831 - PETER BEARDSLEY


Tendo começado a sua carreira profissional nas divisões inferiores, Peter Beardsley, ainda assim, conseguiria chamar à atenção de emblemas de maior nomeada. Mesmo não possuindo um físico impressionante, a sua técnica apurada, visão de jogo e capacidade finalizadora, levariam o atleta, ao cabo de 3 temporadas, a deixar o Carlisle United. A aposta na sua contratação acabaria por vir do Manchester United. O atacante, que tinha intercalado a sua experiência no já referido clube com passagens pelos canadianos dos Vancouver Whitecaps, chegaria assim ao patamar máximo do futebol inglês.
A sua passagem por Old Trafford acabaria por ficar muito aquém do que o atleta esperaria. Poucas vezes chamado a jogo, no final dessa época de 1982/83, acabaria por ser vendido ao Newcastle. Curiosamente, o emblema que agora abria as portas ao avançado era o mesmo que, alguns anos antes, o tinha dispensado das suas camadas jovens. Desta feita, a história acabaria por escrever-se de maneira bem diferente e St. James Park serviria para catapultar a sua carreira.
Enquanto integrante do Newcastle, Peter Beardsley seria chamado à selecção. Já depois da sua estreia frente ao Egipto e de uma série de outros “amigáveis”, o avançado veria o seu nome arrolado para o Campeonato do Mundo de 1986. Todavia, já por essa altura o avançado era visto como um dos favoritos no clube. Tendo, uns anos antes, assumido um papel de extrema importância no regresso dos “Magpies” ao escalão máximo, o jogador era adorado por todos os adeptos. Claro está que, estando com a cotação em alta, o atleta começaria a ser bastante cobiçado por outros emblemas. Foi nesse sentido que Kenny Dalglish decidiria fazer uma oferta pela sua aquisição. A maquia, recorde nas transferências em Inglaterra, levá-lo-ia para Liverpool.
Tendo chegado a Merseyside no Verão de 1987, o atacante, daí em diante, iria partilhar o balneário com estrelas como Bruce Grobbelaar, John Barnes, Jan Molby, John Aldridge ou Ian Rush. Tamanha “constelação de estrelas” só poderia resultar em diversos títulos. Aquele que seria o período mais prolífero no percurso profissional de Beardsley, acabaria por trazer ao seu currículo 2 Ligas (1987/88; 1989/90), 1 FA Cup (1988/89) e 3 Charity Shields (1988/89; 1989/90; 1990/91). Para além desse rol de troféus, e que atesta bem a importância do avançado durante os anos em que jogaria pelo conjunto de Anfield, seriam as diversas nomeações para o “PFA Team of the Year”.
Mesmo sendo um dos atletas com presença obrigatória na selecção inglesa, tendo sido chamado ao Euro 88 e Mundial de 1990, o seu espaço no Liverpool começaria a diminuir. Preterido por nomes como o do galês Dean Saunders, a solução para a falta de utilização seria a sua saída do clube. Numa transferência que, por certo, pouco agradou à maioria dos adeptos “Reds”, Peter Beardsley acabaria por mudar-se para os rivais do Everton, na temporada de 1991/92. Numa passagem que, no sentido colectivo, não traria grandes motivos de destaque, só o seu regresso ao Newcastle, 2 anos após a sua ida para Goodison Park, é que o devolveria à equipa nacional.
Já depois desse período no emblema do Nordeste, onde chegou a envergar a braçadeira de capitão, a carreira de Beardsley, tendo já há muito ultrapassado a barreira dos 30 anos, entraria numa fase de enorme errância. Bolton Wanderers, Manchester City, Fulham ou até mesmo a sua passagem pelos australianos do Melbourne Knights, preencheriam um percurso que terminaria na época de 1998/99. Já depois de se afastar dos relvados, a vida do antigo internacional continuaria relacionada com a modalidade. Principalmente ligado ao Newcastle, mas também com uma curta passagem pela selecção inglesa, a sua experiência como treinador tem sido construída nas camadas jovens ou como adjunto.

830 - KENNY DALGLISH

Se uma carreira de sucesso é traduzida pelo número de títulos ganhos, então Kenny Dalglish é um dos melhores exemplos de que o êxito. Todavia, para o antigo avançado não foram só os troféus que o levaram ao topo do futebol britânico e mundial. Quase que arrisco a dizer que o atacante escocês, só pela habilidade mostrada dentro de campo, conseguiria sempre assegurar um lugar na história da modalidade.
Ora, tudo começou na zona de Glasgow, de onde é natural. Tendo estudado em diversas instituições na área metropolitana da referida cidade escocesa, seria no âmbito do desporto escolar que Dalglish daria os primeiros passos na prática do futebol. Curiosamente, e ao contrário do que viria a ser durante o percurso profissional, um dos primeiros lugares que ocuparia seria o de guarda-redes. Mais tarde, e já em posições mais adiantadas, as qualidades que mostrava levá-lo-iam a ser chamado aos “Scottish Schollboys”. O destaque aí conseguido faria com que diversos emblemas tentassem a sua contratação. Liverpool e West Ham convidá-lo-iam para prestar provas. No entanto, o jovem atleta não agradaria e a mudança para Inglaterra abortaria em ambos os casos. Pouco tempo depois seria o Celtic a tentar a sua contratação. Engraçado, é que o jovem atleta até era adepto dos rivais do Rangers. Diz-se que no dia em que o emblema de Parkhead mandou a sua casa um emissário, Dalglish, mal soube da sua chegada, terá corrido para o quarto para retirar da parede os “posters” dos seus ídolos!
Apesar da aposta feita, os primeiros tempos de Kenny Dalglish com os “The Bhoys” não seriam fáceis. Para começar, o avançado, ainda em idade júnior, seria cedido ao Cumbernauld United. Depois, e quando o empréstimo estava prestes a ser renovado, o seu pedido para voltar ao clube levá-lo-ia à equipa de “reservas”. Já a sua inclusão no plantel principal, mesmo tendo feito algumas partidas em campanhas anteriores, aconteceria apenas 3 épocas após o referido regresso. A integração em definitivo aconteceria na temporada de 1971/72 e, imediatamente, mostrariam um atleta de excelência.
No cômputo das 7 temporadas em que Dalglish vestiu a camisola verde e branca, o conjunto de Glasgow beneficiou muito da sua pontaria afinada. Os golos conseguidos pelo avançado seriam um dos principais motores para o sucesso do Celtic. No campo das vitórias, é inegável a importância que o atleta acabaria por ter numa série de títulos. 6 Ligas, 5 Taças da Escócia, 2 Taça da Liga e, já no plano individual, o prémio de Melhor Marcador em 1975/76 é o saldo desses anos a jogar pelo emblema escocês.
O seu nome está também associado a uma boa fase da selecção escocesa. É certo que sem ganhar qualquer competição, a qualificação da equipa nacional para diversas fases finais seria o reflexo dessas boas prestações. Já depois de, em Novembro de 1971, ter conseguido estrear-se pelos “AA”, seria a chamada ao Mundial de 1974 que cimentaria o seu trajecto como atleta internacional. Para além do certame organizado na antiga Alemanha Ocidental, a sua presença em mais 2 Campeonatos do Mundo (1978; 1982) ajudá-lo-iam a tornar-se num dos grandes futebolistas dos anos 70 e 80. A acrescentar a essas participações, os 102 jogos feitos por Dalglish com as cores da Escócia, transformá-lo-iam no atleta com mais partidas disputadas pelo seu país.
Com tudo o que já foi dito, e se, ainda assim, a sua carreira estivesse associada apenas ao Celtic e à selecção escocesa, não seria possível dizer-se que a mesma tivesse terminado desprovida de grandes momentos. Claro está que, para justificar o estrelato a que o atacante chegou, falta um pouco mais. Esse “mais” chama-se Liverpool. Nesse sentido, o nome de Kenny Dalglish está, mais uma vez, associado a um dos melhores períodos da história de um emblema. Tendo chegado a Anfield Road para a temporada de 1977/78, e com a responsabilidade de substituir Kevin Keegan, o avançado também contribuiria para elevar os “Reds” à condição de grande potência do futebol europeu. A testemunhá-lo estão os inúmeros troféus ganhos, entre os quais 3 Taças dos Campeões Europeus, 8 Ligas, 2 Taça de Inglaterra, 4 Taças da Liga e 7 Charity Shields.
Nessa sua passagem por Inglaterra, Dalglish rapidamente provaria que nada o conseguiria desviar da glória. Logo no seu jogo de estreia na Liga, o avançado escocês mostraria porque é que a sua contratação havia fixado um novo recorde em termos monetários. O golo marcado frente ao Middlesbrough, daria início a uma contagem que ultrapassaria a centena de remates certeiros. Curiosamente, no seu palmarés não consta qualquer prémio de Melhor Marcador do referido campeonato. Por outro lado, as suas exibições, levá-lo-iam a vencer o troféu de Jogador do Ano em 1982/83.
Tendo o seu trajecto como futebolista terminado em 1989/90, ele que já era o treinador-jogador fazia 5 anos, Dalglish passa a assumir em exclusivo as funções de “manager”. É Interessante pensar que a maioria dos títulos que ganhou enquanto técnico é referente às campanhas em que o ainda dividia tarefas entre o “banco” e o rectângulo de jogo! É igualmente verdade que, como técnico, nunca haveria de atingir o sucesso que antes havia conseguido como atleta. Ainda assim, as duas passagens por Anfield, pelo Blackburn, Newcastle e Celtic transformariam o seu trajecto num currículo bastante respeitável.

