição em Portugal. Após duas temporadas a envergar as cores da colectividade flaviense, o Sporting de Braga decide apostar na contratação do atacante croata. Rápido e, principalmente, com uma postura bastante aguerrida, Karoglan conseguiria, com relativa facilidade, conquistar os adeptos do seu novo clube. Na “Cidade dos Arcebispos”, o avançado acabaria por dar um enorme contributo para os bons resultados do conjunto. A chegada à final de Portugal de 1997/98 ficaria na memória dos que acompanham os bracarenses. Já a eliminatória jogada frente às “Águias” é uma das melhores recordações do futebolista – “Olha, foi na meia-final da Taça, dois golos, há um vídeo na internet, vai ver (…). Foi uma grande alegria, uma festa. O estádio estava cheio, muita gente a festejar, foi um dia para não esquecer. E o Benfica era muito forte, não era fácil marcar ao Preud'homme”**.
Apesar da final perdida frente ao FC Porto (3-1), os 6 anos ao serviço do Sporting de Braga transformar-se-iam em tempo mais do que suficiente para que Karoglan conseguisse tornar-se num dos grandes ídolos da massa associativa minhota. Ainda sem nunca ter sido um atacante muito prolífero, a sua atitude dentro de campo e a ajuda que prestava aos seus colegas, valer-lhe-iam esse estatuto.
Em 1998/99, Karoglan decide ser hora para pôr um ponto final no seu percurso como futebolista. Ainda que afastado dos grandes palcos, o antigo atacante continua a estar bem atento ao futebol. Muito para além de acompanhar a carreira do filho (Bruno Karoglan), a sua relação com a modalidade, principalmente em Portugal e na Croácia, mantem-se – “Continuo ligado ao futebol. Tento manter sempre esta ligação, mesmo que não a nível profissional. Trabalhei como olheiro e também numa equipa juvenil aqui da cidade. Cheguei a falar com o Braga para descobrir talentos mas nunca foi nada em concreto. Não tenho ligação a um clube, faço de olheiro para alguns amigos, seja para a Croácia, Inglaterra, Alemanha…”*.

 
*retirado do artigo de João Tiago Figueiredo, em http://www.maisfutebol.iol.pt, publicado a 03/12/2014
**adaptado da entrevista de Mariana Cabral, em http://tribunaexpresso.pt, publicado a 19/09/2016

784 - MICKEY


Já depois de passar pelas “escolas” de diversos emblemas da Beira Litoral, é já na Académica de Coimbra que termina o seu percurso formativo. Rui Miguel Alegre do Nascimento Lopes, que ficaria conhecido no mundo do futebol por Mickey, acabaria por encontrar no emblema da “Cidade dos Estudantes” um meio propício a lançar-se na referida modalidade. Ainda assim, e já depois de, na temporada de 1990/91, ter conseguido estrear-se na categoria principal, a falta de oportunidades daria jus a um pequeno périplo de empréstimos.
A cedência ao Mirandense (1991/92) e, no ano seguinte, à Naval 1º de Maio (1992/93), abrir-lhe-iam as portas do regresso a Coimbra. De volta à “casa mãe”, a sua ascensão ao “onze” inicial não seria imediata e o médio-ofensivo ainda teria de penar um pouco mais. Esse estatuto, o de titular, consegui-lo-ia apenas em 1994/95. Sendo um jogador que primava pela excelente leitura de jogo, e tendo uma técnica de passe acima da média, Mickey começaria a cimentar-se como o “playmaker” do grupo.
A importância que, no decorrer das temporadas seguintes, conseguiria granjear, serviria para sublinhar as suas excelsas qualidades. Todavia, não era só dentro de campo que o centrocampista personificava o espírito da “Briosa”. Também fora dele, mormente no desenrolar da sua vida académica, Mickey era um bom exemplo. Como estudante-atleta, o futebolista serviria para preservar uma das tradições mais vincada na história da instituição conimbricense.
Já numa altura em que o seu lugar na equipa inicial era inquestionável, Mickey, finalmente, consegue disputar a mais importante competição em Portugal. Infelizmente para o jogador, e uma injustiça para a consistência que sempre mostrou dentro de campo, o seu percurso no nosso maior patamar não atingiria a duração que este merecia. Com os “Estudantes”, o médio estaria 2 temporadas na 1ª divisão (1997 a 1999). Já sua saída do clube coincidiria com a despromoção do grupo e com a necessidade de reduzir o orçamento da equipa – ”É doloroso sair da Académica, sinto alguma mágoa porque estou muito ligado a esta casa (…). Sei que ainda tenho muito a dar ao futebol e chegou a hora de pensar também em mim (…). “As negociações com o Campomaiorense estão muito bem encaminhadas, o que me permitirá continuar a jogar na I Divisão (…). A possibilidade de ir para Espanha continua de pé”*.
A sua escolha recairia no emblema da raia alentejana. Incrivelmente, a partir dessa mudança de clube, a sua carreira, e de uma forma repentina, encurtar-se-ia. Depois de uma época ao serviço do Campomaiorense, Mickey assina pelo Sporting de Espinho e mergulha nos escalões inferiores. Maior tornar-se-ia a surpresa quando, sem ainda ter chegado aos 30 anos de idade, decide pôr um ponto final no seu percurso profissional. Depois dessa temporada com os “Tigres da Costa Verde”, e numa decisão que, aos olhos de um normal adepto, parece sempre prematura, o atleta afastar-se-ia dos “campos da bola”.

