131 - LUIS ENRIQUE

A capacidade de construir jogadas para o seus companheiros, o seu empenho em arruinar as avançadas contrárias e até o faro que sempre mostrou para o golo, fizeram dele um dos mais completos jogadores do futebol espanhol dos últimos tempos. O reflexo do que acabei de dizer, acabou por revelar-se no rol de diferentes posições desempenhadas por si. Ora, dentro de campo só não foi defesa-central e guarda-redes!
Possivelmente, terá sido a sua polivalência uma das razões que despertou a atenção do Real Madrid para os seus desempenhos. A época, a 1990/91, era apenas a sua segunda como sénior e a primeira em exclusivo na equipa principal. No entanto, o jovem médio, com 14 golos, acabaria por ter uma boa cota parte de responsabilidade no exemplar percurso do Sporting Gijon, com o emblema asturiano a classificar-se para as provas europeias.
Depois de concluída a sua mudança para os “Merengues” no Verão de 1990, o jogador viveria um começo um tanto inconstante. Chegaria a ser equacionado o seu empréstimo, mas as suas prestações, já com Jorge Valdano no comando técnico da equipa madrilena, começariam a evoluir positivamente e Luis Enrique, conquistada a titularidade, venceria o seu primeiro Campeonato em 1994/95. Porém, o seu crescimento como estagnaria na época seguinte. A desastrosa campanha do Real Madrid, com o 6º lugar na “La Liga”, e o fim do seu contrato levariam o jogador à Catalunha. Na cidade onde em 1992 tinha ganho a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, passaria a representar o FC Barcelona. Nas 8 campanhas passadas com os “Blaugrana”, aliaria aos títulos – 2 Campeonatos; Taça das Taças; Supertaça Europeia; etc. – as suas melhores prestações, conseguindo, à excepção do derradeiro ano, ultrapassar sempre a dezena de golos por temporada.

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