 

829 - BODO ILLGNER

Já após ter terminado a sua formação no FC Köln, Bodo Illgner faria a sua estreia na equipa principal na temporada 1985/86. Depois de, nessa partida frente ao Bayern de Munique, ter entrado para o lugar do expulso Harald Schumacher, seria também em substituição do mítico guarda-redes alemão que, a partir de 1987/88, o atleta chegaria à titularidade.
É durante a campanha em que assegura um lugar na baliza do seu clube, que o jovem futebolista chega à principal selecção da República Federal Alemã. Tendo já vencido um Campeonato da Europa s-16 pela “Mannschaft”, esse amigável frente à Dinamarca marcaria um trajecto que em nada o envergonharia. Logo no final dessa temporada, Illgner é chamado ao Euro 88. Apesar de não ter jogado qualquer partida, sendo o suplente Eike Immel, o torneio organizado no seu país natal como que serviria de prelúdio para um dos melhores feitos na sua carreira.
Ora, é também com a camisola da sua nação que participa no Mundial de 1990. Em Itália, onde seria o dono absoluto da baliza germânica, o guardião daria o seu contributo para que o conjunto orientado por Franz Beckenbauer chegasse à final. No derradeiro jogo do referido torneio, a Alemanha Ocidental encontrar-se-ia com a selecção da Argentina. Em género de desforra, como que a vingar o acontecido 4 anos antes, Illgner consegue manter as suas redes invioláveis, ajudando a sua selecção a consagrar-se campeã do mundo.
Pelo FC Köln, ao contrário do êxito conseguido com as cores da “Mannschsft”, o guarda-redes não ganharia qualquer triunfo colectivo. Mesmo tendo participado em campanhas de relativo sucesso, o melhor que conseguiria testemunhar seria o 2º lugar na “Bundesliga” de 1990/91 e, numa derrota frente ao Real Madrid, a presença na final da Taça UEFA de 1985/86. Mesmo assim, e afastado dos “títulos caseiros”, as suas qualidades seriam frequentemente reconhecidas. Nesse sentido não é difícil compreender que, entre 1989 e 1992, Illgner tenha sido sempre eleito como o Melhor guarda-redes da Liga alemã.
Onde ganharia muitos títulos seria na sua mudança para Espanha. Transferido para o Real Madrid no Verão de 1996, onde chegaria a jogar com Luís Figo, as vitórias começariam a chegar ao seu percurso. Logo para começar, nessa campanha de estreia, os “Merengues” sagrar-se-iam campeões nacionais. Depois, num total de 5 anos na capital espanhola, contribuiria também para 2 “Champions Leagues” (1997/98; 1999/00), 1 Taça Intercontinental (1997/98), 1 Supercopa de Espanha (1997/98) e, para terminar, a “La Liga” de 2000/01.
Seria na equipa “madridista” que Illgner acabaria por pôr um ponto final na carreira de futebolista. Já com as lesões a afectar o seu desempenho e, por consequência, a sua presença no “onze” titular, o guardião começaria a ser substituído por Iker Casillas. “Penduraria as luvas” no final da temporada de 2000/01 e, desde então, tem-se mantido longe dos grandes palcos. Ainda que distante da dos “holofotes”, o antigo guardião não conseguiria afastar-se completamente da atenção do público. Para além de comentador desportivo no canal alemão “Premiere”, o ex-internacional, em parceria com a sua esposa, escreveria o livro “Alles”.

