1451 - FEIJÃO

Com algumas fontes a posicioná-lo como defesa-esquerdo, enquanto outras a asseverar o atleta como atacante, nomeadamente como extremo, a primeira ambiguidade que descobri sobre a carreira de Henrique Gomes Feijão prende-se com o lugar, por si ocupado, dentro do campo de jogos. Em abono da verdade essa foi apenas uma das dúvidas que tive, pois, como irão reparar com o avanço na leitura desta abreviada biografia, incertezas relacionadas com a sua carreira, pelo menos as levantadas durante a minha pequena investigação, não faltaram.
O primeiro registo que encontrei sobre Feijão, a dá-lo como extremo-direito, está ligado ao plantel principal do Belenenses. Nessa época de alguma conturbação para os “Azuis”, seria já sob a alçada do terceiro treinador a trabalhar no Restelo, o argentino Enrique Vega, que o jogador teria a oportunidade de entrar em campo no Campeonato Nacional da 1ª divisão. No entanto, essa 24ª jornada da temporada de 1960/61, ronda disputada pelos da “Cruz de Cristo” frente à Académica de Coimbra, não teria continuidade, com o jogador, na campanha seguinte, a aparecer somente em pelejas agendadas para o conjunto de “reservas”.
Com a subida e estreia do Seixal no principal patamar do futebol luso, voltei a conseguir encontrar Feijão numa ficha de jogo. Aliás, foi fácil aferir o tempo do atleta passado no Campo do Bravo averbado como o melhor período da sua caminhada competitiva. Nesse par de anos, o jogador tornar-se-ia num dos pilares das orientações tácticas dos diferentes treinadores contratados pelo emblema sediado na Margem Sul do Rio Tejo. Orientado por Angel Oñoro no desenrolar das provas calendarizadas para 1963/64 e, na segunda época, sob a intendência de Ruperto Garcia e posteriormente a trabalhar com João Mário, o futebolista assumir-se-ia como um dos elementos normalmente inscritos no “onze”. A titularidade levá-lo-ia, no cômputo das duas campanhas referidas, a aparecer em 31 rondas da prova de maior monta no contexto português e, nesse sentido, o jogador transformar-se-ia numa das principais figuras do clube na sua experiência ocorrida na 1ª divisão.
Com a sua separação do emblema a jogar em casa no Campo do Bravo, Feijão também abandonaria de vez as contendas primodivisionárias. Nos três anos a seguir a deixar o Seixal, o atleta, respectivamente a cumprir uma temporada e, de seguida, duas campanhas, passaria a envergar as cores do Cova da Piedade e do Olhanense. Daí em diante, os assentamentos sobre o resto da sua caminhada desportiva começam a apresentar várias omissões. Uma das poucas anotações que consegui encontrar dá o futebolista a fazer parte do plantel de 1969/70 d’ “Os Nazarenos”. Por fim, há registos seus como elemento do grupo de trabalho do Gil Vicente na temporada de 1972/73 e, com um hiato informativo, de novo ao serviço dos “Galos” em 1974/75.

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