Começou no Oriental, onde fez a formação e onde até chegou a ser acompanhado pelo Benfica. Depois seguiu-se uma passagem de um ano pelo Machico para, em 1996/97, chegar a oportunidade de representar um emblema da principal divisão dos nossos campeonatos. No Leça, apesar de ter sido apresentado como reforço durante o defeso, nunca chegou a jogar! Para ser sincero, não tenho memória da razão desse episódio, mas a verdade é que o médio, a par de Luís Carlos (aquele que viria a jogar no Benfica), acabou por deixar os arredores da cidade do Porto para, ainda durante a pré-época, rumar ao Nacional da Madeira.
O regresso ao arquipélago parecia querer perpetuar o futebol de Costinha pelos escalões secundários. Talvez tivesse acontecido isso mesmo, não fosse o surpreendente "resgate" do AS Monaco! Ironicamente, o desconhecido futebolista português, que ainda um ano antes parecia dar "um passo atrás" na sua carreira, acabava de ser contratado por um dos grandes emblemas da Europa! Já no Principado, apresentado para a campanha de 1997/98, a sua adaptação far-se-ia de forma natural. E se de início não conseguiu logo impor-se, a segunda temporada na Ligue 1 dar-lhe-ia a oportunidade de conquistar um lugar no onze titular dos monegascos.
Finalmente, “Francisco da Costa” estava a despertar a merecida atenção em Portugal. Começou pelas chamadas à Selecção Nacional e com a presença no Europeu de 2000, onde, nos últimos instantes da partida contra a Roménia, marcou o golo da vitória e o seu primeiro com a "camisola das quinas". Em seguida veio o FC Porto, onde viveria os melhores momentos futebolísticos e onde refinaria o seu talento para os golos decisivos, nos derradeiros instantes! A história conta-se assim… O jogo era o dos oitavos-de-final da "Champions" de 2003/04. Na primeira mão, o FC Porto tinha, em casa, infligido uma derrota por 2-1 ao Manchester United. Na volta, em Old Trafford, os "Dragões perdiam por 1-0, resultado que ditava a sua eliminação. Aproximava-se o minuto 90, e o livre-directo junto à área dos ingleses podia ser a derradeira oportunidade para os “Azuis e Brancos”. Tim Howard ainda defende o primeiro assalto, mas seria incapaz de deter a recarga. Costinha, com esse remate certeiro, punha a sua equipa na ronda seguinte e nesse ano, com uma vitória na final frente ao seu antigo emblema, o AS Monaco, acabaria por juntar o triunfo na Liga dos Campeões à Taça UEFA vencida no ano anterior.
Depois da final do Euro 2004, de onde Portugal saiu derrotado pela Grécia, o “trinco” ainda passou mais alguns meses no clube da "Cidade Invicta". Tempo suficiente para conseguir juntar ao seu currículo a Taça Intercontinental de 2005. Já em Janeiro de 2006, veio a transferência para o Dínamo Moscovo. Na Rússia, a carreira de Costinha começou a perder algum brilho. Seguiu-se um bom ano no Atlético Madrid e, finalmente, já no Atalanta acabou por confirmar o seu ocaso.
Penduradas as chuteiras, o seu equipamento passaria a ser o fato e a gravata. Indumentária que tanto gostava de vestir e que, ainda no seu tempo de jogador, tinha valido a Costinha a alcunha "Ministro". Em Fevereiro de 2010 seria apresentado como o novo Director para o futebol “leonino”. As coisas não acabariam por não correr de feição e a promessa de querer "ajudar o Sporting a alcançar vitórias"*, não seria cumprida. O desfecho, precipitado por uma entrevista polémica em que questionava a venda do avançado Liedson, seria o despedimento.
Já neste Verão voltou a aceitar novo desafio no estrangeiro. Juntou-se ao Servette e no clube suíço treinado por João Alves, irá ter uma nova etapa na sua carreira de dirigente desportivo.
*retirado do artigo de Isaura Almeida, publicado em www.dn.pt, a 26/02/2010
O regresso ao arquipélago parecia querer perpetuar o futebol de Costinha pelos escalões secundários. Talvez tivesse acontecido isso mesmo, não fosse o surpreendente "resgate" do AS Monaco! Ironicamente, o desconhecido futebolista português, que ainda um ano antes parecia dar "um passo atrás" na sua carreira, acabava de ser contratado por um dos grandes emblemas da Europa! Já no Principado, apresentado para a campanha de 1997/98, a sua adaptação far-se-ia de forma natural. E se de início não conseguiu logo impor-se, a segunda temporada na Ligue 1 dar-lhe-ia a oportunidade de conquistar um lugar no onze titular dos monegascos.
Finalmente, “Francisco da Costa” estava a despertar a merecida atenção em Portugal. Começou pelas chamadas à Selecção Nacional e com a presença no Europeu de 2000, onde, nos últimos instantes da partida contra a Roménia, marcou o golo da vitória e o seu primeiro com a "camisola das quinas". Em seguida veio o FC Porto, onde viveria os melhores momentos futebolísticos e onde refinaria o seu talento para os golos decisivos, nos derradeiros instantes! A história conta-se assim… O jogo era o dos oitavos-de-final da "Champions" de 2003/04. Na primeira mão, o FC Porto tinha, em casa, infligido uma derrota por 2-1 ao Manchester United. Na volta, em Old Trafford, os "Dragões perdiam por 1-0, resultado que ditava a sua eliminação. Aproximava-se o minuto 90, e o livre-directo junto à área dos ingleses podia ser a derradeira oportunidade para os “Azuis e Brancos”. Tim Howard ainda defende o primeiro assalto, mas seria incapaz de deter a recarga. Costinha, com esse remate certeiro, punha a sua equipa na ronda seguinte e nesse ano, com uma vitória na final frente ao seu antigo emblema, o AS Monaco, acabaria por juntar o triunfo na Liga dos Campeões à Taça UEFA vencida no ano anterior.
Depois da final do Euro 2004, de onde Portugal saiu derrotado pela Grécia, o “trinco” ainda passou mais alguns meses no clube da "Cidade Invicta". Tempo suficiente para conseguir juntar ao seu currículo a Taça Intercontinental de 2005. Já em Janeiro de 2006, veio a transferência para o Dínamo Moscovo. Na Rússia, a carreira de Costinha começou a perder algum brilho. Seguiu-se um bom ano no Atlético Madrid e, finalmente, já no Atalanta acabou por confirmar o seu ocaso.
Penduradas as chuteiras, o seu equipamento passaria a ser o fato e a gravata. Indumentária que tanto gostava de vestir e que, ainda no seu tempo de jogador, tinha valido a Costinha a alcunha "Ministro". Em Fevereiro de 2010 seria apresentado como o novo Director para o futebol “leonino”. As coisas não acabariam por não correr de feição e a promessa de querer "ajudar o Sporting a alcançar vitórias"*, não seria cumprida. O desfecho, precipitado por uma entrevista polémica em que questionava a venda do avançado Liedson, seria o despedimento.
Já neste Verão voltou a aceitar novo desafio no estrangeiro. Juntou-se ao Servette e no clube suíço treinado por João Alves, irá ter uma nova etapa na sua carreira de dirigente desportivo.
*retirado do artigo de Isaura Almeida, publicado em www.dn.pt, a 26/02/2010
Sem comentários:
Enviar um comentário