 
*adaptado de artigo publicado no jornal “Record”, a 02/07/99

783 - GONZÁLEZ

Estrela no Club Guaraní, ao avançado seria apresentada uma proposta para a sua transferência para o Real Madrid. Tal sugestão, ainda que dependente de um período experimental, seria aceite pelo atleta que, desse modo, teria a oportunidade de jogar num dos maiores emblemas a nível mundial.
O que passa a ser complicado é tentar explicar o que terá acontecido entre a proposta dos “Merengues” e a sua chegada ao Restelo. Segundo alguns relatos, o facto de o seu empresário ser amigo do técnico Alejandro Scopelli, à altura ao serviço do Belenenses, terá feito com que a viagem tenha sofrido um pequeno desvio. No entanto, há ainda a versão que nos conta as dificuldades burocráticas, pelas quais o jogador terá sido impedido de jogar pelo emblema da capital espanhola. Seja qual for a verdade, a única certeza é que na temporada de 1972/73, González faz a sua estreia com a “Cruz de Cristo”.
Como viria a afirmar o já referido treinador argentino, o extremo paraguaio era um “Jogador extraordinário pela sua velocidade e técnica, muito oportuno dentro da área com grande poder de remate e colocação. Um autêntico operário da equipa. Um profissional que se alheia da sua categoria para se integrar numa equipa sem vedetas, embora um jogador de grande classe tinha a humildade dos predestinados ao sucesso”*. Tais qualidades fizeram com que o esquerdino rapidamente conseguisse tornar-se num dos elementos mais preponderantes do plantel. A sua importância seria tal que, nas campanhas seguintes, poucos foram os jogos que o atleta falharia. Durante essas 5 épocas, o Belenenses também viveria momentos de sucesso e o 2º lugar conseguido no ano da sua chegada ou as participações nas competições europeias, seriam disso prova.
Os bons resultados conseguidos com as cores do Belenenses, fariam com que o FC Porto visse nele um bom reforço. Sob o comando de José Maria Pedroto, González acabaria por vencer os primeiros troféus em Portugal. Aliás, esse bicampeonato (1977/78; 1978/79), e que marcaria o fim de um jejum de 19 anos para o clube, acabaria por tornar-se no melhor registo do seu currículo. Ainda assim, a sua passagem pelas Antas seria tudo menos feliz. Assolado por graves lesões, a utilização do ala-esquerdo ficaria resumida a menos de uma dezena de partidas disputadas. Esses números, bem longe do seu real valor, acabariam por ditar a sua saída e o regresso ao Estádio do Restelo.
De volta ao Belenenses, as mazelas acumuladas no decorrer das temporadas anteriores fariam com que o atacante não conseguisse alcançar o nível de antigos desempenhos. González, ainda não tendo ultrapassado a barreira dos 30 anos de idade, acabaria por entrar no ocaso do seu percurso. Um par de épocas a vestir de Azul e mais uma, já a jogar nos escalões inferiores, ao serviço do Atlético, haveriam de pôr um ponto final na sua carreira de futebolista.
Já depois de retirado da alta competição, o antigo internacional pelo Paraguai continuaria ligado ao futebol e ao Belenenses. Para ser exacto, González fixar-se-ia em Portugal, onde ainda reside, e, durante vários anos, trabalharia nas escolas do clube lisboeta.


