181 - VÍTOR PONTES

Como jogador, Vítor Pontes sofreu da síndrome que só os guarda-redes costumam padecer, a do “eterno suplente”. Os indícios surgiram após completar a formação na União de Leiria e, depois do curto empréstimo ao Vieirense, na volta à “Cidade do Lis”. Durante as épocas seguintes ao regresso, pouco mais alcançou do que a sombra de nomes como Padrão ou Álvaro. Passados 5 anos, a ida para o Vitória Sport Clube só veio agudizar a sua condição. Em Guimarães encontrou-se com o internacional luso, Jesus. De início ainda conseguiu sentar-se no banco. Porém, o que o destino trouxe daí em diante acabou por ser bem pior e com o fim da segunda temporada no Minho, ao não conseguir ser convocado uma única vez, restou-lhe a saída. Seguiram-se outros clubes na 1ª divisão. Porém, tanto no "O Elvas", como no Nacional da Madeira ou ainda no Tirsense, a sua história teimou em repetir-se, acabando por agrilhoar o guardião a à ideia de uma carreira bem recatada.
Como treinador parece estar a delinear uma trajectória igualmente discreta. Após o estágio com José Mourinho e de, pelo "Special One", ter sido avaliado como uma das grandes promessas na função, Vítor Pontes pouco mais tem feito do que acumular desaires. Este ano não foi excepção! Não sei se deram por isso, mas o treinador passou pelo nosso Campeonato! É verdade, o técnico substituiu Pedro Caixinha à 4ª ronda para, após a 6ª jornada, abandonar o comando da União de Leiria!
Agora pensem bem! Quem quer ser honesto, tem que ser coerente na maneira de viver. Como já fiz referência, a imagem de Vítor Pontes no futebol, tem sido a discrição. A prová-lo temos números a dizerem-nos que, nas suas 7 épocas primodivisionárias enquanto atleta, participou em cerca de meia-dúzia de partidas. Tal registo torna óbvio que o antigo futebolista e agora técnico tem aversão ao estrelato!

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