60 - SOUSA

Os quase 500 jogos realizados na 1ª divisão servem perfeitamente para aferir a qualidade do seu desempenho enquanto jogador. Porém, este antigo internacional português, que aos 16 anos já jogava na equipa principal da Sanjoanense, não foi apenas esse número de partidas. António Sousa era visão de jogo, era qualidade de passe, era concepção táctica e, para melhor compor o ramalhete, era a espontaneidade e a força de um remate que fez vibrar muitas plateias.
As qualidades que, desde cedo mostrou ter, foram responsáveis pela cobiça de clubes de maior monta. Aos 18 anos, Fernando Cabrita, a treinar o Beira-Mar, levou-o para junto de si. No Estádio Mário Duarte cresceu, teve o privilégio de jogar ao lado de Eusébio e mostrou a todos que a sua excelência não ficaria por ali ancorada. Do interesse de vários emblemas de topo, preferiu o apelo de José Maria Pedroto, a outros como o do Benfica, Belenenses ou Sporting. No FC Porto esteve 8 anos, que teriam sido consecutivos não fosse a passagem por Alvalade, entre 1984 e 1986. Ainda assim, foi de "Dragão" ao peito que o médio conquistou os mais almejados troféus. Campeonato Nacional, Taça de Portugal, Taça dos Clubes Campeões Europeus, Supertaça Europeia, Taça Intercontinental passaram a fazer parte do seu palmarés.
No ocaso da sua carreira, o regresso ao Beira-Mar deu-lhe, em 1990/91, mais uma presença no Jamor. Depois seguiram-se o Gil Vicente e a Ovarense. Finalmente, e de volta a São João da Madeira, decidiu-se, aos 39 anos, pelo fim da uma caminhada cheia de glórias desportivas.

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