Por vezes, dada a distância que nos separa dos anos em que determinado jogador marcou presença nos campos de futebol, não é fácil construir uma imagem daquilo que a sua carreira terá sido. No caso de Raúl Figueiredo, essa tarefa também não foi fácil. No entanto, o que se afigurou bem claro é que o antigo internacional português foi, à altura, um dos grandes craques da modalidade.
Havendo alguma discussão quanto à sua naturalidade, variando o local do seu nascimento, segundo diferentes autores, entre as cidades de Setúbal e Lisboa, o que é quase certo é que as origens de Raúl Figueiredo estarão na grande região da capital. Nesse sentido, não é de estranhar que os primeiros pontapés na bola tenham sido dados nas já referidas localidades. Vitória de Setúbal, Sporting e Carcavelinhos, parecem constar, sem grande certeza na cronologia, como os emblemas da sua adolescência. Já o Avenida FC, emblema sediado na cidade sadina, aparenta constar como o primeiro clube sénior da sua carreira.
No meio de tantas dúvidas, o que é certo é que Raúl Figueiredo chegaria à ribalta do desporto português, envergando as cores do Olhanense. Também conhecido como “Tamanqueiro”, alcunha dada por razão das artes do seu pai, o atleta era dado a funções mais defensivas. Ora como defesa, ora no centro do terreno, a segurança que dava à equipa, permitia aos companheiros mais avançados outras veleidades. Seria esta certeza que permitiria aos de Olhão a maior façanha da sua história. Para a temporada de 1923/24, o Olhanense, num plantel onde também constava o internacional José Delfim, consegue bater todos os adversários que, nas eliminatórias do Campeonato de Portugal, foram aparecendo pela frente. Na final disputada com o FC Porto, mais uma vitória e a conquista daquela que, à altura, era a prova de maior importância disputada no nosso país.
Depois deste êxito, não faltou muito para que da Selecção Nacional recebesse a sua primeira chamada. Ribeiro dos Reis, o seleccionador de então, convocaria o jogador para um particular frente a Espanha. A 17 de Maio de 1925, dando início a uma ligação que duraria cerca de 5 anos, Raúl Figueiredo daria o primeiro passo para averbar um total de 17 internacionalizações.
Quem, igualmente, não deixaria escapar o futebolista, seria o Benfica. Afastados dos títulos havia alguns anos, os “Encarnados” veriam no atleta uma boa oportunidade para atacar tanto os troféus regionais, como os de âmbito nacional. Regressado a Lisboa, e, numa altura em que o futebol não era suficiente para subsistir, Raúl Figueiredo também trocaria a venda de peixe pela condução de um Táxi. Já no que às conquistas pertence, a aposta acabaria por não ser de grande proveito. No entanto, mesmo sem grandes vitórias, as suas exibições no Benfica valer-lhe-iam um valente acréscimo de fama.
Ora, para toda essa reputação, também haveria de contribuir, e muito, a presença naquela que, por esses tempos, era a maior competição mundial para selecções. Em 1928, na cidade holandesa de Amesterdão, Raúl Figueiredo, desta feita comandado por Cândido de Oliveira, faria parte da comitiva que, no que ao futebol diz respeito, pela primeira vez disputaria os Jogos Olímpicos.
Pouco tempo passado sobre a participação nas Olimpíadas, Raúl Figueiredo desvincula-se do Benfica. Alternado o Olhanense com o Recreativo de Huelva, onde desempenharia a função de treinador/jogador, o internacional “luso” encetaria um périplo que o levaria a representar ainda mais alguns clubes. Que se conheça, também passaria pelo Académico do Porto e, voltando a cumprir tarefas tanto de técnico, como dentro do campo, o Sporting de Braga, União de Coimbra e Recreio Desportivo de Braga.
Na vida, teria um fim muito precoce. Faleceria, vítima de doença oncológica, com apenas 38 anos. Como herança, brindaria a memória dos que o viram em campo, com a imagem de alguém atlético e batalhador. Àqueles de quem era mais próximo, mais precisamente na ideia do seu filho, deixaria a vontade de prosseguir um legado. É desta maneira que, Raúl Figueiredo e o homónimo, seu descendente, originariam a primeira dupla pai/filho a vestir as cores de Portugal.
