118 - CHILAVERT

Apesar de ter sido um exímio guarda-redes, com reflexos e sentido posicional excelentes, Chilavert será igualmente lembrado pelos seus golos e, principalmente, pelo feitio temperamental. E se o brilhantismo terá sido herdado da família, onde o pai e o irmão, este último internacional paraguaio, terão sido a sua inspiração, o lado problemático terá sido ele mesmo a alimentar.
As polémicas com árbitros, com colegas e até com os adeptos, começaram bem cedo e logo nos primeiros clubes. Tanto no Paraguai, no Sportivo Luqueño e Guaraní, como já na Argentina, no San Lorenzo, as contendas foram uma constante. Apesar de tudo, conseguiu que de Espanha chegasse a primeira proposta para jogar na Europa. No Zaragoza aguentaria apenas 1 temporada, pois, ao parece, o seu mau génio e o querer marcar todos livres, não tornou o guarda-redes num elemento muito apreciado!
Transferiu-se de seguida para o Vélez Sarsfield, onde fez grande parte da sua carreira. De volta à Argentina foi, finalmente, autorizado a apurar a sua pontaria como goleador. Aí chegou até a sagrar-se como o guarda-redes com mais golos no Mundo. O título acabaria por perdê-lo quando já estava aposentado, para um afamado guardião brasileiro. Claro está, isso foi motivo mais que suficiente para uma pequena picardia, com o paraguaio a dizer que “O Rogério Ceni é um excelente aluno”*.

*retirado do artigo de Bruno Thadeu, publicado em www.uol.com.br, a 28/03/2011

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