1038 - JORGE FERREIRA

Seria ainda como atleta do Barreirense, emblema onde terminaria a sua etapa formativa, que o jovem defesa começaria a dar nas vistas. Mesmo a disputar a 2ª divisão, as características de Jorge Ferreira permitir-lhe-iam exibições com qualidade suficiente para que da Federação Portuguesa de Futebol quisessem a sua presença nas camadas jovens. Depois de, como júnior, envergar a “camisola das quinas” no Europeu de 1984, a sua chamada aos sub-21 levá-lo-ia, na edição de 1987, a participar no afamado Torneio de Toulon.
Já na categoria principal do conjunto da cidade do Barreiro, onde chegaria na temporada de 1984/85, o central jogaria durante 4 campanhas. Ao conseguir ser um dos titulares da equipa e mantendo-se nas convocatórias das jovens selecções portuguesas, a única surpresa seria o tempo que acabaria por demorar a chegar ao patamar máximo do nosso futebol.
Teria que esperar pelo “defeso” de 1988 para que no Vitória de Setúbal consumasse a meta de chegar à 1ª divisão. A mudança para a capital de Distrito levá-lo-ia à melhor fase da carreira. Mesmo com a concorrência de experientes colegas como Edmundo, Eurico ou Zezinho, Jorge Ferreira conseguiria conquistar o seu espaço no plantel. Como central ou, por vezes, a competir um pouco mais avançado no terreno, o atleta continuaria a ser visto como um jogador de topo. Aliás, muito mais do que alicerçar-se como um futebolista primodivisionário, o defesa, durante a sua estadia na margem direita do Sado, chegaria ao estatuto de internacional. Depois do percurso já feito como as cores lusas, em Agosto de 1989, o atleta conquistaria a sua primeira internacionalização “A”. Com a estreia, num particular frente à Roménia, a acontecer no Estádio do Bonfim, a essa primeira convocatória seguir-se-iam mais 3 chamadas por Portugal.
Com a despromoção dos “Sadinos” no final de 1990/91 e com a impossibilidade do regresso da equipa ao principal patamar do nosso futebol, dar-se-ia a transferência de Jorge Ferreira para o Sporting de Braga. A ida para o Minho em nada afectaria as suas exibições. Mais uma vez como um dos elementos importantes do “onze”, a sua passagem pelos “Arsenalistas” traria ao seu percurso profissional mais 4 campanhas na 1ª divisão. Curiosamente, seria a ida para o Campomaiorense que permitiria algo inédito na sua carreira. Com os Alentejanos a conseguirem uma progressão fantástica na edição de 1998/99 da Taça de Portugal, o central também ajudaria a conquistar a presença no Jamor. Para sua infelicidade, o defesa acabaria por não comparecer no relvado do Estádio Nacional. Pior ainda, teria de assistir à derrota da sua equipa frente ao Beira-Mar.
A passagem por Campo Maior marcaria o fim da sua história na 1ª divisão. União da Madeira, Alcochetense e, já nos “regionais” de Setúbal, o Quintajense marcariam o derradeiro capítulo do seu percurso enquanto desportista. Apesar de uma duradoura carreira que, em 2008, terminaria para além dos 40 anos de idade, a sua ligação à modalidade manter-se-ia. Depois de “penduradas as chuteiras”, o antigo internacional ainda experimentaria as tarefas de treinador. De regresso ao Barreirense, em 2009 Jorge Ferreira abraçaria as funções de técnico-adjunto.

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