*retirado de http://belenenses.blogspot.pt/

782 - AUGUSTO

Tendo feito praticamente toda a sua formação no Olhanense, foi ainda na primeira metade da década de 80 que Augusto subiria à equipa principal “Rubro-Negra”. Extremo irrequieto e dotado de uma técnica acima da média, rapidamente conseguiria conquistar a atenção do mundo do desporto. Mesmo com o emblema de Olhão a militar na 2ª divisão, as boas exibições que, desde muito cedo, começou a averbar, conseguiriam chamar a atenção de outro clube algarvio. O Portimonense, por indicação de Manuel José, haveria de conduzir as negociações para que a transferência se consumasse. No entanto, com a saída do referido técnico, seria pela mão de Vítor Oliveira que o avançado faria a estreia no patamar cimeiro do nosso futebol.
Como, por certo, já adivinharam, a primeira temporada de Augusto no Portimonense coincidiria com a estreia do clube nas competições europeias. Essa eliminatória frente ao Partizan de Belgrado haveria de ser um dos momentos altos da sua carreira. Ainda assim, durante essa época de 1985/86, as oportunidades que haveria de merecer não serviriam para confirmar todos os seus predicados. Seria já na campanha seguinte, durante a qual conseguiria afirmar-se no “onze” inicial, que tudo mudaria. Com o estatuto de titular, e com as chamadas às selecções de “Esperanças” e “Olímpica”, o seu valor aumentaria exponencialmente. Ora, com tudo isto e sendo ainda um atleta jovem, não foi grande a surpresa quando chegou o convite do Benfica.
Para a “Luz”, num negócio que também envolveria a transferência de Pacheco, Augusto chegaria na temporada de 1987/88. Contudo, e ao contrário do que até então tinha acontecido, a sua adaptação não correria da melhor maneira. “Tapado” por Diamantino, o jovem ala-direito acabaria por jogar pouco. Essa parca utilização faria com que, logo no final dessa época de chegada a Lisboa, a solução encontrada para Augusto fosse procurar um novo clube. Ainda na 1ª divisão, o extremo iria representar, nas duas campanhas seguintes, Portimonense e Beira-Mar. A partir desse momento, e surpreendentemente, aquele que tinha sido uma das grandes promessas do futebol “luso” deixa-se engolir pelos escalões inferiores. União de Leiria e Olhanense, seriam os clubes que se seguiriam. Numa incrível sucessão de mudanças, o atleta ainda jogaria por mais 7 clubes, terminado nos “distritais” e com as cores do Monchiquense.

