56 - BRUNO ALVES

Se sobre este jogador começasse por dizer "fair-play", dir-me-iam estar enganado. E em equívoco também falariam todos aqueles seus colegas que nas canelas, nas costas, no peito, e na nuca já sentiram os seus carinhos! Claro que será sempre fácil falar de Bruno Alves como se fosse um gladiador! No entanto, o defesa central, e isso é reconhecido por todos, nunca poderá ser resumido a um jogador agressivo.
Bruno Alves, depois de ter começado pelas escolas do Varzim, foi, como júnior, acabar a sua formação no FC Porto. Daí, até conseguir afirmar-se como um dos melhores centrais a nível mundial, teve ainda que percorrer um longo caminho. Sem grandes oportunidades no centro da defesa dos "Dragões", tapado por Jorge Costa, Pedro Emanuel e até por Pepe, os empréstimos ao Farense, Vitória de Guimarães e AEK de Atenas podem hoje ser vistos como uma análise incorrecta do seu potencial.
Apostado em contrariar as referidas aferições, o treinador Co Adriaanse decidiu dar-lhe uma oportunidade no plantel de 2005/06. Não se arrependeu. Desde então, e até ao final da época passada, Bruno Alves tem sido um dos indiscutíveis na equipa "azul e branca". Inclusive, conquistou o direito de orgulhosamente herdar a braçadeira e de envergar na sua camisola o “2”, número tradicionalmente usado pelos “capitães” portistas.
Transferiu-se neste defeso, por €22 milhões, para o FC Zenit. Agora é vê-lo a distribuir mimos pela Rússia. Mas como diria Washington, o seu pai, "Quer um jogador de saia justa lá dentro?"*.

*retirado do artigo publicado a 22/03/2010, em www.cmjornal.pt

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