1523 - TOZÉ

Ainda como júnior do Penafiel, agremiação onde completaria o percurso formativo, António José Alves Ribeiro, popularizado no mundo do futebol como Tozé, faria a sua estreia como sénior. Apesar de nessa temporada de 1983/84, pela mão do treinador Fernando Tomé, ter apenas entrado em campo numa partida a contar para a Taça de Portugal, a verdade é que a temporada seguinte revelaria um atacante bem mais afirmativo e preparado, mesmo em contexto primodivisionário, a ser utilizado com bastante frequência.
Daí em diante, o extremo passaria a ser tido como um dos elementos mais promissores do clube duriense e tal facto levá-lo-ia, por parte dos responsáveis técnicos da Federação Portuguesa de Futebol, a ser tido como um elemento capaz de acrescentar valor às jovens equipas lusas. Inserido nos trabalhos dos sub-21, o atleta estrear-se-ia a 15 de Outubro de 1985. Essa partida frente à antiga Checoslováquia serviria de arranque a uma caminhada que levaria o avançado primeiramente à disputa da edição de 1986 do afamado Torneio de Toulon e anos mais tarde à primeira internacionalização “A”. Com a principal “camisola das quinas”, o jogador seria convocado por Artur Jorge e num particular frente a Espanha, disputado a 16 de Janeiro de 1991, conseguiria disputar um desafio pela equipa de maior monta em Portugal.
Após 4 épocas em que conseguiria destacar-se como um dos intérpretes mais proeminentes do Penafiel, Tozé, numa altura em que a sua equipa estava na disputa da 2ª divisão, teria a oportunidade de regressar ao convívio com os “grandes”. Contratado como reforço do Vitória Sport Clube para a época de 1987/88, o extremo, apesar de números aceitáveis, ficaria um pouco aquém das expectativas criadas em seu redor. Talvez tenha sido essa avaliação a levá-lo a trocar de emblema. Sensivelmente um ano sobre a sua chegada a Guimarães, o atacante mudar-se-ia para a Madeira, onde, nas duas campanhas seguintes, passaria a representar o Marítimo. Todavia, onde voltaria a reaver o elã de anos anteriores seria já ao serviço do Beira-Mar. No plantel sediado na cidade de Aveiro, sob o comando de Vítor Urbano, o jogador voltaria a recuperar o estatuto de titular. Dessa maneira, seria um dos pilares da brilhante campanha dos “Auri-negros” e, para além de ajudar no 6º posto conseguido com o termo do Campeonato Nacional de 1990/91, ainda contribuiria, mesmo sem entrar em campo no Jamor, para a chegada à final da Taça de Portugal.
Seria já como internacional “A” que Tozé, depois de uma época em Aveiro, chegaria ao FC Porto. Nas Antas a partir de 1991/92, o extremo passaria a trabalhar sob a intendência de Carlos Alberto Silva. Mesmo com um plantel cheio de craques, a primeira temporada nas “Antas” daria, distribuídas entre as competições nacionais e as de índole continental, um número muito satisfatório de partidas disputadas. O pior viria na campanha seguinte, com o jogador a perder, nas estratégias do aludido treinador brasileiro, o espaço conquistado inicialmente. Já depois do arranque das provas agendadas para 1993/94, com Tomislav Ivic à frente dos destinos técnicos dos “Azuis e Brancos”, o atacante acabaria dispensado e a transferência para o Gil Vicente surgiria como a solução encontrada para a sua caminhada profissional.
À chegada a Barcelos, ganhos ao serviço do FC Porto, já o jogador contava no seu palmarés com a vitória em 2 Campeonatos Nacionais e 1 Supertaça. Com o estatuto potenciado por tão importantes troféus, o atleta configurar-se-ia como um dos nomes de relevo no plantel dos “Galos”. Ainda assim, o final da temporada traria a sua mudança para o Algarve. Com as cores do Farense, Tozé, mesmo com alguns períodos em que não conseguiria alcançar a titularidade, passaria 3 temporadas de bom nível, sendo, em 1994/95, um dos intérpretes do 5º lugar alcançado no Campeonato Nacional. Já na campanha seguinte, acabaria a participar na Taça UEFA e o extremo, na eliminatória frente aos gauleses do Olympique Lyon, entraria em campo em ambas as mãos.
Como último capítulo da sua carreira, depois de 13 temporadas no escalão máximo, viria o regresso a um Gil Vicente a disputar a edição de 1997/98 da divisão de Honra e, com o termo da campanha referida, o avançado decidiria “pendurar as chuteiras”.

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