1455 - ARMANDO

Com a ligação ao Sporting de Braga a iniciar-se na temporada de 1948/49, Armando Fernandes Costa entraria para a equipa principal numa altura da história em que o emblema minhoto já tinha feito a sua estreia no patamar máximo do futebol luso. Com a equipa a consolidar-se como um emblema habitual nas contendas primodivisionárias, o jogador, não tão traquejado quanto os seus colegas de balneário, ainda demoraria algum tempo até conseguir, de forma indiscutível, fixar-se no “onze” da colectividade sediada na “Cidade dos Arcebispos”. Esse facto levaria a que os responsáveis pelo grupo de trabalho começassem a equacionar o seu empréstimo e a campanha de 1953/54 passá-la-ia com as cores do FC Braga.
Com o regresso ao Sporting de Braga a acontecer na época de 1954/55, Armando passaria a trabalhar sob o comando do treinador-jogador Mário Imbelloni. Como um elemento cujas habilidades conferiam ao seu jogo uma enorme polivalência, a partir dessa temporada, com algumas excepções pelo meio, o atleta passaria a figurar como um dos nomes com presença habitual nas fichas de jogo. Nesse sentido, ao puder colocar-se em praticamente todas as posições do terreno de jogo, excluindo talvez o lugar de guarda-redes, o futebolista, ainda assim, começaria por merecer maior destaque no sector intermediário. No meio-campo, ao acumular sucessivas jornadas ao currículo pessoal, passaria a auferir do estatuto de titular e meritoriamente começaria a cimentar-se como uma das principais figuras dos “Arsenalistas”.
Os anos seguintes, entre algumas épocas feitas no escalão secundário, serviriam para exaltar a sua atitude responsável, abnegada e a inquestionável paixão pelo Sporting de Braga. A sua postura dentro de campo passaria a ser aferida como de enorme exemplo e, como tal, merecedora de outro status. Já promovido a capitão de equipa, honra que saberia manter durante 7 anos, Armando ajudaria o emblema minhoto a encaminhar-se para aquele que viria a tornar-se no primeiro grande êxito de índole nacional, na história dos “Guerreiros”. Já na recta final da sua carreira como futebolista, e numa altura em que era mais habitual vê-lo a dar o seu contributo como defesa, a campanha de 1965/66, ainda na parte da temporada sob a alçada do argentino José Valle, continuaria a mostrá-lo como um dos mais utilizados. Também na Taça de Portugal, o jogador contribuiria para o fabuloso galgar de eliminatórias e que encaminharia o emblema nortenho até à derradeira peleja da prova. Nessa corrida, apesar de não ter sido chamado por Rui Sim-Sim para a partida agendada no Estádio Nacional do Jamor, o atleta, a exemplo, seria essencial para o afastamento do Benfica nos quartos-de-final e, com merecido valor, veria o seu nome gravado como um dos vencedores da apelidada “Prova Rainha”.

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