680 - MARCOS PAULO

Tendo terminado a sua formação com as cores do Cruzeiro, seria também no emblema de Belo Horizonte que o médio daria os primeiros passos nas categorias seniores. A sua integração, pelas qualidades que, desde muito cedo, havia mostrado, acabaria por ser feita com relativa facilidade. É certo que progressivamente, mas Marcos Paulo lá foi conseguindo trilhar o seu caminho até ao “onze” inicial. Em 1998, sendo já um dos nomes mais sonantes dentro do balneário, os títulos começam a chegar. O Campeonato Mineiro e a Recopa Sul-Americana de 1998, abririam caminho para que, nos anos vindouros, o Cruzeiro conseguisse mais troféus. Nesta senda, seguir-se-iam a Copa dos Campeões Mineiros de 1999 e o reconhecimento nacional, com a vitória na Copa do Brasil de 2000.
É fácil de reconhecer, até pelas conquistas conseguidas nesses 3 anos, que o médio viveria bons – e porque não dizê-lo? – os melhores momentos da sua carreira. Se mais justificações fossem necessárias para, durante o referido período, aferir da qualidade do seu jogo, então as chamadas à “Canarinha” seriam prova suficiente para dissipar qualquer dúvida. Nesse sentido, é em 1999, sob a orientação de Vanderlei Luxemburgo, que o médio faz a sua estreia com a principal camisola do Brasil. Nesse mesmo ano participa nos primeiros torneios com as cores do seu país. Primeiro, é convocado para disputar a Copa América e, mesmo sem ter sido chamado a participar em qualquer partida, acaba por fazer parte do lote de atletas campeões. Depois, chega a vez de jogar a Taça das Confederações mas, desta feita, o Brasil não vai além do 2º lugar.
Seria já depois de disputar os Jogos Olímpicos de Sydney (2000), que, como tantos outros atletas, Marcos Paulo tenta a sua sorte na Europa. O destino levá-lo-ia a Itália e à Udinese. Contudo, aquilo que já havia demonstrado no Brasil, parecia ter sido deixado para trás. Tanto no “Calcio”, como, logo de seguida, no Sporting, o centrocampista andaria bem longe daquilo que o tinha consagrado como um futebolista acima da média. À sua chegada a Portugal, o jogador mostraria toda a sua ambição. No entanto, a sua passagem pelos “Verde e Branco” traduzir-se-ia em pouco mais de uma dúzia de partidas, divididas entre a equipa principal e os “BB” leoninos – “Fico contente por poder estar a contribuir para o Sporting. É uma grande equipa (…).Espero que dê tudo certo. Vou fazer os exames, espero poder assinar contrato e poder trabalhar com o Sporting. Fico feliz por trabalhar num novo clube”*.
Talvez pela forte concorrência existente num plantel que, no ano anterior, tinha conseguido sagrar-se campeão, Marcos Paulo jamais conseguiria impor o seu futebol em Alvalade. Consequência disso mesmo, seria o seu regresso ao Brasil e, desta feita, ao Grêmio de Porto Alegre. Ora, é por esta altura que a sua carreira entra numa fase em que as constantes mudanças de emblema começam a ser habituais. Novas passagens pela Europa, onde, pelo Maccabi Haifa, conseguiria sagrar-se campeão israelita (2003/04), seriam intercaladas com presenças nos Campeonatos brasileiros e Liga Japonesa. Depois de ter ainda representado o Metalist Kharkiv (Ucrânia), Portuguesa, Yokohama FC e Shimizu S-Pulse (ambos no Japão), o antigo internacional brasileiro, já ao serviço do Fortaleza (2011), decide pôr um ponto final no seu percurso profissional.

 
*retirado da reportagem de Magda Magalhães, em TVI 24, a 06/08/2002

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