1671 - JOSÉ MOTA

Natural da freguesia de Santa Maria Maior, no Funchal, José Mota veria na temporada de 1936/37 a campanha de ingresso no Clube Sport Marítimo. Daí em diante, por não ter conseguido apurar qualquer outra informação acerca da sua carreira enquanto atleta dos “Leões do Almirante Reis”, nomeadamente em que categorias teria participado, não posso apresentar qualquer outro dado sobre a caminhada competitiva deste avançado madeirense. Ainda assim, posso excluir a sua participação em momentos como as edições de 1936/37 e 1937/38 do Campeonato de Portugal ou até da Taça de Portugal de 1939/40. Já com os emblemas insulares excluídos da participação no Campeonato Nacional e com as colectividades madeirenses, supostamente pela dificuldade nos transportes, a não participar, por vários anos, na “Prova Rainha”, falta-me saber da contribuição do atacante para os títulos conquistados pelos “Verde-rubros”, no Campeonato Regional do Funchal, em 1939/40 e 1940/41.
Certo é que a temporada de 1944/45 marcaria a entrada de José Mota no Estoril Praia. Logo nessa época de chegada à Amoreira, mesmo não sendo um dos habituais titulares dos “Canarinhos”, o avançado mereceria a confiança do treinador Augusto Silva e acabaria por estrear-se, tal como o emblema por si representado, na 1ª divisão. Já a época seguinte, com a presença no “nacional” a depender do desempenho classificativo conseguido no “regional”, traduzir-se-ia pelo afastamento da colectividade da Linha de Cascais da prova de maior monta no calendário futebolístico português. Já a campanha de 1946/47, muito para além de marcar o regresso do atacante ao patamar máximo, assinalaria o fim da qualificação a partir dos Campeonatos Regional, para passar ao sistema de promoções e descidas ainda hoje vigente.
Daí em diante, José Mota assumir-se-ia como um dos principais esteios dos esquemas tácticos idealizados para as pelejas do Estoril Praia. Tal razão faria com que, mais uma vez, fizesse parte de um novo recorde dos “Canarinhos”, isto é, o 4º lugar conquistado no Campeonato Nacional. Tamanha preponderância levaria a que o avançado-centro começasse a ser equacionado para os trabalhos da selecção nacional. No contexto internacional, o atacante começaria por ser chamado aos duelos do conjunto “B”, como prova a convocatória para a contenda frente à Espanha, realizada a 20 de Março de 1949. Não muito tempo depois desse jogo realizado no Estádio Riazor, no qual não chegaria a entrar em campo, viriam as presenças na equipa “A”. Com a principal “camisola das quinas”, o atleta teria a estreia, pela mão de Armando Sampaio, a 15 de Maio de 1949. A vitória com o País de Gales, brindada com um golo de sua autoria, seria sucedida por um “particular” com a República da Irlanda e, desse modo, o currículo do futebolista madeirense ficaria colorido por dois desafios cumpridos por Portugal.
Apesar de ser um dos pilares do Estoril Praia e com a agremiação da Linha de Cascais a manter-se nas lutas primodivisionárias, a temporada de 1950/51 daria à caminhada do avançado um novo emblema. Apresentado como reforço do Vitória Sport Clube, José Mota, na campanha já mencionada e na seguinte, ambas ao serviço do emblema minhoto, manter-se-ia como um dos praticantes do patamar máximo. Já após deixar a “Cidade Berço”, o atacante regressaria aos “Canarinhos” para, em 1952/53, ter a derradeira aparição entre os “grandes”. Com a descida do emblema da Amoreira, seriam os cenários secundários, daí para a frente, a preencher a sua usança desportiva, rotina que, segundo algumas fontes, duraria até 1956/57.

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