Com o começo da carreira desportiva cumprida entre o Andradina FC e a Associação Esportiva Araçatube, seria já como atleta da Juventus de São Paulo, para onde viria a mudar-se em 1975, que Francisco Chagas Elói começaria a destacar-se no futebol brasileiro.
Praticante de fino recorte técnico e com excelente visão de jogo, o atleta rapidamente conquistaria um lugar no “Moleque Travesso”. Já com vários emblemas no seu encalço, a campanha de 1978 apresentar-lhe-ia a Portuguesa dos Desportos. Contudo, no emblema fundado por imigrantes lusos, o médio-ofensivo não conseguiria demonstrar o seu real valor e o jogador, durante as 2 épocas seguintes, ver-se-ia ultrapassado pela concorrência interna.
Só com uma nova mudança de agremiação é que voltaria a recuperar a magia perdida. O Inter de Limeira, com a transferência a ocorrer no decorrer de 1980, devolvê-lo-ia às boas exibições. Seguir-se-ia, com o Grêmio e o Cruzeiro a “namorar” a sua contratação, a mudança, em Abril de 1981, para o Santos. No entanto, o muito especulado mau ambiente no balneário do “Peixe” minaria o caminho do jogador. Depois viria uma rápida passagem pelo, referido neste parágrafo, emblema de Belo Horizonte e finalmente a chegada ao América do Rio de Janeiro.
O destaque na formação “carioca” valer-lhe-ia, depois das vitórias no Torneio dos Campeões e na Taça Rio, a mudança para o Vasco da Gama de 1983. Em São Januário, ao lado do inolvidável Roberto Dinamite, Elói brilharia ao ponto de merecer o interesse de emblemas europeus. Bem cotado do outro lado do oceano Atlântico, seria o Genoa de 1983/84 a abrir-lhe as portas do Calcio. A época de estreia na Serie A, comandado por Luigi Simoni, daria ao currículo do médio números de aceitável monta. O pior surgiria com a despromoção do clube e com disputa, na campanha subsequente, do patamar secundário de Itália. Tal desaire fá-lo-ia regressar ao Brasil, nesse caso para representar o Botafogo. Contudo, a passagem pelo “Fogão” seria curta e, de volta ao “Velho Continente”, passaria a envergar a camisola do FC Porto.
Nos “Dragões” de 1985/86, o médio-ofensivo enfrentaria vários obstáculos para conseguir impor o seu jogo. Logo nessa época, numa partida a contar para a 2ª mão da Supertaça, perdido o troféu para o Benfica, Elói viveria uma situação no mínimo caricata e bem elucidativa das dificuldades que teria para começar a entender a mentalidade do treinador – “(…) o Artur Jorge substituiu-me aos 27 minutos. Estranhei, não estava a jogar mal, mas aceitei. Só uns dias depois é que entendi tudo (…). Ele viu-me a passar e chamou-me: «brasileiro, anda cá. Vou explicar-te uma coisa: nesta equipa, o único que tem a minha autorização para fazer chapéus aos adversários é o Madjer. Estamos entendidos?». Caiu-me tudo!”*.
Apesar da pequena peripécia, o jogador, apesar de nunca ter passado da condição de suplente, continuaria a contar para o aludido treinador. Nesse sentido, contribuiria para as conquistas do Campeonato Nacional de 1985/86 e da Supertaça da época seguinte. Porém, a temporada de 1986/87 haveria de trazer ao jogador outro episódio do qual, posteriormente, viria a arrepender-se e o médio, após ajudar na campanha a desaguar na vitória da Taça dos Clubes Campeões Europeus, e a umas semanas da decisiva partida de Viena, tomaria a decisão de rescindir o contrato com os “Azuis e Brancos” – “(…) eu assisti a essa final e à da neve, contra o Peñarol. Senti que devia estar lá com os meus companheiros do FC Porto. Tive dois anos bons e, por precipitação, afastei-me antes dos melhores momentos. Castigo-me por isso”*.
Após voltar ao América por alguns meses, o seu regresso a Portugal far-se-ia através do plantel de 1988/89 do Boavista. Pelas provas lusas, dessa feita no escalão secundário, ainda representaria o Louletano de 1989/90. Depois surgiria a última grande etapa da sua carreira e a presença nas provas brasileiras até passar a barreira dos 40 anos de idade. Nesse trajecto, representaria emblemas como o Campo Grande, o Fluminense, Fortaleza, Ceará, Catanduvense e Nacional de Manaus, onde viria a “pendurar as chuteiras” com o termo das provas agendadas para 1996. Seguir-se-ia a sua caminhada como técnico, a qual levaria Elói a orientar o Anapolina de Goiás, o Rubro Social ou o América do Rio de Janeiro
*retirado do artigo de Pedro Jorge da Cunha, publicado a 30/04/2014, em https://maisfutebol.iol.pt
Praticante de fino recorte técnico e com excelente visão de jogo, o atleta rapidamente conquistaria um lugar no “Moleque Travesso”. Já com vários emblemas no seu encalço, a campanha de 1978 apresentar-lhe-ia a Portuguesa dos Desportos. Contudo, no emblema fundado por imigrantes lusos, o médio-ofensivo não conseguiria demonstrar o seu real valor e o jogador, durante as 2 épocas seguintes, ver-se-ia ultrapassado pela concorrência interna.