781 - DIAMANTINO

Apesar de ser um homem da casa e de, nos dias de hoje, ser visto como um dos históricos do emblema transmontano, a afirmação de Diamantino no plantel sénior flaviense não foi um processo tão fácil quanto o podemos imaginar. Já após ter terminado a sua formação, os sucessivos empréstimos afastariam o médio da “casa-mãe”. Durante anos a fio, essa foi a realidade para o jogador e, com a excepção da temporada de 1980/81, a sua presença no grupo principal do Desportivo de Chaves ocorreria apenas na época de 1983/84.
Depois de ter vestido as cores de emblemas mais modestos, como o Ribeirense de Loivos, Vidago, Vilafranquense ou Boticas, Diamantino, finalmente, merece uma oportunidade na “casa” que o tinha formado. A chance, dada pelo antigo internacional “luso” Álvaro Carolino, faria com que o atleta desse o seu contributo para um dos mais importantes episódios da história do clube. Esse memorável virar de página, dar-se-ia dois anos após o seu regresso. Com o Desportivo de Chaves a militar na 2ª divisão, é então que, pela primeira vez na existência da colectividade de Trás-os-Montes, a promoção ao escalão máximo do nosso futebol é conseguida. A subida tornar-se-ia sinónimo de uma nova vida e, tanto para o grupo, como para o centrocampista, esse momento empurrá-los-ia para a estreia na 1ª divisão.
No convívio com os “grandes”, o Desportivo de Chaves não haveria de mostrar qualquer tipo de acanhamento. À boa imagem do espírito da região, todos os intervenientes nessa nova aventura mostrar-se-iam destemidos. O resultado dessa bravura não tardaria muito a trazer os seus resultados. Passados poucos anos após a subida, o emblema que normalmente era visto na luta pela permanência, entra na disputa pelos lugares cimeiros da tabela classificativa. Com o 5º lugar alcançado durante a temporada de 1986/87, o prémio acabaria por ser a qualificação para as provas europeias. Incluídos na Taça UEFA, logo na primeira ronda os flavienses deixariam pelo caminho os romenos da Universitatea Craiova. O pior viria na segunda eliminatória. Tendo calhado em sorte os húngaros do Honvéd, a viagem a Budapeste não só confirmaria a derrota dos portugueses, como, para Diamantino, teria como resultado uma das piores lesões da sua carreira.
Depois de atravessar um longo período de recuperação, face à referida fractura na perna esquerda, o percurso de Diamantino continuaria normalmente. O “Leão da Torre”, alcunha dada pelo carácter mostrado dentro de campo (combinado com o nome da sua freguesia – Torre de Ervededo), acompanharia o trajecto do Desportivo de Chaves pela 1ª divisão. Esses 7 anos, e durante os quais teria a responsabilidade da braçadeira de “capitão”, conheceriam o seu fim já na década de 90. O final da temporada de 1991/92 marcaria essa separação. Tendo entrado já numa fase descendente da carreira, o jogador decide então dar seguimento ao seu percurso profissional, vestindo a camisola de outros clubes. Penafiel e Macedo de Cavaleiros acabariam por ser os seus últimos emblemas.
Apesar de se ter afastado do rectângulo de jogo, a sua ligação à modalidade manter-se-ia. Tendo, logo na época seguinte a “pendurar as chuteiras”, abraçado as tarefas de técnico, Diamantino continuaria ligado ao futebol. Nessas suas novas obrigações, o antigo futebolista conta com passagens por diversos clubes. Destaque para o seu trabalho no Desportivo de Chaves, onde assumiu funções nas “escolas” e como adjunto, ou ainda para a sua passagem pela Federação de São Marino, onde tomou as rédeas dos s-21.

780 - SOBRINHO


Já com algumas internacionalizações pelas camadas jovens de Portugal, Sobrinho emerge das “escolas” do Vitória de Setúbal como uma das grandes esperanças do clube. Com a sua promoção aos seniores a acontecer no início dos anos 80, as suas qualidades como jogador haveriam de o pôr na linha da frente dos “Sadinos”. Nesse seu rápido evoluir, ao defesa bastariam 2 temporadas para que começasse a despertar a cobiça de emblemas de outra monta. É então que o FC Porto decide nele apostar. O jogador chega às Antas na época de 1982/83, mas problemas físicos e o serviço militar acabariam por atrapalhar a sua adaptação.
Um ano após o começo dessa sua aventura a Norte, Sobrinho regressa ao Vitória de Setúbal. Continua, tal como antes da sua partida, a demonstrar uma consistência admirável. A sua força física, tenacidade e a capacidade que tinha para “marcar” um atleta adversário eram qualidades espantosas. Se a tudo isso, ainda somarmos a sua polivalência, então é fácil entender porque é que o atleta era um dos defesas mais cobiçados no Campeonato Nacional.
Curiosamente, e sem tirar mérito algum ao clube, o jogador decidiria que a aposta seguinte seria o Belenenses. A transferência para o Restelo, em abono da verdade, haveria de contribuir para o melhor período na sua carreira como futebolista. Logo no final do primeiro ano de “Azul”, e numa altura em que ainda não tinha jogado pela selecção principal, Sobrinho é chamado a disputar a fase final do Campeonato Mundial de 1986. O caso “Saltillo”, despoletado durante a preparação da participação no certame, acabaria por adiar esse jogo de estreia, que aconteceria apenas em 1988.
Não foi a sua ida até ao México que tornaria esse período de 4 anos tão especial. As boas classificações do Belenenses, e consequentes qualificações para as provas europeias, também contribuiriam para tal. Depois, como é lógico, houve também as campanhas na Taça de Portugal. Nessa prova, enfrentando em ambas as ocasiões o Benfica, Sobrinho conseguiria chegar à disputa de duas finais. Contudo, a primeira dessas suas passagens pelo Jamor (1985/86), daria a vitória às “Águias”. Já na segunda (1988/89), e em jeito de “vendetta”, a sorte sorriria aos do Restelo e Sobrinho ganharia aquele que foi o principal troféu da sua carreira.
Logo após a referida conquista, e tendo em conta as boas exibições que foi conseguindo durante os anos anteriores, Sobrinho teria uma passagem pela Liga francesa. No Matra Racing de Paris, onde encontraria Jorge Plácido e, ainda, um jovem de seu nome David Ginola, o internacional português acabaria por viver a primeira, e única, experiência no estrangeiro. Já o regresso, mais uma vez ao Vitória de Setúbal, marcaria uma viragem no seu trajecto profissional. Tendo ultrapassado a barreira dos 30, a sua carreira entraria numa fase mais errante e descendente. No preencher dessa etapa, Paços de Ferreira (ainda na 1ª divisão), Felgueiras e Grandolense, seriam os emblemas que completariam a sua passagem pelos campos de jogo.
Já depois de “pendurar as chuteiras”, Sobrinho daria início à sua carreira como treinador. Sem grandes destaques, e com uma caminhada feita de clubes modestos, realce para a sua passagem pelos Emirados Árabes Unidos onde, nesta última temporada de 2016/17, foi adjunto de Rui Nascimento.