828 - PETER SHILTON

Tendo terminado a formação no Leicester, seria também no emblema sediado nas East Midlands que, com apenas 16 anos, faria a transição para o patamar sénior. Todavia, na baliza morava o mítico Gordon Banks. Com tamanha concorrência, e apesar das suas elogiadas qualidades, o jovem guardião teria ainda de esperar algum tempo para conseguir conquistar um lugar no “onze” inicial. A oportunidade acabaria mesmo por chegar e a transferência do campeão do mundo de1966 para o Stoke City, abriria as portas da titularidade a Peter Shilton.
Com o primeiro jogo pela equipa sénior do Leicester a surgir na temporada de 1965/66, os quase dez anos que passaria ao serviço dos “Foxes” trariam ao atleta uma série de diferentes experiências. Mesmo com o emblema quase sempre num plano competitivo discreto, a verdade é que as exibições do guarda-redes não passariam despercebidas aos mais altos responsáveis do futebol britânico. Nesse campo, a sua participação na final da FA Cup de 1968/69 ou a conquista do Charity Shield em 1971/72 haveria de ajudá-lo muito. Depois, e numa altura em que o seu clube até andava afastado do escalão máximo, Alf Ramsey decide convocá-lo para a selecção.
O amigável frente à Alemanha de Leste, disputado em Novembro de 1970, marcaria um longo percurso com a camisola de Inglaterra. Com 125 internacionalizações, Peter Shilton ainda é o atleta que mais vezes representou a equipa dos “Three Lions”. Para além desses jogos, há ainda a participação em diversas fases finais de grandes certames. Os Europeus de 1980 e 1988, mas, principalmente, a sua presença nos Mundiais de 1982, 1986 e 1990, fariam dele um dos grandes nomes do futebol.
Voltando aos emblemas que representou, a sua ida para o Stoke City, seguindo os passos de Banks, transformariam a sua transferência num recorde mundial. As £325.000 pagas pelo seu novo clube, fariam dele o guarda-redes mais caro de sempre. Maquia bem empregue, pois Peter Shilton estava também cotado como um dos melhores a jogar na sua posição. O seu valor era de tal ordem que o Manchester United, sensivelmente dois anos após a sua chegada, tentaria a sua contratação. Os dois emblemas chegariam a um acordo, mas o salário pedido pelo guardião, que iria fazer dele o mais bem pago no plantel, é recusado e a sua saída para os “Red Devils” inviabilizar-se-ia.
Foi com a sua transferência para o Nottingham Forest que Peter Shilton terá, sem sombra de dúvidas, vivido os melhores anos da sua carreira. Com Brian Clough à frente dos destinos do clube, o grupo conseguiria diferentes feitos nacionais e internacionais. Como é lógico a vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1978/79 e 1979/80 terão de vir à cabeça do rol de troféus conseguidos. Contudo, há muito mais e a Supertaça Europeia de 1979/80, a Liga Inglesa de 1977/78, a League Cup e o Charity Shield, ambos conquistados em 1978/79, também fazem parte dessa lista de brilharetes.
Outro dos episódios marcantes no seu percurso profissional, haveria de o viver nos anos em que já representava o Southampton. Mesmo com o emblema do sul de Inglaterra a quedar-se pelo 14º lugar, o final da temporada de 1985/86 mostraria o seu nome no lote de atletas escolhidos por Bobby Robson, para disputar o Mundial de 1986. No certame organizado no México, e já na fase de eliminatórias, à Inglaterra calha em sorte a Argentina. Todavia, esse embate dos quartos-de-final ficaria marcado por um lance bastante polémico. Na disputa de uma jogada aérea com Maradona, Shilton sai-se à bola a soco. A verdade é que “El Pibe” consegue ganhar o lance e introduz o esférico na baliza. Os ingleses reclamam da ilegalidade cometida pelo avançado. Contudo, o golo é validado e, quando questionado pelos jornalistas, o astro argentino haveria de responder que o tento tinha sido conseguido “ um pouco com a cabeça e o resto com a mão de Deus”.
A sua última internacionalização haveria de chegar no decorrer do Mundial de 1990. Por essa altura, e com Peter Shilton já com mais de 40 anos de idade, era notório que o seu trajecto profissional devia estar a aproximar-se do fim. Ainda assim, e depois de deixar o Derby County, o guardião continuaria por mais alguns anos. Seguir-se-ia o Plymouth Argyle, onde desempenharia as funções de treinador-jogador. Depois, ainda houve tempo para mais uma série de emblemas e, dessa forma, a carreira do guarda-redes estender-se-ia até à temporada de 1996/97, no fim da qual tomaria a decisão de arrumar as luvas.

