220 - CÉSAR PEIXOTO

Quando, no início de temporada, César Peixoto informou Jorge Jesus que, doravante, só deveria contar com ele para ser utilizado no meio-campo e a "número 10", não sei se chegou a pensar que o treinador fosse, de alguma forma, ceder ao seu pedido!
Se assim foi, enganou-se completamente, pois, ao invés de privilegiado com tal exigência, o canhoto, que até ali, maioritariamente, ocupara o lugar de defesa-lateral esquerdo, acabou excluído das contas do técnico benfiquista. Esse isolamento, causado pelo próprio jogador, resultou, apesar da sua inscrição na Liga dos Campeões, numa total abstinência competitiva. Sem jogar uma só partida, para o internacional português não houve outra solução senão sair da alçada do treinador que outrora, talvez em demasia, o havia protegido. Ao não ser utilizado e com o contrato a terminar no final da corrente época, a direcção “encarnada” decidiu corresponder às expectativas do jogador e libertá-lo do vínculo laboral.
"Tive alguma pena que ele tivesse saído"* - afirmou à comunicação social Jorge Jesus. Porém, nem o desabafo do timoneiro das “Águias” fez com César Peixoto olhasse para trás e, sem qualquer compromisso contratual, rumou ao Minho para assinar e fazer a segunda metade da temporada ao serviço de uma das boas surpresas da Liga, o Gil Vicente.
 
*retirado do artigo publicado em www.cmjornal.pt, a 28/01/2012

Sem comentários: