765 - JOSÉ NUNO AZEVEDO

Apesar da passagem pelas escolas do FC Porto, a oportunidade para jogar na equipa principal “Azul e Branca” nunca surgiria. Ainda assim, o sonho de dar continuidade à sua carreira de futebolista era grande e, nesse sentido, União de Lamas, Famalicão e Gil Vicente seriam os emblemas que dariam sustento a essa vontade.
Já depois de ter acompanhado o técnico Rodolfo Reis na viagem de Vila Nova de Famalicão até Barcelos, José Nuno Azevedo finalmente chega à 1ª divisão (1990/91). Aliás, a estreia no nosso maior escalão não seria apenas para o atleta. Também a equipa, comandada pelo já referido treinador, conseguiria nessa temporada de 1990/91 sua primeira participação no patamar máximo do futebol português.
Nesta senda de sucessos, e ao afirmar-se como uma das maiores promessas a jogar na sua posição, o lateral-direito é convocado à Selecção Nacional s-21. Contudo, não só na Federação Portuguesa de Futebol começariam a reparar no seu potencial. Também de outros clubes chegam sinais de interesse. Nisto, o Sporting de Braga adianta-se na disputa e vence o concurso pelo defesa.
José Nuno Azevedo chegaria ao Estádio 1º de Maio no Verão de 1992. Todavia, e numa altura em que os bracarenses teimavam em manter-se pelos lugares do meio da tabela, os sucessos ainda escasseavam. Ainda assim, e ao lado de atletas como Artur Jorge, Barroso, Quim, Toni, Karoglan, Sérgio e tantos outros, o defesa oferece o seu contributo para que o clube comece a mudar de paradigma. Mostrando sempre uma regularidade exibicional de excepção, a força que o atleta dava ao conjunto era a imagem daquilo que os minhotos perseguiam. Ora, a prova que o Sporting de Braga almejava muito mais, apareceria já em meados de 90. Na segunda metade dessa década, “Os Guerreiros” voltam às posições cimeiras do Campeonato Nacional e às competições europeias. Nessa caminhada, a temporada de 1997/98 acabaria por transformar-se numa roda-viva. O clube conseguiria alcançar a 3ª ronda da Taça UEFA e, num encontro perdido frente ao FC Porto, disputaria a final da Taça de Portugal.
Os 11 anos a envergar as cores do Sporting de Braga, e a braçadeira de capitão, fariam dele um dos atletas mais estimados pelos adeptos do emblema da “Cidade dos Arcebispos”. Claro que, muito mais do que este número, foram as 13 temporadas consecutivas e as quase 350 partidas disputadas na 1ª divisão, que fizeram dele um dos históricos do futebol português.
Nas tarefas de técnico, provavelmente com menos destaque do que nos tempos de futebolista, o antigo defesa tem também conquistado o seu espaço. Tendo passagens pelos juniores e, como adjunto, pela equipa principal do Sporting de Braga, o seu currículo tem sido feito, maioritariamente, nos escalões secundários. GD Prado, Leixões (também como adjunto), Vilaverdense e Oriental, foram as equipas orientadas pelo ex-jogador. Hoje em dia (2016/17), conciliando a função de comentador na Rádio Renascença, José Nuno Azevedo é o treinador da equipa “b” do Gondomar.

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