Só com uma nova mudança de agremiação é que voltaria a recuperar a magia perdida. O Inter de Limeira, com a transferência a ocorrer no decorrer de 1980, devolvê-lo-ia às boas exibições. Seguir-se-ia, com o Grêmio e o Cruzeiro a “namorar” a sua contratação, a mudança, em Abril de 1981, para o Santos. No entanto, o muito especulado mau ambiente no balneário do “Peixe” minaria o caminho do jogador. Depois viria uma rápida passagem pelo, referido neste parágrafo, emblema de Belo Horizonte e finalmente a chegada ao América do Rio de Janeiro.
O destaque na formação “carioca” valer-lhe-ia, depois das vitórias no Torneio dos Campeões e na Taça Rio, a mudança para o Vasco da Gama de 1983. Em São Januário, ao lado do inolvidável Roberto Dinamite, Elói brilharia ao ponto de merecer o interesse de emblemas europeus. Bem cotado do outro lado do oceano Atlântico, seria o Genoa de 1983/84 a abrir-lhe as portas do Calcio. A época de estreia na Serie A, comandado por Luigi Simoni, daria ao currículo do médio números de aceitável monta. O pior surgiria com a despromoção do clube e com disputa, na campanha subsequente, do patamar secundário de Itália. Tal desaire fá-lo-ia regressar ao Brasil, nesse caso para representar o Botafogo. Contudo, a passagem pelo “Fogão” seria curta e, de volta ao “Velho Continente”, passaria a envergar a camisola do FC Porto.
Nos “Dragões” de 1985/86, o médio-ofensivo enfrentaria vários obstáculos para conseguir impor o seu jogo. Logo nessa época, numa partida a contar para a 2ª mão da Supertaça, perdido o troféu para o Benfica, Elói viveria uma situação no mínimo caricata e bem elucidativa das dificuldades que teria para começar a entender a mentalidade do treinador – “(…) o Artur Jorge substituiu-me aos 27 minutos. Estranhei, não estava a jogar mal, mas aceitei. Só uns dias depois é que entendi tudo (…). Ele viu-me a passar e chamou-me: «brasileiro, anda cá. Vou explicar-te uma coisa: nesta equipa, o único que tem a minha autorização para fazer chapéus aos adversários é o Madjer. Estamos entendidos?». Caiu-me tudo!”*.
Apesar da pequena peripécia, o jogador, apesar de nunca ter passado da condição de suplente, continuaria a contar para o aludido treinador. Nesse sentido, contribuiria para as conquistas do Campeonato Nacional de 1985/86 e da Supertaça da época seguinte. Porém, a temporada de 1986/87 haveria de trazer ao jogador outro episódio do qual, posteriormente, viria a arrepender-se e o médio, após ajudar na campanha a desaguar na vitória da Taça dos Clubes Campeões Europeus, e a umas semanas da decisiva partida de Viena, tomaria a decisão de rescindir o contrato com os “Azuis e Brancos” – “(…) eu assisti a essa final e à da neve, contra o Peñarol. Senti que devia estar lá com os meus companheiros do FC Porto. Tive dois anos bons e, por precipitação, afastei-me antes dos melhores momentos. Castigo-me por isso”*.
Após voltar ao América por alguns meses, o seu regresso a Portugal far-se-ia através do plantel de 1988/89 do Boavista. Pelas provas lusas, dessa feita no escalão secundário, ainda representaria o Louletano de 1989/90. Depois surgiria a última grande etapa da sua carreira e a presença nas provas brasileiras até passar a barreira dos 40 anos de idade. Nesse trajecto, representaria emblemas como o Campo Grande, o Fluminense, Fortaleza, Ceará, Catanduvense e Nacional de Manaus, onde viria a “pendurar as chuteiras” com o termo das provas agendadas para 1996. Seguir-se-ia a sua caminhada como técnico, a qual levaria Elói a orientar o Anapolina de Goiás, o Rubro Social ou o América do Rio de Janeiro
*retirado do artigo de Pedro Jorge da Cunha, publicado a 30/04/2014, em https://maisfutebol.iol.pt

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