
Avançado, que havia começado a trilhar caminho como extremo esquerdo, é no centro do ataque que começa a ganhar algum destaque. Contudo, a temporada em que sobe aos seniores “Encarnados” (1949/50) é, também, aquela em que o Benfica vence a Taça Latina. Ora, este contexto, o de uma equipa recheada de craques, acaba por não ser muito favorável à conquista de um lugar no seio do plantel. Nomes como os de Rogério de Carvalho, Arsénio, Julinho ou Espírito Santo, acabariam por não dar a António Teixeira muito espaço para progredir.
A falta de oportunidades, faz com que o atacante deixe o clube. Já com um Campeonato Nacional (1949/50) na bagagem, segue, então, para o Norte de Portugal. No Minho, acaba por vestir as cores do Vitória de Guimarães. A mudança, devolve ao atacante uma presença regular dentro de campo. Teixeira regressa aos golos e, no espaço de um ano, volta a ser cobiçado por outros “grandes” do futebol nacional.
É para a época de 1952/53 que António Teixeira ingressa no FC Porto. Afastado dos títulos há mais de uma década, os “Dragões” passariam a contar no sector ofensivo, com um atleta que, muito mais do que ser combativo e de possuir um belo remate, era um ás na finalização. O evoluir desta união acabaria por trazer os seus frutos. Em 1955/56, o FC Porto volta aos troféus, e logo com uma “dobradinha”. Os golos de Teixeira, somando-os aos do brasileiro Jaburú, haveriam de ser os principais impulsionadores deste sucesso.
Daí em diante, tudo mudaria para o avançado. A consolidação das suas exibições, que ajudariam à conquista da Taça de Portugal de 1957/58 e do Campeonato do ano seguinte, levá-lo-iam à elite do futebol nacional. Reflexo disso mesmo, seria a sua chamada à selecção portuguesa. Um golo frente à Itália, numa partida de qualificação para o Mundial de 1958, marca a sua estreia. Com a “camisola das quinas” jogaria mais 6 vezes. Talvez, não com a regularidade que merecia. Ainda assim, Teixeira será recordado como um dos melhores pontas-de-lança do futebol nacional, nos anos 50.
Depois de uma década com as cores do FC Porto, António Teixeira decide afastar-se dos rectângulos de jogo. Após um pequeno interregno, o antigo internacional decide-se pela vida de treinador. Passa pelo Sp. Braga. Orienta Leixões, FC Porto e Boavista, até que chega ao Varzim. Na Póvoa, os resultados do seu trabalho haveriam de o pôr na história do clube. Vence, na época de 1975/76, o Campeonato da 2ª divisão; devolve o clube, na temporada seguinte, aos grandes palcos nacionais; e, em 1978/79, com um 5º lugar na tabela classificativa, consegue levar os “Lobos do Mar” à melhor classificação de sempre na sua história.
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