1356 - ACÁCIO CASIMIRO

Ao surgir no degrau sénior incluído na equipa principal do Sporting de Espinho, Acácio Casimiro cumpriria os primeiros anos da carreira profissional com a camisola dos “Tigres da Costa Verde”. Depois da mencionada estreia na temporada de 1967/68, as 5 campanhas subsequentes, sempre na discussão do escalão secundário, serviriam para sublinhar as suas características e acabariam por proporcionar ao médio um novo salto na caminhada competitiva.
Avaliado como um interior de jogo intenso, intrépido, mas possuidor de grandes capacidades para construir o jogo ofensivo, finalmente o interesse de clubes de maior monta resultaria na sua transferência para o cenário primodivisionário. Com a chegada ao Boavista a acontecer na campanha de 1972/73, a mudança de Acácio Casimiro para um nível futebolístico de maior exigência, não inibiria o jogador de continuar a sublinhar-se como um elemento de elevada preponderância dentro do grupo de trabalho. Com o antigo internacional brasileiro Aymoré Moreira como o treinador dos “Axadrezados”, o médio, no desenho táctico idealizado, assumir-se-ia como um dos esteios do sector intermediário. Tanto nessa primeira época entre os “grandes”, como nas seguintes, o atleta manteria o estatuto de titular. Assim sendo, transformar-se-ia num dos pilares dos triunfos consecutivos de duas edições da Taça de Portugal. Em ambas as finais orientado por José Maria Pedroto, o atleta, ao fazer parte do “onze” inicial em 1974/75 como em 1975/76, contribuiria para as derrotas, respectivamente, do Benfica e do Vitória Sport Clube.
Ainda da passagem do médio pelo Bessa, surgiria outra história deveras curiosa e com referências à apelidada “Prova Rainha”. Com o 25 de Abril de 1974 a deitar abaixo o regime ditatorial vigente em Portugal, as provas futebolísticas nacionais, apesar do abalo social causado pela “Revolução dos Cravos”, depressa seguiriam o seu rumo. Com a calendarização da competição aludida no começo deste parágrafo a indicar, passado um par de dias, os oitavos-de-final, o Boavista preparar-se-ia para disputar a eliminatória frente ao Famalicão. A partida terminaria com o “placard” a indicar 5-1 a favor das “Panteras” e com Acácio Casimiro, não só como o concretizador dos dois golos iniciais do desafio, mas como o autor dos primeiros golos feitos após a restauração da democracia em Portugal.
Com a ligação ao Boavista a terminar com o fim da temporada de 1976/77, o centrocampista acabaria por dar novo rumo à carreira. Voltaria, com o clube a disputar as pelejas do Campeonato Nacional da 1ª divisão, ao Sporting de Espinho. Um ano volvido sobre o regresso ao Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas, surgiria uma nova mudança. Seguir-se-ia, naquela que viria a tornar-se na última campanha do médio no escalão máximo, o ingresso no plantel do Famalicão. Para findar a caminhada enquanto jogador, já a conciliar as funções dentro de campo com as tarefas de técnico, surgir-lhe-iam ao caminho o Paredes e o Amares.
Com a paixão sentida pela modalidade, Acácio Casimiro, nos anos vindouros, continuaria a manter-se ligado ao futebol. Com uma extensa carreira enquanto treinador, depois das experiências já referenciadas, o antigo médio, durante vários anos, passaria a assumir-se como o treinador-adjunto do seu antigo colega no Boavista, João Alves. Aceitaria também comandar o Departamento de Prospecção do FC Porto, seguindo, na campanha imediata e ainda na alçada de António Oliveira, para o Betis de Sevilha. Já na mudança do milénio, encetaria o que viria a revelar-se como uma verdadeira vida de “globetrotter”, tendo vivido em países como a Tunísia, Kuwait, Bahrein, Marrocos, Jordânia, Irão, China, Arábia Saudita e Bósnia. Pelo meio de tantos destinos, uma das passagens de maior importância aconteceria, por certo, ao serviço do Raja Casablanca, onde viria a sagrar-se campeão nacional.

1355 - ENKE

Ao terminar a formação com as cores do Carl Zeiss Jena, seria ainda ao serviço do emblema da antiga Alemanha de Leste que Robert Enke, na temporada de 1995/96, faria a estreia no patamar sénior. Já por essa altura cotado como uma das promessas do futebol germânico, com as passagens pelas jovens selecções a servirem de prova a essa aferição, o guarda-redes rapidamente seria resgatado à 2ª divisão alemã, para passar para um plantel a disputar o escalão máximo da Bundesliga.
Apenas cumprida 1 temporada sobre a sua promoção à equipa principal do Carl Zeiss Jena, seria o Borussia Mönchengladbach a apostar na sua contratação. No entanto, o salto de patamar, com a crescente exigência do mesmo, levá-lo-ia, por um par de anos, a ficar afastado das pelejas do conjunto maior. Já no começo da temporada de 1998/99, na sequência de uma grave lesão do titular Uwe Kamps, Robert Enke seria chamado à titularidade. Os resultados seriam bem positivos e o guardião cumpriria essa campanha como um dos esteios da equipa.
Apesar de individualmente bem cotado, a verdade é que as prestações colectivas, no final da campanha de 1998/99, não evitariam a despromoção do Borussia Mönchengladbach. Porém, com Robert Enke, no trilho internacional, já no patamar sub-21 e após a chamada para a edição de 1999 da Taça das Confederações, as portas a uma nova transferência abrir-se-iam para o jovem praticante. Seria por essa altura que, à procura de cimentar a sucessão do belga Michel Preud’Homme, surgiria o Benfica interessado na sua contratação. Com a mudança para Lisboa a concretizar-se para a época de 1999/00, o guarda-redes entraria no Estádio da Luz com a generalidade do público e outros seguidores da modalidade a cotá-lo, atrás de Carlos Bossio e Nuno Santos, como o terceiro na linha por um lugar à baliza.
O que veio a passar-se, quase de seguida, viria a provar que os prognósticos feitos durante a pré-época estariam todos errados. Ajudado, é certo, por alguns infortúnios dos seus colegas de posição, o técnico Jupp Heynckes daria a titularidade ao guardião seu conterrâneo. A partir desse momento, Enke, muito mais do que segurar o lugar no “onze”, tornar-se-ia num dos grandes ídolos e referência para os seguidores do emblema lisboeta. Numa altura atribulada para os lados da Luz, com uma série de problemas de ordem administrativa a afectarem os desempenhos colectivos, o atleta germânico, com uma postura de trabalho imaculada e exibições correspondentes, depressa conseguiria afirmar-se como o salvador de desgraças maiores. Pelo meio de enormes prestações, é impossível esquecer uma em especial e a eliminatória da Taça UEFA de 1999/00 disputada frente ao PAOK, com o jogador, no desempate através de grandes penalidades, a defender 3 remates, ficaria na memória de todos os adeptos “encarnados”.
Ao fim de 3 temporadas com o Benfica e a cotar-se como uma das grandes figuras das provas portuguesas, Robert Enke deixaria Lisboa para, na época de 2002/03, ingressar no FC Barcelona. Todavia, contra todas as expectativas, o guarda-redes revelaria muitas dificuldades em impor-se em Camp Nou. Sem conseguir conquistar um lugar na equipa “blaugrana” sob a orientação de Louis van Gaal e, após o despedimento do técnico neerlandês, treinada por Radomir Antic, as duas épocas seguintes à da chegada à Catalunha, seriam passadas em empréstimos, primeiro ao Fenerbahçe, onde ajudaria à vitória no Campeonato, e, posteriormente, já ao serviço do Tenerife.
Entretanto, o seu regresso à Alemanha serviria para recuperar o guardião nas sendas dos sucessos. De volta à Bundesliga na temporada de 2004/05, Enke, alimentado por um novo tónico, veria a sua caminhada competitiva a elevar-se aos índices de anos transactos. Titular absoluto no Hannover, o guardião passaria a ser cogitado como um dos nomes a arrolar aos desafios da selecção do seu país. Nesse sentido, depois de algumas tentativas falhadas, o dia 28 de Março de 2007, num particular frente à Dinamarca, marcaria a sua estreia internacional pelo conjunto “A” da “Mannschaft”. Já no caminho relativo à Fase de Qualificação para o Mundial de 2010, o atleta viria a assumir-se como o “número 1” da selecção germânica e como o nome mais provável para representar a nação no certame realizado na África do Sul. Infelizmente, uma enorme desgraça acabaria com esse desígnio. Na sequência de uma tremenda tragédia familiar e da depressão daí resultante, o jogador, a 10 de Novembro de 2009, haveria de pôr termo à própria vida.

