1482 - FRANCISCO LOPES

Notabilizado como atleta do Sporting Clube de Portugal, equipa onde chegaria na temporada de 1934/35 e, segundo algumas fontes, com 20 anos de idade, Francisco Ferreira Lopes começaria a envergar o verde e branco da camisola leonina no conjunto de reservas. Ainda no decorrer da referida campanha e pela mão do capitão geral – por regra treinador/jogador – Filipe dos Santos, faria a estreia na categoria principal e, a partir desse momento, passaria a dar a sua contribuição para uma época particularmente prolífera para a colectividade “alfacinha”.
No campo referente aos troféus, como dado a entender no parágrafo anterior, Francisco Lopes, a posicionar-se preferencialmente como extremo-esquerdo, ajudaria o Sporting, logo na época da sua chegada, à vitória no Campeonato de Lisboa, êxito que repetiria nas 3 épocas subsequentes. Também nas campanhas seguintes, apesar de nas duas últimas já sem a preponderância conquistada no par anterior, o avançado conseguiria amealhar mais títulos para o palmarés pessoal. Para além do já mencionado, ou seja, os brilharetes no contexto regional, o atacante participaria igualmente na conquista das provas de índole nacional. No Campeonato de Portugal, muito mais importante do que a sua presença na final perdida de 1934/35, seria a comparência no derradeiro jogo e correspondente triunfo na edição de 1935/36 e a participação, embora mais modesta, na vitória de 1937/38.
Apesar de estar incluído num rol de atletas históricos do emblema de Alvalade, mormente pela sua participação na 1ª edição do Campeonato da I Liga, Francisco Lopes nunca chegaria a alcançar a importância que outros colegas haveriam de ter no seio do grupo de trabalho leonino. Essa situação, agravada pela falta de oportunidade no decorrer da temporada de 1937/38, onde, pela batuta de Joseph Szabo, apenas disputaria 4 partidas oficiais, levá-lo-ia a deixar o Sporting após cumpridas 4 campanhas. Seguir-se-ia na sua caminhada futebolística o Carcavelinhos que, em 1938/39, apesar de militar no 2º escalão nacional, conseguiria a almejada promoção ao patamar maior do futebol luso. Com a subida, o atacante voltaria a destacar-se como um bom intérprete e, acima de tudo, como um elemento com capacidades vincadamente primodivisionárias. No entanto, circunstância que não deixa de ser uma curiosidade, o jogador, com a sua equipa num vaivém constante, iria alternar a sua presença entre os dois aludidos degraus competitivos. Tal peculiaridade não diluiria outro facto de importância histórica e relacionado com a fusão da colectividade que representava com o União Lisboa e que, na campanha de 1942/43, faria dele um dos jogadores presentes na estreia do Atlético Clube de Portugal.
Depois da fundação do emblema tradicionalmente a disputar os seus jogos caseiros no Estádio da Tapadinha, Francisco Lopes manter-se-ia, nas pelejas da bola, pelo lisboeta bairro de Alcântara. Após 4 temporadas a envergar as cores do Carcavelinhos, emergiria um período idêntico, em que o avançado passaria a exibir-se com a camisola do Atlético, num trajecto que, pelos registos por mim encontrados, findaria com o termo da campanha de 1945/46.

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