827 - BUTRAGUEÑO

Filho de um grande adepto do Real Madrid, logo um dia após o seu nascimento já o pai o filiava como sócio do clube. Ora, tal acto parecia querer anunciar a futura ligação de um dos mais ovacionados jogadores “merengue” com o emblema da capital espanhola. Curiosamente, seria noutra colectividade que Emilio Butragueño daria os primeiros passos no futebol.
No Real Club Deportivo Casariche Balompié, ainda em idade escolar, o atacante acabaria por participar em diversos torneios para jovens. Após um deles, no qual conseguiria destacar-se, o seu progenitor decide levá-lo a prestar provas no Real Madrid. Não agradou! A recusa do emblema “blanco” não o levaria a desistir de perseguir o sonho de se tornar profissional. Nos rivais do Atlético Madrid agradaria e acabaria por ficar a treinar. Quem não ficou satisfeito com tal solução foi, logicamente, o seu pai. É então que o mesmo decide falar com os dirigentes “madridistas”. Convence-os a dar nova oportunidade ao filho e, dessa feita, o jovem atleta lá consegue agradar como… centrocampista!!!
No evoluir do seu percurso, a importância que começa a ter acentua-se com a sua chegada ao Castilla. No emblema “b” do Real Madrid, Butragueño junta-se a Michel, Martín Vásquez, Sanchís e Pardeza. O sucesso do conjunto, onde os referidos jogadores haveriam de merecer o maior destaque, leva a que imprensa desportiva espanhola, pela mão do jornalista Julio César Iglesias, baptize o grupo como a “Quinta del Buitre”. Apesar do peso que toda essa cobertura mediática poderia ter criado no atleta, a sua chegada à equipa principal não decepcionaria ninguém. Com um estilo de jogo muito peculiar, onde se destacavam as suas velozes movimentações dentro da grande área, o atacante rapidamente conseguiria conquistar um lugar no “onze” inicial. Ao lado do mexicano Hugo Sanchez, Butragueño tornar-se-ia num dos mais respeitados jogadores saídos do futebol espanhol. Fosse com as assistências para os seus colegas ou como finalizador, o avançado conseguiria conquistar a admiração de adeptos, colegas e adversários.
Também com a camisola “Roja” o atleta construiria uma história deveras digna. Pela selecção, já depois de ter ajudado os s-21 a chegar à final do Europeu da categoria, é convocado por Miguel Muñoz ao Euro 84. Ainda sem qualquer internacionalização “A”, e sem sair do banco, Butragueño vê o seu país, mais uma vez, a ser derrotado na derradeira partida do torneio. Já a sua estreia pela principal equipa de Espanha aconteceria apenas passados alguns meses. A 17 de Outubro de 1984, num amigável frente ao País de Gales, o avançado enceta o seu percurso com o conjunto nacional espanhol. O jogador abrilhanta essa vitória com um remate certeiro. Depois vêm as participações no Euro 88 e nos Mundiais de 1986 e 1990. Destaque para o seu desempenho no certame organizado no México, onde, numa partida referente aos oitavos-de-final, marca 4 dos 5 golos com que a sua equipa derrotaria a Dinamarca.
Ao contrário daquilo que é o seu palmarés pela selecção, com a qual não venceria qualquer troféu de relevo, as conquistas ao serviço do clube ornamentariam, e bem, o seu currículo desportivo. Contribuindo para uma fase de grande hegemonia do Real Madrid, Butragueño veria a sua carreira ficar enriquecida pela vitória em 6 Ligas (nas quais está o “penta” conseguido entre 1985/86 e 1989/90), 2 Copas del Rey, 4 Supercopas e em 2 Taças UEFA. Para além deste registo conseguido em 12 temporadas pela equipa principal do Real Madrid, faltará fazer referência à conquista do “Pichichi” de 1990/91, prémio atribuído ao Melhor Marcador do campeonato espanhol.
Contrariando, por certo, o desejo de muitos adeptos, o final da carreira de Emilio Butragueño aconteceria bem longe do Santiago Bernabéu. Convidado pelo Atlético Celaya, o avançado atravessaria o Atlântico para, no México, terminar a sua história como futebolista. Partilharia o balneário, numa altura em que para o “país dos Aztecas” foram vários craques europeus, com os seus antigos companheiros Michel e Hugo Sanchez. Apesar de não ter conseguido ajudar o emblema na conquista de qualquer título, a sua presença acabaria por tornar o clube num recordista de audiências televisivas.
Já depois de terminar a carreira, o antigo craque dedicar-se-ia a outros papéis. Aproveitando o facto de possuir graduações académicas em Ciências Económicas e Empresárias e também em Gestão de Entidades Desportivas, Butragueño assumiria cargos como o de Assessor no Conselho Superior de Desporto de Espanha ou como Director Geral da “Escuela de Estudios Universitarios Real Madrid”. Também pelo clube “merengue”, o ex-atacante chegaria a desempenhar a função de “Managing Director”.

826 - LINEKER

Tendo nascido em Leicester, no exacto mesmo dia (em anos diferentes!!!) que Winston Churchill, seria no emblema local que Lineker daria os primeiros passos como futebolista profissional. Mesmo com o clube, no final dos anos 70, a disputar as divisões inferiores da “FA”, o atacante começaria a destacar-se pelos golos que conseguia. Com temporada de 1983/84, e a chegada dos “Foxes” ao patamar máximo, o destaque que passaria a merecer cresceria exponencialmente. As qualidades que exibia, já depois de ter sido chamado ao conjunto “B”, levá-lo-iam, pela mão de Bobby Robson, à estreia na principal selecção inglesa. Ainda assim, a confirmação de que era um ponta-de-lança de topo viria na época seguinte, com o atleta a assegurar o lugar cimeiro na tabela dos goleadores.
Tal distinção faria com que o Everton, à altura o campeão em título, decidisse apostar na sua contratação. Contudo, a passagem pelo Goodison Park duraria pouco tempo. Depois de ter chegado para a temporada de 1985/86, e ajudado pela presença no Mundial do México, o avançado vê um dos colossos do futebol a ponderar a sua aquisição. Claro que o interesse do Barcelona seria alimentado pela conquista de mais um título de Melhor Marcador da Liga Inglesa. No mesmo sentido, o atleta também conseguiria sagrar-se o goleador máximo do referido certame para selecções. Ora, todos esses factores fariam do jogador um dos alvos mais apetecidos e, no Verão de 1986, Gary Lineker muda-se para a Catalunha.
Com Terry Venables como treinador dos “Blaugrana”, a primeira temporada em Espanha, no plano estritamente pessoal, seria de grande sucesso para o avançado. Na campanha seguinte o seu estatuto de titular manter-se-ia, mas, ainda assim, continuou a faltar a conquista da “La Liga”. Por esse motivo, a mudança de treinadores acabaria por tornar-se numa constante. Já a chegada de Johan Cruyff ao comando do Barcelona faria com que o estatuto de Lineker mudasse um pouco. Ainda assim, não se pode dizer que essa terceira temporada ao serviço do emblema catalão ficasse desguarnecida de qualquer êxito. Já depois de ter vencido o FA Charity Shield pelo emblema da cidade de Liverpool e de, na época anterior ter ajudado a vencer a Copa del Rey, a campanha de 1988/89 ficaria marcada pela vitória na Taça dos Vencedores das Taças.
Com a perda da titularidade no Barcelona dá-se o regresso a território britânico. Com o Manchester United também na corrida pela sua contratação, acabaria por ser o Tottenham a conseguir aliciar o jogador. Na passagem pelo emblema londrino, a conquista de mais um título colectivo mereceria grande destaque. A vitória na FA Cup de 1990/91 embelezaria o seu currículo. Todavia, aquilo que notabilizava o avançado eram os remates certeiros. Nesse campo, a conquista de mais um prémio de Melhor Marcador da Liga (1989/90) sublinhá-lo-ia, ainda mais, como um dos grandes dos avançados a nível mundial. Para salientar esse estatuto, falta ainda referir a sua presença no Itália 90. Com 4 tentos conseguidos, o ponta-de-lança tornar-se-ia no maior goleador inglês em fases finais do Campeonato do Mundo. Aliás, por altura do fim do seu percurso como futebolista, Lineker, apenas com Bobby Charlton à sua frente, estava cotado como o segundo atleta com mais golos conseguidos pela camisola dos “Three Lions”.
Já depois de, ao serviço dos japoneses do Nagoya Grampus Eight, ter disputado as últimas temporadas como jogador, a sua ligação ao futebol manter-se-ia, mas noutros campos. Gary Lineker tem-se destacado como comentador desportivo. Tendo já dado o contributo em vários canais, destaque para a sua presença na BBC, onde apresenta o popular programa de televisão “Match Of The Day”.

825 - ANDERS LIMPAR

Os primeiros anos como sénior, ao serviço do IF Brommapojkarna e Örgryte, levá-lo-iam a ser chamado à selecção nacional. Essa primeira partida, num particular frente à União Soviética, serviria de prelúdio para a sua aparição nos Jogos Olímpicos de 1988. Funcionando como um bom impulso, a participação nas olimpíadas levá-lo-ia a conseguir novos interessados no seu concurso. Curiosamente, o período após a sua presença em Seoul ficaria caracterizado não só pela passagem por diversos clubes, como por uma rápida ascensão. Young Boys e Cremonese seriam os emblemas que precederiam a sua chegada à “Premier League”. É certo que, por essa altura, já o médio estava consolidado na equipa nacional. Contudo, seria a sua mudança para o Arsenal que o iria confirmar como um dos melhores futebolistas suecos.
As temporadas passadas no mais alto patamar inglês foram, sem dúvida alguma, o melhor período da sua caminhada profissional. Num percurso que, para além dos “Gunners”, seria preenchido com as cores do Everton e Birmingham, o palmarés conseguido em Inglaterra daria ainda mais importância a essas campanhas. 1 Taça dos Vencedores das Taças, 1 “Premier League”, 2 “FA Cups”, 1 “League Cup” e 2 “Community Shields”, vitórias divididas entre as estadias em Londres e Liverpool, seriam os números desses 7 anos por “Terras de Sua Majestade”.
Paralelamente à conquista de todos os troféus acima referidos, viriam mais participações em relevantes torneios para selecções. Mundial de 1990 e Euro 92, com a sua devida importância, seriam “abafados” pela presença no Campeonato do Mundo de 1994. Nos Estados Unidos da América a equipa escandinava teria uma das melhores participações da sua história. Mesmo tendo sido pouco utilizado, Anders Limpar faria parte do grupo que levaria a Suécia ao 3º lugar do pódio.
De volta ao seu país, o centrocampista entraria na última fase da carreira. AIK, onde conseguiria sagrar-se campeão sueco em 1998, Colorado Rapids (Estados Unidos da América), Djugardens, e o regresso ao IF Brommapojkarna marcariam essa derradeira etapa. Depois viriam algumas experiências como treinador. Nas funções de técnico, num percurso ainda longe do êxito que teve como jogador, Limpar já treinou as camadas jovens do Djugardens e, nos escalões secundários, os amadores do Sollentuna United.