1354 - CRISPIM

Apesar de ter completado uma boa parte da formação com as cores do Sporting, seria já como atleta da Académica que o avançado terminaria o percurso nas camadas jovens. Paralelamente, a caminhada feita pelo atacante nas equipas à guarda da Federação Portuguesa de Futebol dividir-se-ia entre o tempo do atleta em Lisboa e a posterior chegada a Coimbra. Com a “camisola das quinas”, num total de 10 internacionalizações, o extremo participaria, por duas vezes, no Torneio Internacional de Juniores da UEFA. Depois da presença no certame de 1960, o destaque acabaria por ir para a edição do ano seguinte, organizada em Portugal. Num grupo seleccionado por David Sequerra e treinado por José Maria Pedroto e ao lado de nomes como Simões, Serafim, Peres, Carriço, Oliveira Duarte entre outros que viriam a brilhar no desporto luso, Crispim assumiria um papel de grande destaque. Para além de entrar em campo em todas as pelejas, teria também a responsabilidade de envergar a braçadeira de capitão e haveria, concluída a final no Estádio da Luz, de ser ele a erguer o troféu entregue pela vitória na competição.
No que ao percurso clubístico diz respeito, Crispim passaria a trilhar um percurso louvável. Com a carreira sénior dedicada exclusivamente à Académica, o extremo depressa assumiria um papel de grande relevância no plantel da “Briosa”. Depois da estreia na equipa principal a acontecer na temporada de 1961/62 e sob a alçada do treinador Alberto Gomes, a maneira como viria a contribuir para os sucessos colectivos empurrá-lo-ia para a galeria de notáveis do emblema conimbricense. Nesse campo, é impossível esquecer aquelas que terão sido, provavelmente, algumas das melhores campanhas realizadas pelos “Estudantes”. Assim, na época de 1966/67, o atacante tornar-se-ia num dos pilares do 2º posto conseguido ao termo do Campeonato Nacional. Também na Taça de Portugal, ainda nesse ano, o avançado mostraria a sua importância e, com a equipa a marcar presença na final agendada para o Estádio Nacional do Jamor, acabaria arrolado, por Mário Wilson, para o “onze” que, infelizmente para os de Coimbra, não conseguiria derrotar o Vitória Futebol Clube.
Mesmo um pouco tapado pelos outros colegas de balneário, Crispim também faria parte do plantel de 1968/69 que, mais uma vez, atingiria a final Taça de Portugal e que, frente ao Olympique de Lyon, marcaria a estreia da Académica nas competições continentais. Porém, o número mais impressionante da sua carreira desportiva, a revelar uma enorme dedicação à agremiação estudantil, seria dado pelos 30 anos de entrega ao clube. Depois de 10 temporadas, todas primodivisionárias, com a camisola negra, o antigo avançado passaria a dedicar-se às tarefas de treinador. Numa caminhada passada maioritariamente aos comandos das camadas jovens da “Briosa”, onde chegaria a orientar, a exemplo, Sérgio Conceição, o destaque maior acabaria por ir para as campanhas em que seria chamado, como técnico-principal, a comandar a equipa sénior do Calhabé.

1353 - JÚLIO


Descoberto no Ramaldense, popular colectividade que também lançou Humberto Coelho, Júlio acabaria a sua formação já nos juniores do FC Porto e como campeão nacional da categoria. Aferido como um ponta-de-lança bastante oportuno, o jovem jogador, ainda com 17 anos, seria chamado, na época de 1971/72, à equipa principal dos “Dragões”. Com a estreia sénior a acontecer sob a alçada do treinador António Feliciano, a verdade é que nos anos vindouros, o avançado conquistaria, com algumas excepções, poucas oportunidades para envergar o listado dos “Azuis e Brancos”. Ainda assim, o atacante, por vários anos, manter-se-ia como um elemento válido dentro do plantel portista. Todavia, com a chegada de José Maria Pedroto ao Estádio das Antas, a situação do jogador, por razão da relação fleumática com o aludido técnico, pioraria e terminaria com um pedido de rescisão contratual – “Não dava, o meu feitio chocava com o dele. Ele tinha duas caras. Disse-lhe isso. Na cara. Então ò Rui, há uma digressão no Brasil e quatro/cinco jogadores não regressam a Portugal com a equipa. Diz-me ‘és o melhor do mundo’ e, de repente, no jogo seguinte, não contas para ele. Vais para a bancada enquanto os outros jogam? (…) Outra: sou suplente num jogo com a Académica. Ao intervalo, 0-0. ‘Vai lá para dentro e resolve’, disse-me ele. E resolvi, fiz o 1-0 e o 2-0. No jogo seguinte, nem convocado fui”*.
Seria também durante a primeira passagem de Júlio pelo FC Porto que as selecções entrariam no quotidiano do jogador. Arrolado primeiramente para representar as “esperanças”, a partida frente à Bulgária, a 13 de Outubro de 1973, encetaria um percurso que, num total de 5 internacionalizações, levaria o ponta-de-lança a representar a equipa “B”, os “olímpicos” e a ser listado aos trabalhos do conjunto “A”. Nesse percurso, as chamadas à equipa principal lusa trariam à história do atleta episódios peculiares e, pior que tudo, de grande infortúnio. O primeiro, em Setembro de 1980, por altura de um “amigável” disputado frente à Itália, terminaria com o jogador, contra todas as expectativas, a não sair do banco de suplentes. Novamente chamado por Juca, passados alguns meses surgiria a oportunidade de uma partida a contar para a Fase de Apuramento do Mundial de 1982. Na peleja a opor Portugal a Israel, o avançado acabaria a aquecer, mas um incidente tão curioso quanto azarado tiraria ao atacante a oportunidade de entrar em campo – “Disse-me para ir aquecer que ia entrar (…). Saí pela direita do banco, corri pela linha lateral, dei a volta à bandeirola de canto e continuei a correr pela linha de fundo (…). Sem saber, tinha o preparador-físico José Falcão a correr atrás de mim. Era um homem que usava uns óculos fundo de garrafa. Quando me viro para continuar a correr no sentido inverso, bato com o nariz nos óculos dele e parto a cana. Comecei imediatamente a sangrar”**. “O Juca vê aquilo e diz que não posso entrar com sangue. Nunca mais lhe falei. Quem entra é o Manuel Fernandes. Por essa altura, já estou no balneário a levar uns agrafos do massagista Mário Belo. Terminado o serviço, fui-me embora e nunca mais voltei à selecção”*.
Regressando ao percurso clubístico do avançado, ao fim de 6 temporadas no FC Porto e com o currículo colorido pela vitória na edição de 1976/77 da Taça de Portugal, Júlio haveria de ingressar no Varzim. No emblema da Póvoa, o ponta-de-lança acabaria por fazer uma grande campanha, a ponto de começar a despertar a cobiça de outros emblemas. O primeiro a fazer-lhe uma proposta concreta seria o Benfica, mas as divergências surgidas no momento de rubricar a nova ligação, levariam à suspensão do acto. Surgiria então o Boavista, emblema com o qual assinaria um contrato. No Bessa a partir da campanha de 1978/79, o jogador manter-se-ia como um elemento deveras importante no cumprir dos desígnios colectivos. Nesse sentido, é impossível não destacar dois momentos. O primeiro seria a final da Taça de Portugal de 1978/79, onde um golo seu empurraria a decisão da peleja para a finalíssima. Mais uma vez chamado para o “onze” por Jimmy Hagan, o avançado, com o único remate certeiro do desafio, daria o troféu aos “Axadrezados”. Para completar este capítulo, há ainda que fazer referência à Supertaça do ano seguinte, altercada frente ao FC Porto, e onde 2 tentos seus entregariam aos escaparates das “Panteras” a edição inicial do troféu.
Com 3 épocas no Bessa a revelarem elevados índices exibicionais, Júlio, mais uma vez, viria a ser contratado pelo FC Porto. Sem conseguir ser um titular indiscutível, o avançado conquistaria uma razoável fatia de preponderância nos objectivos da equipa, ajudando, logo na época de volta às Antas, à conquista da Supertaça de 1981/82. Contudo, com José Maria Pedroto de novo no comando técnico dos “Dragões”, o avançado, volvida uma campanha sobre o regresso do treinador aos “Azuis e Brancos”, pediria a rescisão da ligação laboral.
Seguir-se-iam, numa carreira a aproximar-se do fim, a época passada ao serviço do Vitória Sport Clube, onde voltaria a encontrar-se com o seu treinador no FC Porto, o austríaco Hermann Stessl. Depois surgiriam o Portimonense e o Salgueiros, numa caminhada desportiva que, com a conclusão da temporada de 1985/86 e com um total de 15 campanhas primodivisionárias, levaria Júlio a “pendurar as chuteiras”.

*retirado da entrevista conduzida por Rui Miguel Tovar, publicada a 30/07/2021, em https://tovarfc.pt
**retirado do artigo de Sérgio Pereira, publicado a 05/08/2010, em https://maisfutebol.iol.pt

1352 - CELESTINO

Destacar-se-ia, inicialmente, na primeira metade da década de 1960, num Montijo a vogar pelo escalão secundário. Ao fazer a transição para as competições seniores na colectividade da Margem Sul do Rio Tejo, Celestino, lateral-direito combativo e dono de belíssimos índices físicos, teria na passagem para outro emblema histórico do panorama futebolístico português, o salto necessário para catapultar a carreira em direcção a patamares de excelência. Já em Coimbra, num grupo recheado de craques, o defesa acabaria por ajudar a escrever uma das mais brilhantes páginas da existência da agremiação estudantil.
Como jogador da Académica a partir da campanha de 1965/66, em grupos liderados por Mário Wilson e compostos por um largo rol de inolvidáveis atletas como Mário Torres, Curado, Vítor Campos, Mário Campos, Gervásio, Rui Rodrigues, Toni, Jorge Humberto, Artur Jorge, Rocha, Crispim, Vieira Nunes, Serafim, Brasfemes, Quinito, Oliveira Duarte, Belo, Maló, Ernesto, entre outros, Celestino, tal como foi dado a entender no parágrafo anterior, passaria a fazer parte de um dos momentos áureos dos “Estudantes”. Como pontos altos desses 3 anos passados em Coimbra, com o jogador, já dono de uma boa experiência competitiva, a assumir uma boa cota parte de importância no alcançar dos feitos colectivos, destacar-se-iam as competições internas da época de 1966/67.
Presença habitual no “onze” da “Briosa” na última temporada aludida, Celestino transformar-se-ia num dos esteios do 2º lugar alcançado, pela Académica de Coimbra, no concluir do Campeonato Nacional. Paralelamente, a caminhada colectiva na Taça de Portugal, levaria o clube até à final da competição. No Estádio Nacional do Jamor, frente ao Vitória Futebol Clube, o lateral-direito seria chamado ao alinhamento inicial. Curiosamente, mesmo sendo um elemento do sector mais recuado, seria dele um dos golos a pautar a partida. Infelizmente para e si e para os seus companheiros de equipa, esse remate certeiro acabaria como insuficiente prémio para a derrota e, com o placard final a registar 3-2, o tão almejado troféu escaparia em direcção a Setúbal.
Também da passagem de Celestino por Coimbra saltaria outro momento inesquecível. Convocado à selecção “B” pelos responsáveis técnicos da Federação Portuguesa de Futebol, o lateral-direito acabaria a estrear-se numa peleja frente à Bélgica. Depois dessa partida disputada no Stade du Pays de Charleroi, a 22 de Março de 1967, o jogador, dentro do mesmo escalão, ainda voltaria a envergar a “camisola das quinas”. Passados alguns meses após a já mencionada chamada, o atleta, dessa feita com a França, somaria mais uma partida por Portugal, num total, a abrilhantar a sua carreira, de 2 internacionalizações.
O passo seguinte da sua caminhada desportiva, a partir da temporada de 1968/69, dar-se-ia com a transferência para o Sporting. Em Alvalade, orientado por Fernando Vaz, Celestino conquistaria o troféu mais importante da carreira. Titular desde a chegada ao emblema lisboeta, o defesa tornar-se-ia num dos pilares da vitória no Campeonato Nacional de 1969/70. Infelizmente para a sua progressão, uma terrível lesão iria travar a preponderância demonstrada no cumprir dos objectivos colectivos dos “Leões”. Com a época seguinte à do triunfo na principal prova do calendário português a revelar-se bem abaixo das prestações de anos anteriores, o lateral acabaria por deixar os “Leões” e voltaria a atravessar o Rio Tejo.
De regresso ao Montijo na época de 1971/72, o lateral-direito seria uma das peças mais importantes do emblema aldegalense, naquelas que viriam a tornar-se nas mais pródigas páginas do clube. Com esta nova etapa a iniciar-se ainda no patamar secundário, Celestino seria um dos intérpretes, na temporada de 1972/73, da estreia da colectividade na 1ª divisão. Ainda participaria nas outras duas campanhas da agremiação entre os “grandes” e, numa altura em que tinha sob a sua alçada a braçadeira de capitão, os 74 jogos disputados, torná-lo-iam no atleta com mais partidas realizadas, pelo conjunto da Margem Sul, naquele que é o patamar máximo do futebol luso.
Antes de pôr termo à carreira como futebolista, segundo as informações veiculadas por algumas publicações, Celestino terá ainda representado o Estrela de Vendas Novas e os açorianos do Oliveirenses.

1351 - NÉLITO

Depois de ter passado pelas “escolas” do Vilaverdense Futebol Clube, Manuel Gomes da Silva, popularizado pelo diminutivo Nélito, terminaria o percurso formativo na temporada de 1976/77, a envergar a camisola do Sporting de Braga e logo no ano em que o conjunto minhoto viria a sagrar-se campeão nacional de juniores. A aludida campanha, que terminaria em tão grandioso facto, acabaria por empurrar o jovem praticante para o radar da Federação Portuguesa de Futebol. Nesse sentido, o atleta viria a ser convocado a disputar o Torneio Internacional St. Malo, em França. Com a estreia no certame a acontecer pela mão do treinador Peres Bandeira, o desafio jogado frente a Marrocos, a 9 de Abril de 1977, tornar-se-ia na sua primeira partida disputada com as cores lusas. Para além do referido troféu, já no desenovelar da época subsequente, o jogador ainda regressaria aos trabalhos das selecções nacionais, dando à sua carreira um total de 3 internacionalizações pelos, actualmente denominados, sub-18 e 1 chamada aos “esperanças”.
No que diz respeito à caminhada clubística, Nélito, no decorrer da temporada de 1977/78, seria chamado à estreia na equipa principal do Sporting de Braga. Após encetar a dita caminhada sob a batuta de Mário Imbelloni, a sua vida desportiva, durante os primeiros anos, seria dificultada pela presença no plantel de elementos mais experimentados. Sem conquistar grandes oportunidades para entrar em campo com alguma frequência, a excepção às campanhas iniciais emergiria no desenovelar da época de 1980/81 e na alçada do técnico Mário Lino. Daí em diante ainda teria de penar um pouco. Contudo, esse cenário viria a mudar em 1983/84 e a partir desse momento, o jogador, a demonstrar uma espantosa regularidade e entrega, tornar-se-ia numa das grandes referências dos “Guerreiros”.
Nas 12 campanhas consecutivas feitas por Nélito ao serviço da equipa principal do Sporting de Braga, muitos momentos haveriam de ficar na memória do atleta. Talvez as conjunturas de maior destaque tenham acabado por ser as participações do emblema da “Cidade dos Arcebispos” nas competições organizadas pela UEFA. Depois de, na temporada de 1978/79, frente aos malteses do Hibernians e dos ingleses do West Bromwich Albion, o defesa ter participado no regresso dos “Arsenalistas” às provas continentais, também as eliminatórias frente ao Swansea City (1982/83) ou ao Tottenham Hotspurs (1984/85) embelezariam o seu currículo. Claro está que, mesmo com o atleta a não participar nos derradeiros jogos dos troféus em causa, não poderia esquecer-me de fazer referência às campanhas de 1981/82 e de 1982/83, em que o seu grupo de trabalho acabaria a disputar, respectivamente, a final da Taça de Portugal e a Supertaça Cândido de Oliveira.
Com a ligação ao Sporting de Braga a conhecer o fim no termo da temporada de 1988/89 e numa altura em que a braçadeira de capitão também já fazia parte do seu palmarés, Nélito ainda daria continuidade à caminhada de futebolista por mais alguns anos. Já fora do principal escalão português, o jogador, de imediato, passaria pelo Gil Vicente, ajudando a agremiação da cidade de Barcelos à primeira promoção ao patamar máximo. Depois seguir-se-iam o Vianense e o Amares, tornando-se esta última na colectividade no emblema onde faria a transição para o papel de treinador. Nessas tarefas, numa senda recheada de experiência, dois seriam os nomes que haveriam de ilustrar tal trajecto. Por um lado, o ainda agora aludido Amares e, num regresso a uma das casas da sua formação, o Vilaverdense.

1350 - CASTRO

Com grande parte da formação feita nas “escolas” da Associação Desportiva de Fafe, Francisco Castro, sem deixar o conjunto minhoto, fixar-se-ia na equipa principal na temporada de 1998/99. Mesmo com o clube a militar na 2ª divisão “b”, a qualidade do atleta, logo no ano seguinte ao da sua estreia no patamar sénior, conseguiria despertar a curiosidade dos responsáveis técnicos da Federação Portuguesa de Futebol. Nesse sentido, o médio seria chamado a disputar o Torneio Internacional da Madeira e a estreia com a “camisola das quinas”, pela mão da dupla Rui Caçador e Agostinho Oliveira, aconteceria a 7 de Março de 2000, frente à Turquia. Ainda no mesmo ano e ao lado de nomes como Paulo Ferreira, Marco Caneira, Tonel ou Miguel, seguir-se-ia a participação no “Tournoi de Toulon”, dando à sua carreira um total de 3 internacionalizações no escalão sub-20.
Mesmo com o percurso cumprido pela jovem selecção portuguesa, Castro apenas conseguiria dar um salto maior na sua carreira clubística já numa altura em que contava no currículo com diversas temporadas a competir como sénior. A aposta nas suas características surgiria na campanha de 2003/04, por parte do Moreirense, onde passaria a trabalhar sob a batuta de Manuel Machado. A progressão, desde a 2ª divisão “b” até ao escalão maior do futebol luso acabaria por trazer-lhe, no imediato, algumas dificuldades em conseguir impor o seu jogo. Depois de 3 campanhas em que nunca manteria o estatuto de titular indiscutível, o centrocampista deixaria os “Cónegos” para, de início, passar por um empréstimo ao Maia e de seguida, já desvinculado do emblema minhoto, representar o Desportivo das Aves e o Gondomar.
Aferido como um elemento aguerrido e de atitude abnegada, Castro, na campanha de 2009/10, haveria de voltar a Moreira de Cónegos. Inicialmente envolvido nas pelejas da 2ª divisão “b”, o médio, nas campanhas seguintes à do regresso ao Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, acabaria por ajudar às várias promoções da agremiação “axadrezada”, subidas essas que, já na temporada de 2012/13, terminariam com o retorno do Moreirense, e do jogador, à 1ª divisão.
O término da referida época primodivisionária, numa altura em que envergava a braçadeira de “capitão”, significaria, para o atleta, o fim sua carreira enquanto praticante de alta-competição. Apaixonado pelo futebol, o antigo médio manter-se-ia ligado à modalidade e logo na temporada subsequente a “pendurar as chuteiras” encetaria, ao serviço do Felgueiras, a caminhada enquanto técnico. Como treinador-adjunto, Francisco Castro já conta com uma longa experiência, na qual, para além do aludido, tem passagens por Académico de Viseu, Vitória Sport Clube, Moreirense e Sporting da Covilhã.

1349 - BERNARDO DA VELHA

Natural da Guiné-Bissau, Bernardo da Velha chegaria ao Sporting na temporada de 1962/63 e vindo do FC Teixeira Pinto. No entanto, mesmo tido como um praticante de forte potencial, a verdade é que o atacante não conseguiria qualquer oportunidade no conjunto principal dos “Leões”. Sem conquistar qualquer espaço nas duas épocas passadas em Alvalade, onde não passaria da equipa de “reservas”, o jogador acabaria por dar seguimento à sua carreira noutras paragens e o destino levá-lo-ia até ao norte de Portugal.
No FC Porto a partir da campanha de 1964/65, Bernardo da Velha estrear-se-ia sob a batuta do brasileiro Otto Glória. Titular logo na 1ª jornada do Campeonato Nacional, curiosamente, apesar do arranque de época auspicioso, o jogador apenas participaria noutro desafio da Taça de Portugal. Seria somente no 3º ano de “azul e branco “, já com José Maria Pedroto como treinador dos “ Dragões”, que o atleta conseguiria ter algum protagonismo no “onze” portista. Aliás, seria sob a alçada do referido treinador português que outra mudança iria alterar a sua caminhada desportiva. Habituado a jogar na linha ofensiva, a ideia do técnico luso em recuá-lo no campo levá-lo-ia até à defesa e, na opinião de muitos, empurrá-lo-ia até às melhores prestações da sua carreira.
Seria já na posição de lateral-direito que participaria e venceria um dos mais importantes desafios futebolísticos da sua vida. Com a final da Taça de Portugal de 1967/68 agendada para o Estádio Nacional, o jogador acabaria arrolado, por José Maria Pedroto, para o alinhamento inicial. Frente ao Vitória Futebol Clube, num jogo em que o golo inicial haveria de ser concretizado pelo emblema setubalense, os remates certeiros de Nóbrega e de Valdemar virariam o placard e entregariam ao currículo de Bernardo da Velha o único título nacional conquistado durante a carreira em Portugal.
Cumpridas 5 temporadas no FC Porto, Bernardo da Velha, após a campanha em que mais vezes seria chamado a jogo, daria por terminada a ligação aos “Azuis e Brancos”. Apresentado em Guimarães como reforço para a época de 1969/70, o jogador, logo nesse ano inicial, entraria para a história do Vitória Sport Clube. Ao fazer parte do grupo de trabalho que, pela primeira vez, disputaria uma competição continental com a colectividade sediada na “Cidade Berço”, o jogador teria o direito de inscrever o seu nome no rol de atletas a participar em tão honrado momento. Apesar de não entrar em campo na ronda inicial frente ao Baník Ostrava, o defesa acabaria por ser chamado, por Fernando Caiado, para a disputa da 2ª eliminatória e, em ambas as mãos, jogaria frente aos ingleses do Southampton.
Já cimentado como um jogador de cariz primodivisionário, Bernardo da Velha ainda teria oportunidade de, nas provas portuguesas, envergar as camisolas de outros clubes. Depois de 3 temporadas ao serviço do Boavista, o atleta, sem abandonar a 1ª divisão, ainda vestiria as cores do Sporting de Espinho e do Leixões. Daí em diante, segundo algumas informações, o futebolista terá viajado para o Canadá, onde passaria a representar o Toronto First Portuguese. De regresso a Portugal, dados confirmados no “site” da Federação Portuguesa de Futebol, as temporadas de 1978/79 e de 1979/80 tê-las-á passado, respectivamente, no Oliveira do Douro e no Cinfães. Já após “pendurar as chuteiras”, o encetar da sua caminhada enquanto treinador empurrá-lo-ia de novo para a América do Norte e para a agremiação sediada na província de Ontário e já referida neste parágrafo.

