1578 - PARRA

Natural de Portalegre, Valentim José Roque Parra despontaria para o futebol com as cores do Portalegrense. Daí para as “escolas” do Sporting Clube de Portugal seria um pequeno salto. No entanto, apesar da aposta dos “Leões” nas qualidades do médio de características ofensivas, a verdade é que o momento de transição para o patamar sénior seria ingrato para o jovem intérprete. Sem lugar num grupo de trabalho ainda a viver o rescaldo da vitória na Taça dos Vencedores das Taças de 1963/64, o jogador veria Fernando Caiado a preteri-lo em detrimento de outros nomes e a solução para a continuação da sua carreira viria do União de Lamas.
Com o início da carreira sénior a ocorrer nas contendas planeadas para a edição de 1967/68 da 2ª divisão, seria a mudança para o plantel de 1968/69 do Feirense a dar ao jogador a etapa mais representativa do seu trajecto desportivo. A transferência para os “Fogaceiros”, apesar de obrigar o atleta à descida de um degrau na escala competitiva do futebol luso, dar-lhe- ia a oportunidade de envergar a camisola daquela que viria a tornar-se na divisa que, por mais anos, o acompanharia. Ainda durante algum tempo a pelejar-se nas contentas do 3º escalão, a ambição da colectividade sediada em Santa Maria da Feira transformaria a temporada de 1973/74 na campanha de regresso do clube ao patamar imediatamente acima. Já como um elemento fundamental nas manobras tácticas dos diferentes treinadores, Parra começaria a cimentar-se com uma das grandes figuras da agremiação. Com companheiros de balneário como Manuel Pinto, Henrique Nunes, Cândido Araújo, António Portela, Sobreiro, Acácio Silva, entre outros históricos, o médio ajudaria à caminhada que, com os colegas ainda agora arrolados, empurraria os de azul a outro feito competitivo e a levá-los a inscrever-se como os elementos participantes da segunda aparição do emblema entre os “grandes”.
A época de regresso do Feirense à 1ª divisão teria Parra já como capitão. Nessa temporada de 1977/78, orientado o grupo de trabalho inicialmente por Eduardo Gonzalez para, a partir da 4ª jornada do Campeonato Nacional contar com a orientação técnica do Professor João Mota, o médio, apesar de utilizado com uma boa frequência, não teria a preponderância de anos anteriores. Talvez por esse motivo, não deixando de ser curioso o facto, o jogador acabaria por conhecer o termo da união aos “Fogaceiros”. Com o fim da ligação de uma década, o atleta teria no Sporting de Espinho a nova morada. Nesse sentido, também os “Tigres da Costa Verde” marcariam um novo trecho nos patamares secundários e depois de uma temporada com o listado alvinegro, o Lusitânia de Lourosa e o Esmoriz tornar-se-iam nos emblemas seguintes de uma caminhada que viria a concluir-se com o fecho da temporada de 1984/85.

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