121 - ROGÉRIO CENI

Não há outra maneira possível para acabar este mês, senão com aquele que é, por esta altura, o guardião com mais golos na história do futebol. O posto, conquistado em Agosto de 2006, foi num jogo contra o Cruzeiro. A cobrança de uma falta à entrada da área, deu ao brasileiro o seu 63º golo e, ao ultrapassar Chilavert, empurrou-o para o lugar cimeiro na lista dos guarda-redes goleadores.
Claro está, esta sua faceta seria bem mais do que suficiente para o pôr nas "bocas do Mundo". Porém, falar apenas dos golos de Ceni é, para além de muito redutor, uma verdadeira injustiça para o jogador! A prova disso são as inúmeras metas que alcançou durante a sua carreira e que transformaram o guardião num ícone do futebol. Falo da nomeação, única num jogador a actuar na América do Sul, para o “Ballon d’Or” da “France Football” de 2007. Refiro-me também ao recorde de partidas feitas no “Brasileirão” e dos troféus ganhos como Melhor Guarda-Redes e Melhor Jogador da referida competição.
Faltam as mais de 700 partidas que fez como “capitão” do clube que representa há mais de 20 anos, o São Paulo. E se tudo o que já referi não for nada de especial, há ainda uma série de troféus para asseverar a sua importância. Nesse sentido temos: o Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, em 2005; a Copa Libertadores da América, em 1993 e 2005; o Tricampeonato Brasileiro de 2006, 2007 e 2008; o Campeonato do Mundo de Selecções de 2002; a Taça Intercontinental de 1993; 3 “Estaduais” de São Paulo; ou a Copa Conmebol de 1994.
E como se isto das suas conquistas fosse uma coisa corriqueira, o que Rogério Ceni disse após o seu 100º golo também suou como algo normal – “Quando você entra em campo, não entra pensando nisso. Mas foi como tinha que ser, de falta, em um jogo importante”*.

*retirado do artigo publicado em https://extra.globo.com, a 27/03/2011

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