1429 - PINTO

Tornam-se cada vez mais difíceis os desafios que proponho para este “blog” ou que acabam por ser sugeridos. Nesse fado, hoje trago à barra um jogador do qual praticamente não consegui obter qualquer informação! Ainda assim, não virei as costas ao repto e, mesmo com o risco de cometer sérios erros, vou apresentar-vos esta pequena biografia.
De Manuel Pinto da Silva, de quem dizem ter nascido em Lourosa, o primeiro registo que encontrei foi o da sua presença no plantel de 1969/70 do Lusitânia de Lourosa. Este par de dados, com a naturalidade a ser veiculada por diferentes fontes, parece estar correcto. É certo que relativamente ao clube a única coisa que consegui confirmar, foi que o primeiro emblema na caminhada do guarda-redes terá sido a agremiação acima referida. De seguida, sem descortinar de forma fidedigna a cronologia das etapas, apresentou-se-me a época de 1971/72 no grupo de trabalho do Varzim e, como as primeiras experiências naquele que viria a tornar-se num dos emblemas mais representativos da sua carreira, as passagens pelo Feirense.
Da vivência na colectividade sediada em Santa Maria da Feira, tirando as espaçadas campanhas a que fiz referência no parágrafo anterior, terá havido, hipoteticamente, um período de vários anos consecutivos em que o jogador envergou a camisola dos “Fogaceiros”. Se aceitarmos que esse intervalo de tempo terá começado em 1973/74, então, pelas várias informações encontradas, posso atestar que as temporadas de 1976/77 e 1977/78 terão sido cumpridas por Pinto no Feirense. Esses dois registos acabariam por ser deveras importantes no evoluir do trajecto competitivo do guardião, pois, se o primeiro corresponde à promoção da equipa, a segunda época aludida será a da sua estreia na 1ª divisão.
A campanha a encetar a caminhada primodivisionária do jogador, começaria sob a alçada técnica do argentino Eduardo González, mas correria na sua grande fatia com a orientação de João Mota. No entanto, num plantel a contar com alguns nomes interessantes, casos de Baltemar Brito, Babalito, José Pedro ou José Domingos, os resultados colectivos ficariam aquém das espectativas e o termo do Campeonato Nacional ditaria o Feirense como último classificado e como um dos conjuntos despromovidos. No que diz respeito às prestações individuais de Pinto, mesmo tendo em conta que dividiria as presenças em campo com Silva Morais, seriam suficientes para que terminasse a época como o guarda-redes mais utilizado pelos “Fogaceiros”.
Daí em diante, pela informação oferecida pelo “site” da Federação Portuguesa de Futebol, o percurso do atleta deixa de ser um tão grande mistério. As duas épocas imediatamente a seguir à da despromoção vivida com o Feirense, seriam cumpridas com o Sporting de Espinho e, num regresso a casa, feita com as cores do Lusitânia de Lourosa. Com esses dois anos passados de volta às contendas dos patamares secundários, os dois que os sucederiam, à baliza do União de Lamas, também viriam a ser atravessados no mesmo contexto competitivo. Seria nova transferência, nesse caso para o Salgueiros, que viria a permitir ao guarda-redes registar novos convívios com os “grandes”. Com a mudança para Paranhos a acontecer em 1982/83, essa e a temporada seguinte, com Henrique Calisto a apadrinhar o regresso de Pinto ao patamar máximo e ao lado de Fidalgo, Carvalho, Soares, Penteado, Jorginho e tantos outros futebolistas de excelsa tradição no desporto luso, viriam a ser realizadas como as últimas do jogador na 1ª divisão.
Seguir-se-iam, numa caminhada a entrar na veterania, o União de Lamas, o Candal e numa carreira sénior a supostamente a terminar na temporada de 1988/89, o Anadia. Bem, tenho de ser franco e dizer que não consigo garantir que a campanha mencionada tenha, de facto, correspondido ao fim do seu trajecto como profissional. Existem outros registos, nomeadamente ao serviço do Fiães, do São Roque e, mais uma vez, na defesa do União de Lamas. Porém, a informação encontrada em algumas fontes, diz-nos que estas experiências terão sido vividas nas disputas das provas de veteranos.

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