1145 - EDUARDINHO

Depois de envergar a camisola de algumas colectividades de âmbito local, seria no Marítimo que Eduardinho continuaria o trajecto formativo e daria os primeiros passos no futebol sénior. Estrear-se-ia na equipa principal dos “Verde-Rubro” na temporada de 1969/70. Tal como nos anos passados nos juvenis e juniores, o médio mostraria qualidades que levariam os responsáveis do conjunto funchalense e aferi-lo como um elemento deveras precioso. Esse valor faria com que o Sporting de Braga, durante esses capítulos iniciais da carreira do jovem futebolista, o convidasse para treinar “à experiência”. Os testes correriam de feição, mas no momento de rubricar o contrato com os minhotos, as saudades pela ilha da Madeira tomariam uma imensidão enorme e, com o regresso a casa em mente, recusaria a proposta dos bracarenses.
Voltaria ao Funchal e ao Marítimo, mas não muito tempo depois surgiria nova separação. Forçado a apresentar-se para cumprir o Serviço Militar Obrigatório, Eduardinho ver-se-ia na obrigação de partir para o território continental. Interrompida a carreira de futebolista em 1972, depois da passagem pelas Caldas da Rainha, seria colocado em Vendas Novas. Já no Alentejo, receberia um convite dos responsáveis pela colectividade local, o Estrela Futebol Clube. Aceitaria o desafio e, desse modo, aproveitaria para dar continuidade à prática da modalidade. O mesmo aconteceria após a sua incorporação nos contingentes destinados à Guiné. Em África passaria a vestir as cores da União Desportiva Internacional de Bissau e jogaria ao lado do antigo craque portista, o atacante Lemos.
Para a temporada de 1973/74 dar-se-ia o retorno à Madeira e ao Marítimo. Como um praticante de recorte técnico elevado e bom na condução do jogo ofensivo, seria no apoio ao sector atacante que o médio-ofensivo conseguiria destacar-se. Rapidamente conquistaria um lugar de relevo na equipa insular. Titular ao longo dos anos, o exemplo em que se transformaria, levá-lo-ia a envergar a braçadeira de “capitão”. Já como líder do balneário, a campanha de 1976/77 empurraria o atleta, e os companheiros, para um dos momentos mais importantes da sua carreira. Depois de na época mencionada conseguir ajudar à vitória no Campeonato Nacional da 2ª divisão, a subida de escalão levaria Eduardinho e os “Verde-Rubro” à estreia no patamar máximo nacional.
Seguir-se-iam outras 6 temporadas e sempre com o listado maritimista. Cumpridas, num cômputo, 13 campanhas no emblema madeirense, o término da época de 1982/83 representaria também o final do seu trajecto enquanto futebolista. Mesmo “penduradas as chuteiras”, Eduardinho manter-se-ia ligado à modalidade. Como treinador, mormente em funções de adjunto, começaria a caminhada no Marítimo. Passaria depois pelo Nacional, onde viria a trabalhar com José Peseiro. Aliás, seria como “braço direito” do referido técnico que o antigo atleta viveria muitas das experiências na condução de equipas. Sporting, Panathinaikos, Rapid Bucareste, a selecção da Arábia Saudita, Sporting de Braga e vários emblemas no Médio Oriente acabariam por preencher o seu currículo.

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