824 - MICHEL


Quando se pertence àquela que ficou conhecida como a “Quinta del Buitre”, então é quase certo que podemos associar a palavra sucesso à carreira do jogador! Com Michel não foi diferente! Melhor ainda… podemos dizer que o médio foi um dos expoentes máximos dessa fornada de jovens atletas que, a par do mítico Emílio Butragueño, saiu dos escalões de formação do Real Madrid.
Também a sua chegada à principal equipa “merengue”, em 1984/85, serviria para provar aquilo que já foi dito no parágrafo anterior. Conseguindo, imediatamente, fixar-se como um dos titulares, Michel, em toda a sua caminhada de “branco”, jamais jogaria menos de 30 partidas para a liga espanhola. Esse facto, já por si deveras importante, a juntar aos títulos ganhos e à qualidade de jogo que sempre apresentou, transformá-lo-ia num dos atletas legendários da história do Real Madrid.
Num desses campos referidos, o da aptidão técnica e táctica, Michel era um médio que actuava preferencialmente pela direita do campo. Tendo uma enorme habilidade para progredir com a bola nos pés e de, nas jogadas ofensivas, ler as movimentações de todos os companheiros, os seus passes eram uma grande arma para municiar os ataques. Não só no clube, mas também pela selecção espanhola, os seus cruzamentos ficaram conhecidos por, em tantos casos, serem meio caminho para o golo.
Como ainda agora foi dito, não foi só no Real Madrid que Michel fez história. Também pela equipa nacional, o médio conseguiu construir um percurso invejável. Com as cores da “Roja”, e já com um largo caminho nas camadas de formação, o atleta seria chamado a disputar as mais importantes competições para selecções. Após ter chegado ao derradeiro desafio do Europeu s-21 de 1984, torneio ganho pela Inglaterra, o jogador participaria no Euro 88 e nos Mundiais de 1986 e 1990. Contudo, pela Espanha ficou a faltar um grande título. Já no que diz respeito ao clube, o saldo é completamente diferente. Pelo Real Madrid venceria quase tudo o que há para ganhar. Conquistou 6 “La Ligas”, incluindo o “penta” entre 1985/86 e 1989/90; venceu 2 “Copas del Rey” e 4 “Supercopas”; e, naquilo que foi a sua carreira nas competições europeias, arrecadou para o seu palmarés 2 Taças UEFA (1984/85; 1985/86).
Já depois da despedida do Real Madrid e de, ao lado dos companheiros “madridistas” Butragueño e Hugo Sanchez, ter tido uma última aventura nos mexicanos do Atletico Celaya, Michel decide pôr um ponto final na sua carreira de futebolista. Depois desse abandono em 1997, muitos foram os anos em que o ex-internacional espanhol ficou arredado da modalidade. Afastado, é certo, num sentido pouco lato. Nesse interregno, o antigo craque ficaria conhecido pelas suas colaborações, tanto como comentador televisivo, como nos artigos escritos para jornais desportivos.
Curiosamente, e ao contrário de tantos outros colegas, a sua carreira como treinador, só daria os primeiros passos, quase uma década após ter “pendurado as chuteiras”. Quem lhe abriria a porta acabaria por ser o Rayo Vallecano que, na temporada de 2005/06 o convidaria para assumir o comando da equipa principal. Nesse percurso como técnico, que já conta com passagens pelo Sevilla, Getafe, Marseille ou Málaga, destaque para a sua “estadia” na Grécia. Dessa colaboração com o Olympiacos resultariam diversos títulos, dos quais 2 Campeonatos e 1 Taça.