1348 - JOÃO LUIZ


Com a carreira sénior a iniciar-se no final da década de 1970, João Luiz chegaria a Portugal já como um atleta com muita experiência. Com os primeiros passos como profissional dados no Funilense, os anos a defender as cores do Independente de Limeira e do Guarani antecederiam a entrada no emblema que acabaria por catapultá-lo no futebol. No Inter de Limeira, onde na temporada de 1986 haveria de vencer o Campeonato Paulista, o jogador cimentar-se-ia como um lateral-direito de uma regularidade espantosa, bastante seguro a defender, sem quaisquer inibições ofensivas e dono de um remate fortíssimo.
Curiosamente, seria à custa das qualidades de outro futebolista que o defesa viajaria para a Europa. A história é muito simples! Com os “observadores” do Sporting a irem para o Brasil no intuito de avaliar um lateral-direito do Bahia, o jogo ao qual assistiriam acabaria por ser frente ao Inter de Limeira. Com a exibição de João Luiz a atingir níveis de excelência, os emissários do emblema lisboeta desviariam a sua atenção para o atleta do “Leão da Paulista”. O final da história já todos conhecem e o jogador natural de Cosmópolis seria apresentado como reforço da colectividade “alfacinha”.
Com a chegada a Lisboa a acontecer a meio da temporada de 1986/87, seria pela mão de Keith Burkinshaw que João Luiz conseguiria estrear-se com o listado verde e branco. Ao conquistar a titularidade ainda com o técnico inglês, também sob a alçada dos treinadores seguintes, excepção feita a Marinho Peres, o jogador haveria de manter-se como um dos nomes mais vezes inscrito no “onze” leonino. Essa preponderância tornar-se-ia essencial para os sucessos colectivos, nomeadamente para o único troféu conquistado durante a passagem do lateral por Portugal. Nessa disputa da Supertaça de 1987/88, em ambas as mãos, o defesa apresentar-se-ia no alinhamento inicial e viria a tornar-se num dos esteios da vitória do Sporting.
Com a ligação aos “Leões” a terminar com o fim da campanha de 1991/92, João Luiz, depois de realizar 150 jogos oficias pelo Sporting, regressaria ao seu país natal. De volta ao Brasil, contratado pelo Palmeiras, a sua passagem pelo Palestra Itália ficaria marcada pela vitória no “Estadual” Paulista de 1993. Seguir-se-iam a ligação ao XV de Piracicaba e a grave lesão no joelho que haveria de pôr um ponto final na sua caminhada desportiva. Após “pendurar as chuteiras”, criaria, com outros dois parceiros de profissão, um projecto de agenciamento de atletas. Posteriormente, ao afastar-se do futebol por largos anos, o antigo defesa passaria a dedicar-se às tarefas de Técnico de Segurança no Trabalho. Porém, a paixão pela “bola” levá-lo-ia a aceitar o convite dos velhos camaradas e a retornar à empresa por si fundada.

1347 - DUARTE

Chegaria ao plantel sénior na temporada de 1973/74 e numa altura em que o Rio Ave vogava pelo 3º escalão nacional. Durante os primeiros 4 anos da carreira, Duarte de Sá manter-se-ia na disputa do mesmo degrau competitivo. Porém, com a vitória do “emblema da caravela” no Campeonato do patamar supracitado, a época de 1976/77 marcaria um ponto de viragem na história da colectividade de Vila do Conde e, por conseguinte, na evolução desportiva do defesa.
Com mais uma subida no espaço de dois anos, Duarte faria parte do grupo de trabalho que, na campanha de 1979/80, contribuiria para a estreia do Rio Ave na 1ª divisão. Com o jogador, mesmo sem ser um dos titulares indiscutíveis, a conseguir um bom número de presenças em campo, as prestações colectivas dos vilacondenses seriam insuficientes para manter a equipa entre os “grandes”. Com o defesa-esquerdo, que também sabia posicionar-se a central, sempre a acompanhar o conjunto do listado verde e branco, o regresso ao patamar máximo dar-se-ia um ano após a despromoção e com o clube a caminhar em direcção àqueles que, à altura, viriam a tornar-se nos melhores anos da existência da agremiação.
O primeiro desses grandes feitos, com Mourinho Félix no comando técnico do Rio Ave, aconteceria logo na temporada de 1981/82. Ao marcar presença em todas as rondas do Campeonato, ele que era o capitão de equipa, Duarte transformar-se-ia numa das principais peças do 5º lugar alcançado, pelo colectivo vilacondense, no final da mais importante competição nacional. Já na campanha de 1983/84, novamente com o treinador ainda agora referido, o destaque surgiria na Taça de Portugal e com a chegada do clube ao derradeiro desafio da prova. Na final marcada para o Estádio do Jamor, com o defesa a apresentar-se como titular e a capitanear os seus colegas, os "rioavistas" não conseguiriam levar de vencido o adversário e acabariam por ver o FC Porto a erguer o tão almejado troféu.
Não só pelos factos contados, poderemos ter Duarte como um dos mais ilustres atletas a envergar a camisola do Rio Ave. Para além do já descrito, há também que somar a enorme fidelidade do jogador ao clube. Nesse sentido, não tendo o defesa vestido qualquer outra camisola durante a totalidade da carreira, os números conseguidos durante as 13 temporadas com a “caravela” ao peito, isto é, 155 jogos e 10 golos, também ajudariam a pôr o apelidado “Eterno Capitão” nas mais ilustres páginas dadas aos anais do clube.
Há também, para juntar a tudo o que aqui foi listado, os outros papeis desempenhados ao serviço do Rio Ave. Poderei começar pelas funções de técnico e com a primeira dessas experiências, algo curiosa para os dias de hoje, a emergir ainda na campanha de 1979/80. Com o despedimento de Ruben Garcia, de forma interina e ao lado de Soares e de Mário Reis, Duarte seria um dos atletas escolhidos para compor uma espécie de comissão técnica. Bem mais tarde, já depois de “penduradas as chuteiras” no final da campanha de 1985/86, o antigo defesa aceitaria o desafio de adjuvar o brasileiro Mário Juliatto. Para finalizar, há ainda a sua participação no Conselho Geral do Clube e, igualmente, a sua presença na Comissão de Honra, nomeada a propósito da comemoração dos 75 anos da colectividade.