724 - PILOTO


Meia dúzia de anos a jogar na principal equipa do Lusitano, davam a entender que poucos tinham reparado na qualidade deste extremo-esquerdo. No entanto, ele que também aí tinha terminado a sua formação, vê chegar o dia em que, dos escalões acima, começam a interessar-se pelas suas habilidades.
É para a temporada de 1972/73 que o Barreirense, então comandado pelo técnico Carlos Silva, apresenta Piloto como reforço. O salto, que o levaria a abandonar a 3ª divisão para o pôr a disputar o nosso escalão máximo, faz com o jogador se despeça de Vila Real de Santo António. Mesmo tendo deixado a sua terra natal, e um contexto competitivo deveras diferente, a adaptação à nova equipa, e à nova cidade, seria surpreendente. Como estreante, e apesar dos 24 anos já darem a Piloto alguma experiência, poucos foram aqueles que, à sua chegada, vaticinaram o seu sucesso. Todavia, seria quase de imediato que o atacante conseguiria conquistar o seu lugar no “onze” inicial. Depois de uma época, a sua primeira, em que seria um dos mais utilizados, o segundo ano ao serviço do emblema do Barreiro, traria a Piloto um pouco mais de competição. Mesmo vendo abalado o seu estatuto de “inquestionável”, o jogador daria uma boa contribuição ao conjunto.
Tendo, no plano pessoal, conseguido bons resultados, a verdade é que as prestações colectivas seriam insuficientes para evitar a despromoção da equipa. Após a temporada de 1973/74, Piloto nunca mais voltaria aos palcos maiores do nosso futebol. Continuaria, isso sim, ligado ao Barreirense. 7 anos a representar os da margem Sul do Tejo, divididos entre duas passagens, fariam de José Piloto um dos históricos do clube. Também no Algarve, as recordações deste ala-esquerdo são as melhores. Já o resto da sua carreira far-se-ia entre a 2ª e a 3ª divisão, onde envergaria as cores de Amora, Cova da Piedade e Montijo.

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