779 - SÉRGIO CRUZ

Oriundo das “escolas” do FC Porto, e com passagens pelas selecções jovens do nosso país, Sérgio Cruz chegaria a posicionar-se como uma das grandes promessas do futebol português. Contudo, e na altura da passagem ao escalão sénior, aquele que se projectava como o seu curso normal, sofreria um pequeno desvio. Por culpa de nomes como Celso, Lima Pereira ou Eurico, centrais que em meados dos anos 80 jogavam de “Azul e Branco”, o jovem defesa acabaria por não conseguir um lugar no grupo de trabalho portista.
Para dar continuidade à sua progressão, a opção encontrada foi a passagem por emblemas mais modestos. Nesse sentido, Sporting de Espinho, Lusitânia de Lourosa e União de Lamas, seriam os clubes que se seguiriam. Passados esses primeiros anos, e sem ainda ter conseguido mostrar as suas qualidades no patamar principal, o ingresso no Paços de Ferreira iria mudar o seu percurso profissional. Tendo como treinador Vítor Oliveira, os da “Capital dos Móveis” acabariam por vencer a edição de estreia do Campeonato da Divisão de Honra. Tal feito, levá-los-ia a subir de escalão e, na temporada de 1991/92, Sérgio Cruz chegaria ao convívio com os “grandes”.
Como um defesa implacável, de postura rija e intrépida, o central começou a conquistar o respeito de colegas e adversários. Tanto no Paços de Ferreira, como no Gil Vicente ou, já mais tarde, com as cores da Académica de Coimbra, Sérgio Cruz cimentar-se-ia como um jogador de valor e cariz primodivisionário. As 8 temporadas que, entre 1991 e 1999, passaria no nosso maior escalão, acabariam por provar aquilo que acabo de dizer. Quase sempre como titular, o central conseguiria, nas equipas em que jogou, tornar-se numa peça fundamental. A importância que foi conquistando, daria um enorme impulso ao seu nome. Nesse evoluir, o atleta tornar-se-ia num dos melhores a jogar na sua posição. Ainda assim, houve algo que não conseguiu e isso foi o regresso a um dos “3 grandes”.
Já depois de uma derradeira época ao serviço do União de Coimbra, e tendo aproveitado o tempo na “Cidade dos Estudantes” para completar o seu percurso académico, Sérgio Cruz deixaria os relvados para passar aos “bastidores“. Como preparador físico, o antigo futebolista deu início a novas tarefas na modalidade. Tendo assumido funções em diversos emblemas e, também, em diferentes países, já conta com passagens por Sporting, Cluj (Roménia), Hearts (Escócia), APOEL (Chipre), entre outros clubes nacionais.

778 - JOÃO CARDOSO

Tendo dividido a sua carreira entre o Sporting de Braga e o Belenenses, foi no Restelo que tudo começou para João Cardoso. Com a “Cruz de Cristo” ao peito, o defesa daria os primeiros passos como sénior. Logo nessa temporada de 1970/71, a qualidade que apresentava, aferida pelos responsáveis técnicos, levá-lo-ia a conquistar um lugar no “onze” inicial. Tanta habilidade faria dele, desde bem novo, um dos nomes habituais no escalonamento da equipa. Como homem da lateral-esquerda, haveria de ajudar o emblema lisboeta a atingir aqueles que foram os melhores resultados do clube durante essa década.
Sob o comando do argentino Alejandro Scopelli ou, posteriormente, orientado por Peres Bandeira, o Belenenses conseguiria atingir os lugares cimeiros da tabela classificativa. Como consequência desses bons resultados, o grupo acabaria por conseguir qualificar-se para as provas europeias. Na Taça UEFA, e apesar de ter ficado sempre pela primeira ronda, os embates frente ao Wolverhampton Wanderers (1973/74) e FC Barcelona (1976/77) ficariam na memória de todos os adeptos da modalidade. Igualmente inesquecível seria a imagem de João Cardoso no final da partida em Camp Nou.Com o terminar da 2ª mão, onde só nos derradeiros instantes da partida os “Blaugrana” derrotariam os portugueses, o defesa não haveria de conseguir disfarçar a sua tristeza e acabaria lavado em lágrimas – “Se há derrotas que custam, esta foi uma das que mais doeu, sofrendo o terceiro golo nos últimos minutos, quando estava 2-2 e já a pensar no prolongamento”*.
Foi durante esse período de maior sucesso do Belenenses, que João Cardoso conseguiu a sua primeira chamada à principal selecção nacional. Ele que até já tinha, nos escalões de formação, um percurso recheado de internacionalizações, conseguiria, em Abril de 1976, o seu primeiro jogo pelos “AA”. Convocado por José Maria Pedroto, o lateral, nesse particular frente à Itália, entraria para o lugar do benfiquista Barros e daria início ao seu percurso com as cores de Portugal.
Com o final da temporada de 1976/77, a sua ligação aos “Azuis” conheceria o fim. Contratado pelo Sporting de Braga, o atleta daria continuidade ao seu trajecto profissional. No Minho, a qualidade exibicional manter-se-ia, como provam as 7 partidas feitas com a “camisola das quinas”. Também no novo clube, João Cardoso ajudaria a atingir metas importantes. Preponderante nas manobras da equipa, onde se manteve como titular, as provas europeias fariam igualmente parte da sua agenda. Mesmo sendo de louvar estas participações na Taça UEFA e na Taça dos Clubes Vencedores das Taças, o maior destaque da sua passagem pelos, agora conhecidos, “Guerreiros do Minho”, acabaria por ser a presença na final da Taça de Portugal de 1981/82. No Estádio do Jamor, com o defesa a jogar a totalidade dos 90 minutos do encontro, os bracarenses seriam derrotados pelo Sporting (4-0). Curiosamente, essa partida acabaria por sublinhar aquele que foi o principal revés da sua carreira. É que apesar de, por algumas vezes, ter conseguido estar à beira de importantes conquistas, João Cardoso abandonaria os relvados sem conseguir para o seu palmarés um troféu importante.


*retirado de “https://belenensesilustrado.blogspot.pt/” (09/12/205), citando a página do “Facebook” de João Cardoso

777 - BANDEIRINHA

Foi no antigo Campo da Constituição que Bandeirinha, juntamente com o irmão mais velho, decide ir a um treino de captação. Faz os testes, agrada aos responsáveis e fica a jogar nas camadas jovens do emblema “Azul e Branco”. Curiosamente, e já depois de abandonar o desporto por uns tempos, um recado transmitido pelo seu irmão fá-lo regressar. Nas Antas, os treinadores lá o convencem a voltar à prática do futebol e o jovem atleta torna-se numa das principais estrelas das “escolas” do FC Porto.
Com um percurso exemplar nas camadas jovens dos “Dragões” e com passagem por todos os patamares da selecção portuguesa, foi com naturalidade que a sua promoção à equipa principal aconteceu na temporada de 1981/82. Contudo, a sua falta de experiência acabaria por ser preponderante no desenrolar dessa época e Bandeirinha, tapado por Gabriel, teria apenas uma oportunidade para demonstrar o seu valor.
Já a temporada seguinte ficaria marcada pela troca de treinadores. Com a entrada de José Maria Pedroto e a saída de Hermann Stessl para o Estádio do Bessa, surgiria a chance do defesa também mudar de clube. O convite do técnico austríaco, solicitando a ida de Bandeirinha para os “Axadrezados”, iria, no entanto, esbarrar na intransigência do novo responsável pelos portistas – “Para o Boavista? Nem penses nisso! Tu já viste se vens jogar aqui e fazes um bom jogo… Já viste, esta gente toda contra mim! Não. Ou ficas aqui ou vais para 2ª Liga”*. Empurrado para esse dilema, a escolha de Bandeirinha recairia pela opção que dava mais garantias de poder ser mais utilizado. No Paços de Ferreira, cujo Presidente mantinha uma relação estreita com Pedroto, o lateral acabaria por ficar durante duas temporadas. Depois, e já ao serviço de emblemas primodivisionários, seria cedido ao Varzim e Académica.
É no final da temporada passada em Coimbra, que Bandeirinha é convocado para o Campeonato do Mundo de 1986. Depois de António Veloso ser afastado por pretenso uso de substâncias dopantes, o defesa é chamado ao grupo orientado por José Torres, acabando por viajar para o México. Engraçado é que, apesar de contar no seu percurso com a presença no maior certame mundial de futebol, o atleta nunca chegaria a estrear-se com a principal “camisola das quinas”.
Depois dos sucessivos empréstimos, o regresso ao FC Porto aconteceria numa altura em que o emblema estava à beira de conquistar o seu primeiro troféu internacional. Na Taça dos Campeões Europeus, e apesar de apenas ter participado nos dois encontros da 1ª ronda, o defesa ajudaria os seus companheiros a vencer a edição de 1986/87. É claro que, tendo envergado as cores do clube durante um período tão prolífero, a sua lista de conquistas não ficou por aqui. Ganha no ano seguinte, a Supertaça da UEFA também faria parte do seu currículo. Já no plano nacional, as vitórias suceder-se-iam a um ritmo ainda maior. 6 Campeonatos (2 deles na caminhada para o “Penta”), 3 Taças de Portugal e 2 Supertaças acabariam por completar o seu palmarés.
Talvez a única contrariedade na sua carreira, tenha sido a presença de outro grande jogador. Obrigado a competir com João Pinto por um lugar no “onze” portista, o número de jogos por si disputados acabariam por ficar aquém da sua real capacidade. Ainda assim, o mérito do seu trabalho haveria de manter-se inabalável e a entrega ao FC Porto elevá-lo-ia à condição de histórico.
Já depois de deixar o Estádio das Antas, uma derradeira temporada ao serviço do Felgueiras põe fim ao percurso de Bandeirinha como futebolista. Apesar de afastado dos relvados, a sua ligação ao futebol manter-se-ia. No FC Porto desempenharia diversas tarefas, nas quais podemos destacar a sua presença como técnico da equipa “b”, o trabalho feito no departamento de prospecção e a coordenação das “escolas” do clube.

 
*retirado da entrevista no programa “45 minutos à Porto”, Porto Canal (25/05/2015)

776 - RUI CORREIA

Descoberto por Osvaldo Silva, antigo craque leonino, Rui Correia deixaria a Sanjoanense para integrar o plantel de juniores “Verde e Branco”. Cumprindo um sonho de menino, o jovem guardião chega a Alvalade com apenas 16 anos de idade e passa a fazer parte de uma equipa que contava com promessas como Jorge Cadete.
Duas temporadas nas “escolas” do Sporting e, terminada essa etapa formativa, a sua passagem à categoria principal dá-se no início da época de 1986/87. Todavia, num plantel que contava com Vítor Damas e Vital, as oportunidades já se previam escassas e o atleta pouco haveria de jogar. Curiosamente, e logo na campanha seguinte, a chegada de Keith Burkinshaw iria alterar esse cenário. Tendo consciência que Rui Correia tinha tudo para conseguir afirmar-se como titular, o técnico inglês passa a incluí-lo no “onze” inicial.
O despedimento do referido treinador faz com o destino do guarda-redes sofra uma pequena contrariedade. Já depois de perder espaço no escalonamento da equipa, o Verão de 1988 torna-se ainda mais penoso. Sem lugar no Sporting, é Manuel Fernandes, outra estrela dos “Leões”, que o leva para Setúbal. Ainda assim, pouco muda para si e, durante os anos que seguiriam, as chances que teria para demonstrar o seu valor seriam praticamente inexistentes.
Poder-se-á dizer que o seu caminho só voltou a entrar nos eixos, já no início da década de 90. Ainda que sem nunca abandonar a 1ª divisão, só a sua ida para Trás-os-Montes é que acabaria por trazer uma lufada de ar fresco à sua carreira. O Desportivo de Chaves acabaria por marcar uma verdadeira mudança de paradigma e elevá-lo à condição de um dos melhores a defender as redes no Campeonato Nacional.
Bem, para dizer a verdade, o emblema flaviense acabaria por servir apenas de passagem. É certo que a titularidade aí conseguida muito contribuiu para aos sucessos vindouros. Todavia, seria já no Sporting de Braga, para onde se transferiria na temporada de 1992/93, que conheceria aquele que, segundo o próprio, daria um enorme alento à sua progressão – “Quando dizem que treinador x dá-se bem com jogador y, isso é verdade. O meu caso com António Oliveira é elucidativo e nem o consigo explicar. Eu gostava muito dele, pronto. E eu dava-me bem com ele. Tão simples com isso. Por isso, joguei com ele em Braga e depois na selecção e depois no Porto. São aquelas relações de empatia imediata”*.
Como dá para entender, a convivência com António Oliveira terá tido grande influência naquilo que Rui Correia conseguiria alcançar como profissional. Como já tiveram oportunidade de ler, seria pelas mãos do antigo seleccionador nacional que o guarda-redes faria a sua estreia por Portugal. Aliás, muito mais do que esse jogo de qualificação frente ao Liechtenstein, a sua presença num dos maiores certames futebolísticos, neste caso o Euro 96, muito se deve à admiração que o técnico sempre teve por ele.
É esse mesmo respeito que faria com que Oliveira, já aos comandos do FC Porto, o escolhesse para defender o último reduto “Azul e Branco”. Já nas Antas, onde chegaria para a temporada de 1997/98, o atleta faria parte das equipas que ajudariam a selar o inesquecível “Penta”. Na “Cidade Invicta” e nos 4 anos que passaria de “Dragão” ao peito, Rui Correia acrescentaria ao seu currículo nada mais, nada menos, do que 2 Campeonatos, 3 Taças de Portugal e, ainda, 1 Supertaça.
Depois desse período no FC Porto, e numa altura em que já entrava na fase descendente da sua carreira, a passagem pelo Salgueiros marcaria a sua despedida do nosso escalão máximo. No que restou do seu percurso de futebolista, Rui Correia acabaria por representar Feirense, União de Lamas e Estoril-Praia.
No “Emblema da Linha” decidiria, então, ser a altura certa para “pendurar as luvas”. Ainda assim, logo de seguida, daria os primeiros passos como técnico e, no Portimonense, aceitaria o cargo de treinador de guarda-redes. Nestas funções, o antigo internacional ainda passou por diversos emblemas nacionais e pelos gregos do OFI Creta. Neste momento (2017) é o coordenador da formação dos guardiões do Shandong Luneng (China).


*retirado de https://ionline.sapo.pt/; entrevista publicada a 26/02/2015

CROMOS PEDIDOS 2017

No mês em que completamos o 7º ano de trabalhos, voltamos a uma tradição que tem acompanhado o nosso “blog” desde o primeiro aniversário. Lançámos uma lista de possíveis cromos a colar e, com a ajuda dos nossos leitores, elegemos o melhor “onze”. Assim, e durante o mês de Junho, não deixe de acompanhar os “Cromos Pedidos 2017”.