534 - VÍTOR OLIVEIRA


Nascido em Matosinhos, seria no clube da terra que, depois de terminada a sua formação, Vítor Oliveira fez a estreia nos seniores. A presença do Leixões pela Primeira Divisão, fez com os três primeiros anos da carreira do médio fossem passados entre os grandes palcos do futebol nacional. Durante esse tempo, apesar de contar com um número satisfatório de presenças, o seu lugar no "onze" dos do Estádio do Mar não era algo garantido. Talvez à procura de outra sorte, para a temporada de 1974/75 decide arriscar numa mudança de emblema. A dita transferência acaba por o levar ao segundo escalão do nosso futebol, e a envergar a camisola do Paredes. "Sol de pouca dura", visto que, passado um ano, já Vítor Oliveira defendia as cores do Famalicão.
No novo clube, este com objectivos desportivos ligeiramente diferentes, Vítor Oliveira acabaria por assumir um papel preponderante. A sua importância no seio do plantel seria tal que, nessa mesma temporada de regresso (1978/79), tanto para o atleta como para o clube, àquele que é o patamar máximo do nosso futebol, o centrocampista seria escolhido para, dentro das quatro linhas, capitanear os seus colegas.
Aliás, essa sua veia de líder foi algo que sempre o caracterizou. Ser uma voz de comando durante um jogo, muito mais do que uma necessidade inerente à posição que ocupava, era, acima de tudo, algo de visceral em si. Foi assim na sua passagem pelo Sp.Espinho, foi assim aquando da sua presença em Braga (clube pelo qual disputaria a final da Taça de Portugal de 1981/82) e acabaria por assim ser já no Portimonense.
Seria também no Algarve que Vítor Oliveira viveria, a par da já referida contenta no Estádio do Jamor, um dos momentos mais importantes da sua carreira. Ora, a temporada de 1984/85, acabaria por marcar a primeira qualificação do Portimonense para as competições europeias. Curioso é que, tendo sido Vítor Oliveira um dos atletas utilizados por Manuel José durante essa campanha, é ele próprio que, na época seguinte, toma as rédeas da equipa do Barlavento algarvio e a leva a disputar os jogos da Taça UEFA, frente ao Partizan de Belgrado.
Como já entenderam, é por esta altura que Vítor Oliveira faz a transição entre os relvados e o banco de suplentes. A carreira que aí encetou, levá-lo-ia aos mais diversos clubes nacionais. E se isto nem é para grande destaque, já outro facto acabaria por o caracterizar nestas suas andanças! Ainda não adivinharam? Pois bem!!! Então, e se vos disser que Vítor Oliveira já subiu seis equipas à Primeira Divisão!!! Pois é, durante estes longos anos que já leva como técnico, o antigo jogador parece ter-se especializado na promoção de clubes. A última na lista, que inclui nomes como os do Paços de Ferreira, Académica, Leixões, União de Leiria e Belenenses, foi, na época de 2012/13, com a equipa do Arouca.
Independentemente deste episódios, a verdade é que o trabalho de Vítor Oliveira é caracterizado, pela maioria dos que com ele privaram, como sendo de um profissionalismo inexcedível e, em todos os aspectos, procurando sempre respeitar todos os que o rodeiam. Assim sendo, apraz-me levantar nova questão! Então, porque nunca se terá conseguido afirmar como um treinador de Primeira Divisão???!!!
Dúvidas à parte, Vítor Oliveira assumiu este ano (2014/15) o comando do União da Madeira. Mais uma vez, decorridas que estão 15 rondas do Campeonato da 2ª Liga, a sua equipa posiciona-se nos lugares cimeiros da tabela. A classificação, um 5º posto, e tendo em conta que estão duas equipas "bb" à sua frente, seria mais do que suficiente para promover os madeirenses. Será que se mantêm assim até ao fim??? Será que esta será a sétima para Vítor Oliveira???

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