493 - NIKO KOVAC

Nascido na Alemanha, mas de ascendência croata, seria na sua cidade natal que Niko Kovac conheceria o seu primeiro emblema. E se foi no Hertha Zehlendorf que começou, seria no Hertha Berlin que o antigo médio se consolidaria como jogador profissional.
Ora, em 1991, quando esta mudança de clube ocorreu, ainda o seu nome não passava de uma promessa e, ainda assim, algo remota. Já cinco temporadas depois, o cenário era completamente diferente. Por esta altura, Niko Kovac já tinha optado por representar o país das suas origens. O "trinco", internacional pela Croácia, era agora um elemento importante no meio-campo da sua equipa. Batalhador, nunca virava a cara a uma qualquer disputa. E se esta, pode dizer-se, era a sua principal característica, também a sua capacidade de passe ou, até, a sua visão de jogo, eram de igual saludar.
O pior para o atleta é que o Herta Berlin, apesar de ser um nome histórico por terras germânicas, teimava em não largar o segundo escalão dos campeonatos por aí realizados. Incompatível esta relação, a de um jogador de "primeira" com uma equipa de "segunda", é então que na equação surge a transferência para o Bayer Leverkusen. Resolvido o problema, a carreira de Niko Kovac prosseguiu conforme fazia sentido, ou seja, no patamar mais elevado da "Bundesliga". O engraçado é que, para além da estreia entre os "grandes", também esta época de 1996/97 marcaria algo de novo na sua vida desportiva: Niko, pela primeira vez, havia de partilhar o balneário com alguém com o mesmo apelido... o seu irmão Robert Kovac.
Com o passar dos anos, e já como um dos habituais no primeiro escalão alemão, ao médio continuava a faltar algo para embelezar o seu currículo, os títulos. Esse objectivo consegui-lo-ia, já depois de uma passagem de duas épocas pelo Hamburger, com a chegada a Munique. Na Baviera, apesar de conquistar os primeiros grandes troféus da sua carreira - 1 Campeonato (2002/03); 1 Taça da Alemanha (2002/03); 1 Taça Intercontinental (2001/02) – o atleta haveria de perder o estatuto que granjeara até então. Sem ser titular indiscutível e já a entrar na veterania, Niko Kovac volta a mudar de rumo. Se num primeiro momento abandona o Bayern para regressar ao Herta Berlin, já para a recta final da sua carreira a escolha acabaria por incidir sobre o Red Bull Salzburg.
É já na Áustria que as suas funções no futebol mudam. Larga os relvados e lança-se como treinador. Começa nas camadas jovens do Red Bull, passa a adjunto da equipa principal e, em 2013, é convidado pela Federação Croata a assumir o comando dos s-21 daquele país.
O que ele não sabia, é que este seu novo papel pouco duraria. Com a incapacidade da Croácia se qualificar directamente para o Mundial do Brasil, Igor Stimac, o seleccionador, acabaria por ser demitido. Na sequência deste despedimento, e, talvez na pressa de arranjar alguém que o substituísse a tempo de disputar o "play-off" de acesso ao torneio, Niko Kovac seria, interinamente, nomeado.
Foi passada essa eliminatória que o antigo “capitão” da selecção conseguiu chegar ao seu 3º Mundial (também esteve no Mundial de 2002 e no de 2006). Com os seus pupilos a quedarem-se pela Fase de Grupos, não podemos dizer que tenha feito um brilharete. No entanto, é de acreditar que, para além da "Cara de Mau" que apresentou em todas as conferências, Niko Kovac tenha muito mais a oferecer como técnico... a ver vamos!!!

Sem comentários: