
Foram essas capacidades que levaram clubes estrangeiros, já que os emblemas nacionais de maior monta teimaram em nunca investir nele, a tentar a sua contratação. Ao fim de 7 anos a jogar nas competições seniores de Portugal e acertada a transferência, Mamede encetou aquilo que pode classificar-se como a segunda parte da sua vida no futebol. A estreia na Serie A do Campeonato italiano deu-se no Reggina e tendo por companheiro de balneário um compatriota, o defesa Marco Caneira. Já época de 2000/01 não correu de feição e a equipa de Reggio Calabria acabou relegada ao segundo escalão do "Calcio".
Apesar do desempenho pessoal, premiado com mais de 20 partidas a titular, ter ficado bem acima da performance colectiva, Mamede não recusou acompanhar os companheiros, aceitando o "castigo" da descida. No entanto, bastou uma temporada para devolver o médio-defensivo, junto com a equipa, ao convívio dos “grandes”. De volta ao lugar merecido, não desapontou. Porém, no final do terceiro ano em Itália, surpreendentemente, decidiu apostar noutro projecto e voltou ao segundo escalão. A viagem não foi muito longa e para o jogador português bastou atravessar o Estreito de Messina, para que, na cidade com a mesma designação e que também dá nome ao clube, encontrasse um novo desafio.
No emblema siciliano o começo ate foi promissor. Conseguiu, em grande parte das jornadas, assegurar um lugar no “onze” inicial, ajudando, com a titularidade, o regresso do grupo à divisão maior. O pior veio de seguida! Apesar do Messina ter conseguido uma boa campanha, atingindo um espantoso 7º lugar na campanha de 2004/05, Mamede deixou de ser utilizado com a regularidade a que estava habituado. A partir daí, não sei se já afectado pela lesão que acabou por apoquentar o fim da sua carreira, o jogo de Mamede começou a entrar em declínio. Sucederam-se várias equipas. Depois de representar Genoa, Perugia e Salernitana, o Potenza, ao acabar a temporada de 2008/09 em último na Serie C1, transformou-se no derradeiro emblema dos seus 9 anos em Itália.
Sem comentários:
Enviar um comentário