846 - FESTA

Mesmo com o Tirsense nas divisões inferiores, Alberto Festa conseguiria chamar a atenção do FC Porto. Andando os responsáveis técnicos dos “Dragões” à procura de alguém que pudesse substituir o internacional Virgílio Mendes, encontrariam no lateral-direito as qualidades necessárias para tamanha tarefa.
Sem grande experiência competitiva na alta-roda do futebol português, a contratação do jovem defesa era um risco. Tendo chegado na temporada de 1959/60, e ainda longe da 1ª categoria, Festa começa logo a dar sinais de que a sua qualidade ia de encontro às necessidades do clube. No início da época seguinte é, então, chamado pela primeira vez a um jogo da equipa principal. Frente ao Olhanense faz a sua estreia e, desde esse momento, passaria a ser uma figura habitual nas fichas de jogo.
A partir da temporada de 1962/63, a titularidade assumida no FC Porto, faria com que da selecção chegasse a sua primeira internacionalização. Após essa partida de apuramento para o Europeu de 1964, o seu nome voltaria, com enorme regularidade, a ser chamado aos trabalhos da equipa nacional. Seria também com a “camisola das quinas” que o atleta viveria o momento mais alto da sua carreira. No Mundial de 1966, e tendo como concorrente a um lugar no “onze” o sportinguista Morais, Festa entraria em campo em metade dos jogos. No certame organizado em Inglaterra, o defesa disputaria as partidas frente à Bulgária, Inglaterra e União Soviética, ajudando Portugal a chegar ao 3º posto.
Após o Mundial, e para surpresa de muitos, o lateral perde algum espaço no escalonamento da equipa portista. Ainda assim, é nos últimos anos a jogar nas Antas que Festa vence o troféu mais importante de toda a sua carreira. Com vitórias em 5 edições da Taça de Honra da Associação de Futebol do Porto, a verdade é que no seu palmarés consta apenas uma conquista naquelas que são as grandes provas nacionais. A Taça de Portugal de 1967/68, onde o defesa participaria em duas partidas, acabaria por ser o ponto mais alto da sua passagem pelos “Azuis e Brancos”.
Depois do FC Porto, Festa regressaria ao Tirsense. Ainda ajudaria à promoção e do emblema à 1ª divisão, para, no final da campanha de 1971/72, pôr um ponto final no seu percurso como futebolista.

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