Havendo alguma discussão quanto à sua naturalidade, variando o local do seu nascimento, segundo diferentes autores, entre as cidades de Setúbal e Lisboa, o que é quase certo é que as origens de Raúl Figueiredo estarão na grande região da capital. Nesse sentido, não é de estranhar que os primeiros pontapés na bola tenham sido dados nas já referidas localidades. Vitória de Setúbal, Sporting e Carcavelinhos, parecem constar, sem grande certeza na cronologia, como os emblemas da sua adolescência. Já o Avenida FC, emblema sediado na cidade sadina, aparenta constar como o primeiro clube sénior da sua carreira.
No meio de tantas dúvidas, o que é certo é que Raúl Figueiredo chegaria à ribalta do desporto português, envergando as cores do Olhanense. Também conhecido como “Tamanqueiro”, alcunha dada por razão das artes do seu pai, o atleta era dado a funções mais defensivas. Ora como defesa, ora no centro do terreno, a segurança que dava à equipa, permitia aos companheiros mais avançados outras veleidades. Seria esta certeza que permitiria aos de Olhão a maior façanha da sua história. Para a temporada de 1923/24, o Olhanense, num plantel onde também constava o internacional José Delfim, consegue bater todos os adversários que, nas eliminatórias do Campeonato de Portugal, foram aparecendo pela frente. Na final disputada com o FC Porto, mais uma vitória e a conquista daquela que, à altura, era a prova de maior importância disputada no nosso país.
Depois deste êxito, não faltou muito para que da Selecção Nacional recebesse a sua primeira chamada. Ribeiro dos Reis, o seleccionador de então, convocaria o jogador para um particular frente a Espanha. A 17 de Maio de 1925, dando início a uma ligação que duraria cerca de 5 anos, Raúl Figueiredo daria o primeiro passo para averbar um total de 17 internacionalizações.
Quem, igualmente, não deixaria escapar o futebolista, seria o Benfica. Afastados dos títulos havia alguns anos, os “Encarnados” veriam no atleta uma boa oportunidade para atacar tanto os troféus regionais, como os de âmbito nacional. Regressado a Lisboa, e, numa altura em que o futebol não era suficiente para subsistir, Raúl Figueiredo também trocaria a venda de peixe pela condução de um Táxi. Já no que às conquistas pertence, a aposta acabaria por não ser de grande proveito. No entanto, mesmo sem grandes vitórias, as suas exibições no Benfica valer-lhe-iam um valente acréscimo de fama.
Ora, para toda essa reputação, também haveria de contribuir, e muito, a presença naquela que, por esses tempos, era a maior competição mundial para selecções. Em 1928, na cidade holandesa de Amesterdão, Raúl Figueiredo, desta feita comandado por Cândido de Oliveira, faria parte da comitiva que, no que ao futebol diz respeito, pela primeira vez disputaria os Jogos Olímpicos.
Pouco tempo passado sobre a participação nas Olimpíadas, Raúl Figueiredo desvincula-se do Benfica. Alternado o Olhanense com o Recreativo de Huelva, onde desempenharia a função de treinador/jogador, o internacional “luso” encetaria um périplo que o levaria a representar ainda mais alguns clubes. Que se conheça, também passaria pelo Académico do Porto e, voltando a cumprir tarefas tanto de técnico, como dentro do campo, o Sporting de Braga, União de Coimbra e Recreio Desportivo de Braga.
Na vida, teria um fim muito precoce. Faleceria, vítima de doença oncológica, com apenas 38 anos. Como herança, brindaria a memória dos que o viram em campo, com a imagem de alguém atlético e batalhador. Àqueles de quem era mais próximo, mais precisamente na ideia do seu filho, deixaria a vontade de prosseguir um legado. É desta maneira que, Raúl Figueiredo e o homónimo, seu descendente, originariam a primeira dupla pai/filho a vestir as cores de Portugal.
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