306 - TONIÑO

Um dos primeiros atletas que, na leva publicada este mês, escolheu Portugal como destino, foi Toniño. Formado nas escolas do Athletic Bilbao, o médio poucas oportunidades teve no clube da sua cidade natal. Aliás, nunca chegou a envergar a camisola da equipa principal, tendo apenas passado pelo conjunto “b”.
Para dar continuidade à paixão pelo “jogo da bola” e aliciado pela perspectiva de alinhar na 1ª divisão portuguesa, Toniño, no começo da temporada de 1994/95, fez as malas e viajou até Trás-os-Montes. Adaptou-se facilmente ao Desportivo de Chaves e um pouco à imagem das gentes da região, o jogador basco, com uma enorme vontade, esforço, resistência, rapidamente cumpriu na obrigação de carregar às costas o emblema flaviense. Por mérito próprio tornou-se num verdadeiro “patrão” do meio-campo e a sua força, a juntar a um potente remate que permitia a exímia marcação de livres-directos, transformaram-no num dos preferidos da massa associativa.
Considerado pela imprensa especializada como um dos futebolistas de topo a actuar nas provas lusas, o “trinco” começou a ser cobiçado por emblemas de outra nomeada. Passados dois excelentes anos em Chaves, Toniño preferiu o Vitória Sport Clube e a possibilidade de, pelo emblema da “Cidade Berço, participar nas competições sob a custódia da UEFA. Porém, em Guimarães, a temporada de 1996/97 não correu da melhor maneira. Apesar de alguma regularidade na maneira como foi utilizado, as suas exibições pautaram-se pela mediania, nunca tendo conseguido afirmar-se como um dos titulares. Finda a dita época, o centrocampista regressou novamente aos flavienses e jogou mais 3 temporadas ao serviço da colectividade transmontana.
O último passo da sua carreira, depois da curta passagem pela 2ª Divisão B ao serviço da AD Fafe, fez-se no regresso ao seu país natal. Ao manter-se perto da zona fronteiriça, no Pontevedra acabou por ter um papel decisivo na história recente da agremiação galega, ao ajudá-los numa memorável promoção ao escalão secundário de Espanha. O carinho por ele cresceu de tal maneira que, depois de "penduradas as botas" em 2004, continuou ligado ao clube, mas nas funções de dirigente.

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