385 - EARL

Com as portas de Portugal a serem abertas pelo convite da Oliveirense, Earl Jude Jean, seu nome completo, haveria de, primeiramente, vogar pelas divisões secundárias do nosso futebol. Só depois do emblema de Oliveira de Azeméis, de mais um ano ao serviço da União de Coimbra e de mais duas temporadas a envergar o verde e branco da camisola do Leça, é que o avançado nascido nas Caraíbas, teria a oportunidade de se mostrar nos grandes palcos nacionais. Essa sua primeira, e exclusiva, experiência na Primeira Divisão, coincidiria também com o único ano em que Felgueiras viria uma das suas colectividades desportivas chegar ao mais alto nível do futebol português.
Apesar das expectativas que o atingir desse patamar deverá ter criado, principalmente no que diz respeito ao querer dos jogadores em catapultar as suas carreiras, o conjunto do Tâmega, com Jorge Jesus ao leme, acabaria por não ir além da ante-penúltima posição na tabela classificativa. Contudo, essa temporada de 1995/96, mesmo não tendo o atleta sido uma das escolhas principais dentro do plantel, iria servir para Earl conseguir projectar as suas qualidades noutras Ligas profissionais dentro do "Velho Continente".
Apesar de ter uma estatura bem pequena, mas dono de uma velocidade bem acima da média, as suas correrias pelas alas do relvado, maioritariamente pela extrema direita do mesmo, levaria o internacional e capitão por St. Lucia, a prosseguir a sua profissão por terras de sua majestade. O contrato assinado com o Ipswich, clube habituado à Premier League, no entanto, à altura, a militar no segundo escalão britânico, levou Earl, a almejar outros horizontes. Mais uma vez o sonho não haveria, pelo menos para si, ganhar corpo, e após ter apenas participado numa partida, Earl seria cedido ao Rotherham.
Já depois de, ao lado de algumas das estrelas maiores a actuar em Inglaterra, por exemplo Dwight Yorke, ter, num particular, representado uma selecção caribenha, o atacante, ao transformar-se numa das estrelas do Plymouth, conseguiria dar um novo impulso à sua vida.
É verdade que os bons desempenhos pela equipa do Sul de Inglaterra levá-lo-iam ao Hibernian, mas na "Premier" da Escócia, com pouco mais de uma mão cheia de jogos, mais um vez, numa carreira em constantes altos e baixos, Earl voltaria a quedar-se pelas sombras.
Daí em diante regressaria às Caraíbas, mas desta feita a Trinidade e Tobago, onde acabaria por "pendurar as botas" e daria também os primeiros passos como treinador de futebol.

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