823 - PAUL GASCOINE

Sendo um grande fã de futebol, só a sua habilidade com a bola era comparável a essa paixão. Não foi por isso de admirar que, logo em tenra idade, muitos “olheiros” o começassem a desafiar para prestar provas nos respectivos clubes. Ipswich Town, Middlesbrough e Southampton, seriam os primeiros a endereçar-lhe tais convites. Apesar do insucesso dessas experiências, o jovem Paul Gascoine nunca desistiria do sonho de ser um futebolista profissional. Foi então que chegou a hora do clube que apoiava. No Newcastle agradou. Aí, no emblema do Nordeste inglês acabaria a sua formação, e, na mesma temporada em que capitanearia a equipa de S-18 na vitória na FA Youth Cup, acabaria por estrear-se no patamar sénior.
Esse primeiro jogo na temporada de 1984/85, patrocinado pelo mítico Jack Charlton, acabaria por dar início a uma carreira recheada de grandes momentos. Não tardou muito até que as suas capacidades o levassem a um plano de real distinção. Logo na época seguinte à da estreia com os “Magpies”, Gascoine conseguiria ganhar um lugar no “onze” inicial. Cotando-se como um dos melhores do conjunto “geordie”, o médio mereceria honras de destaque na imprensa desportiva, acabando por figurar em muitas capas e primeiras páginas de jornais. Paralelamente àquilo que é o jogo com a bola nos pés, os momentos caricatos também começaram a preencher a sua carreira. Num desafio frente ao Wimbledon, o temível Vinny Jones, conhecido pela crueldade, apertaria a sua genitália. O esgar de dor do médio correu mundo, mas, ao invés de responder com violência, Gazza (alcunha pela qual ficaria conhecido), enviaria uma rosa ao seu agressor e, segundo rezam as crónicas, tornar-se-iam grandes amigos.
Já depois de ser laureado com o “PFA Young Player of the Year” em 1986/87, Gascoine começa a ser assediado por clubes de maior nomeada. Manchester United apareceria na “linha da frente”. No entanto, a preferência do atleta recairia por um emblema de Londres e a transferência, naquilo que foi um recorde monetário, concretizar-se-ia a favor do Tottenham. Em White Hart lane, o que eram as suas habilidades futebolísticas serviriam, ainda mais, para sublinhar a qualidade que sempre havia demonstrado dentro de campo. Uma visão de jogo primorosa, comparável apenas à sua técnica de passe e finta, fariam dele um dos melhores a actuar na sua posição. Partindo desse princípio, e dando seguimento às chamadas nas camadas jovens, o médio acabaria por fazer a sua estreia na principal selecção inglesa.
Voltando ao clube, a sua passagem pelos Hotspurs teria o seu momento mais alto aquando da final da Taça de Inglaterra de 1990/91. No desafio disputado em Wembley, numa altura em que já tinha firmado um acordo com a Lazio, era no atleta que todos as luzes estavam focadas. 15 minutos passados após o começo da partida e, numa entrada violenta, Gascoine atinge o antigo atleta do Benfica, Gary Charles. O médio aleija-se gravemente, mas ainda aguenta em campo o tempo necessário para, na sequência do castigo aplicado à sua falta, ver Stuart Pearce pôr o Nottingham Forest à frente no marcador. Pouco tempo após o golo, o jogador acaba mesmo por ser transportado para fora do terreno de jogo. O Tottenham acabaria por vencer o desafio. Contudo, a lesão que sofreria no joelho deitaria por terra a sua hipótese de transferência para o “Calcio”.
Sendo ele um dos que mais resplandeceu no Mundial de 1990, certame organizado em Itália, era impossível que do Sul da Europa não surgissem mais oportunidades. Após a longa recuperação, novo convite surgiria e, mais uma vez, era Lazio a mostrar interesse na sua contratação. Numa altura em que muito já tinha brilhado à custa dos jogos “Gazza’s Super Soccer” e “Gazza II”, a mudança para a cidade Roma quase que dispensava qualquer tipo de cerimónia. Ainda assim, com toda a pompa e circunstância, a sua apresentação ocorreria na temporada de 1992/93. No entanto, a sua adaptação a uma nova realidade ficaria bem longe dos pergaminhos que trazia. Polémicas envolvendo repórteres e a imprensa, querelas com o Presidente do clube, excesso de peso, novas lesões e exibições inconstantes fariam parte do rol de episódios que ilustrariam a sua passagem pela “Serie A”.
A sua ligação ao emblema romano terminaria no final da temporada 1994/95 e sem grandes louvores conseguidos. Já mudança para a Escócia valer-lhe-ia as primeiras vitórias em campeonatos. 2 Ligas escocesas (1995/96, 1996/97), às quais acrescentaria 1 Taça (1995/96) e 1 Taça da Liga (1996/97), preencheriam o seu currículo. Também no que diz respeito a episódios caricatos, a sua passagem pelo Rangers haveria de ter os seus capítulos. Num desafio que opunha a sua equipa à do Hibernian, o árbitro Dougie Smith deixa cair o cartão amarelo. Gascoine apanha-o do chão e “exibe-o” ao juiz, acabando, ele próprio, por ser admoestado com a tal cartolina. Apesar de tudo, seria durante este período que Gascoine voltaria a mostrar a sua genialidade. Numa altura em que sua chamada seria vista com alguma desconfiança, as exibições que conseguiria durante o Euro 96 serviram para demonstrar que o médio ainda conseguia estar ao melhor nível. Fica na memória o golo que marcaria frente à selecção escocesa. Nesse embate da fase de grupos, o atleta recebe a bola à entrada da área, passa-a por cima de um defesa e remata-a para o fundo das redes adversárias.
As suas passagens por Middlesbrough, Everton, e Burnley serviriam mais às estatísticas do que propriamente ao espectáculo do futebol. A sua fraca forma física, naqueles que foram os derradeiros anos da sua carreira, tornar-se-ia uma evidência. Depois, ainda que na condição de treinador jogador, chegariam os primeiros trabalhos como técnico. As passagens pela China, no Gansu Tianma, e o regresso a Inglaterra ao serviço do Boston United, serviriam de prelúdio para a sua passagem, em definitivo, para os “bancos”. Nessa função, numa carreira que viria ser bastante curta, destaque para estadia em Portugal, onde orientaria o Algarve United.

COMPUTER GAMES

Quando na segunda metade da década de 80 os pequenos computadores tiveram o seu grande “boom”, houve um tipo de entretenimento que passou a ter honras de predilecção. Spectrum, Atari, leitores de cassetes e intermináveis minutos a carregar jogos passaram a fazer parte da agenda de muita gente. No futebol, muitos foram os craques que associaram o seu nome a esta nova industria e é por causa deles que, durante o mês de Novembro, vamos falar de “Computer Games”!