801 - CARRAÇA

Após a sua experiência no Vilafranquense, onde terminaria a sua formação e faria também a transição para o patamar sénior, António Carraça prosseguiria a sua carreira no Sacavenense. No emblema do subúrbio lisboeta, o médio conseguiria despertar a atenção de um dos emblemas que, nessa temporada de 1977/78, conseguiria a promoção ao patamar máximo português. Essa mudança para o Famalicão, iria permitir ao jovem atleta zarpar da 3ª divisão e estrear-se entre os “grandes” do nosso futebol.
No Minho, aquilo que poderia ter sido um passo importante na sua progressão, acabaria por ser pouco mais do que uma desilusão. Raramente utilizado, Carraça, no final desse ano, ainda teria que conviver com a despromoção da sua equipa. Continuaria ligado ao emblema famalicense mas, mesmo a disputar a 2ª divisão, a sua condição de 2ª escolha manter-se-ia inalterada. Curiosamente, seria o regresso ao Sacavenense que, na época de 1980/81, permitir-lhe-ia conseguir uma nova oportunidade. Sendo um médio que preferencialmente jogava pelo lado esquerdo, o Vitória de Guimarães, orientado por José Maria Pedroto, veria nele um bom elemento para reforçar o seu plantel. Todavia, e como já tinha acontecido na anterior aventura, as contas dessa nova passagem pela região, mostrariam números bem modestos.
Em 1984, depois de ter representado o Belenenses, a sua afirmação como um jogador primodivisionário parecia estar prestes a acontecer. Contratado pelo Farense, Carraça, finalmente consegue cimentar-se como um jogador titular. Na temporada seguinte, já com as cores do Vitória de Setúbal, o mesmo. O antigo internacional s-18 português mostrava estar preparado para enfrentar esses desafios da alta competição, quando, surpreendentemente, a sua carreira sofre um novo volte-face.
Com a sua ida para o Fafe em 1986, o seu percurso volta a entrar nos trilhos dos escalões secundários. Só que ao contrário de outras ocasiões, o regresso à divisão maior não mais aconteceria. Ora, tendo esta última parte da sua carreira sido preenchida por emblemas modestos, seria já no União de Montemor que outra mudança aconteceria. Tendo chegado ao clube alentejano em 1991, seria aí que, na condição de treinador-jogador, teria a sua primeira experiência como técnico.
Nessas novas funções, tendo também orientado “O Elvas” e Atlético, o seu percurso não seria muito longo. Mantendo-se sempre ligado à modalidade, Carraça acabaria por ter maior destaque como dirigente. Tendo entrado para o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol em 1997, e tendo sido eleito para Presidente em 2000, 7 seriam os anos em que manteria um vínculo com a instituição. No que a clubes diz respeito, o seu trabalho no Benfica e no grupo WS Sports (grupo ligado ao Pinhalnovense e Torreense), dar-lhe-ia grande credibilidade como Director Desportivo. Ainda nessas funções, e no âmbito do acordo de cooperação entre as “Águias” e Millonarios, António Carraça, já no decorrer deste ano (2017), mudar-se-ia para a Colômbia.

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