418 - RICARDO JORGE

Já depois de ter passado pelos dois principais rivais dentro da ilha da Madeira, o Marítimo e o Nacional, Ricardo Jorge chegaria ao emblema que, verdadeiramente, o lançaria no mundo do futebol profissional. Assim, após ter terminado a formação nos "Maritimistas" e de ter dados os primeiros passos, como sénior, nos "Alvi-negros", o União da Madeira, começava a temporada 1986/87, abriria as portas ao defesa nascido no Funchal. Seriam três temporadas a vogar na Divisão de Honra, até que a época de 1988/89, a derradeira nesse referido triénio, traria um dos momentos mais importantes na história do União. Com Ricardo Jorge a assumir-se como um dos principais pilares, um dos grandes esteios no último reduto, a equipa que, anos antes o tinha recebido, sagra-se campeão nacional no segundo escalão português. Com este título assegura a promoção à Primeira Divisão, e tal como o clube, Ricardo Jorge, na temporada que se seguiria, faz a sua estreia nos maiores palcos futebolísticos nacionais. A exigência da nova competição e, também, o crescer da concorrência dentro do plantel, faz com o atleta perca alguma preponderância nos escalonamentos do "onze". Apesar dessa "perda" não ser assim tão significativa quanto isso, o passo seguinte na sua carreira, leva-o a viajar para o continente. No Gil Vicente, se o propósito desta mudança era o de ganhar alguma experiência, pouco haveria de ser utilizado. Já o regresso à sua terra natal, traria de volta aos relvados o jogador de que todos os adeptos do União se lembravam, nessa memorável campanha da subida. Ricardo Jorge volta a recuperar um lugar no sector mais recuado da equipa, mas apesar da titularidade na maioria das jornadas, essa época de 1991/92, desportivamente, não seria mais do que uma derrota. O último lugar na tabela classificativa iria castigar Ricardo Jorge, e todo o grupo, despromovendo-os para a divisão imediatamente abaixo.
Apesar de ainda ter voltado a jogar entre os "grandes", a carreira do defesa não mais voltaria a ter um tão grande destaque. Depois de nova promoção, os poucos jogos em que vestiria a camisola amarela e azul, fariam com que o seu percurso no União terminasse definitivamente. O resto da sua vida nos relvados, seria feita de passagens pelo Camacha e Câmara de Lobos. Esses 9 anos seriam passados nas divisões ditas amadoras, e onde, em 2003, já com 39 anos, decidiu ser o tempo certo para "pendurar as chuteiras".

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