Ainda em tenra idade decidiu deixar para trás a terra natal para, no Rio de Janeiro, tentar a sorte no futebol. Abriram-lhe as portas do Fluminense. Como ainda hoje é reconhecido, Edevaldo soube honrar as cores do clube a acolhê-lo. Fê-lo da melhor forma. Da maneira a caracterizá-lo tanto na vida, como no desporto – “Treinava até a exaustão. Nos testes físicos era sempre o primeiro. Corria muito, chutava forte, soltava só petardo”*. Foi assim que ganhou a alcunha de "Cavalo". Foi igualmente pela força física e pela vontade em superar-se que, em 1977, no mesmo ano em que participou no Mundial sub-20, chegou à primeira categoria do referido emblema “carioca”. No entanto, apesar de apreciado pela capacidade de trabalho, pelo sacrifício, o defesa, a ocupar a lateral direita, nunca conseguiu impor-se como titular indiscutível. Transferiu-se para o Sul e foi no Internacional de Porto Alegre que começou a destacar-se como um dos melhores no "Brasileirão". Como prémio, Telê Santana veio a juntar o seu nome ao rol de convocados para o Mundial de 1982. Em Espanha, no escalonamento inicial do “Escrete”, ficou atrás de Leandro, mas, apesar de suplente, entrou em campo na 2ª Fase de Grupos e marcou presença na partida frente à Argentina.
Mesmo tendo em conta o sucesso até então alcançado, foi com a transferência para o plantel de 1983 do Vasco da Gama que Edevaldo atingiu, provavelmente, o pico da carreira. É certo que faltaram os troféus. Contudo, foram as prestações no emblema fundado por portugueses que valeram ao defesa o bilhete para jogar na Europa… precisamente em Portugal. Do outro lado do Oceano Atlântico, num FC Porto comandado por Artur Jorge, o lateral-direito não conseguiu atingir o sucesso esperado. Por outro lado, as poucas presenças em campo deram-lhe a conquista de um título e nessa temporada de 1985/86, ao serviço dos "Dragões", venceu o Campeonato Nacional da 1ª divisão.
Acabou por regressar ao Brasil, onde deu seguimento à carreira. Tal como revelada nos primeiros anos como atleta, a frescura física manteve-se como a principal imagem. Foi assim durante tantos anos que, quando decidiu pôr um fim à caminhada competitiva, Edevaldo já passava dos 40 anos de idade. Contudo, o termo do trajecto enquanto jogador, não determinou o seu afastamento da modalidade. Fundou uma “escola” de futebol em Jacarepaguá, bairro do Rio de Janeiro, e tem sido um dos esteios da formação do Fluminense, onde ajuda na formação de homens e de novos futebolistas.
*retirado do artigo de Pedro Logato, publicado a 28/09/2013, em https://odia.ig.com.br
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