Após vencer várias competições em Marrocos e, também como atleta do WAC Casablanca, ter, por 3 vezes, conquistado o título de Melhor Marcador do Campeonato, Hassan decidiu partir para outras aventuras. A viagem, apesar de não muito longa, levou-o para um contexto desportivo distante daquele a que estava habituado no seu país. Do outro lado do Mar Mediterrâneo, nas Baleares, e a vestir o vermelho do RCD Mallorca, o avançado começou por experimentar o fulgor competitivo da “La Liga”. Contudo, à excepção da chegada à final da Copa del Rey de 1990/91, a qual a sua equipa perderia frente ao Atlético Madrid de Paulo Futre, a aventura espanhola não correu de feição.
Com os “Barralets”, no final da segunda temporada de Hassan em Espanha, a serem relegados para o escalão secundário, um desentendimento com o técnico Lorenzo Ferrer agravou, ainda mais, a situação do atacante. Resolveu, então, tentar a sorte do lado de cá da fronteira. No Farense, a história foi diferente. Integrado num plantel ambicioso, num grupo que tinha orgulho de fazer do Estádio São Luís um dos campos mais difíceis do Campeonato português, o ponta-de-lança passou a fazer parte de um plantel com o hábito de “mordiscar” os lugares com acesso às competições europeias.
Nessas lutas pelos lugares cimeiros da tabela classificativa, Hassan assumiu um papel preponderante. Apontado por alguns como trapalhão ou, se preferirem, como tecnicamente desajeitado, ainda assim o atacante passou a dar muita força às ofensivas do colectivo. Veloz e como uma capacidade excepcional para conseguir desmarcar-se e aparecer isolado frente aos guardiões adversários, os remates certeiros passaram a ser o seu principal “cartão de visita”. Tantos marcou que, ainda hoje, é o maior goleador da história da agremiação algarvia. Nesse sentido, foram também os golos marcados com a camisola dos “Leões de Faro” que levaram o avançado a ser incluído, com as cores da selecção de Marrocos, nas disputas do Mundial de 1994. Já na temporada seguinte à da participação no certame organizado nos Estados Unidos da América, as suas ofensivas, para além de ajudarem o Farense a qualificar-se para as provas da UEFA, permitiram-lhe vencer o prémio de Melhor Marcador do Campeonato Nacional de 1994/95.
Com tantas metas alcançadas, o sonho de progredir na carreira começou a ganhar forma. O Benfica passou a materializar-se como o emblema certo para esse novo passo. Até certo ponto, foi. Foi, pelo menos, durante os primeiros tempos em que jogou pelas “Águias”; foi pelas vitórias que os seus golos conseguiram. Porém, a instabilidade vivida para os lados da “Luz”, começou a cobrir tudo com uma espessa impaciência. Quando uma lesão afastou o atleta dos relvados e agravado o insucesso da equipa, a necessidade de apontar culpados, esticou o dedo na direcção de Hassan.
Dois anos volvidos após a chegada a Lisboa, o ponta-de-lança regressou ao Farense. Depois de assobiado em Lisboa, alvo da ira de adeptos incapazes de entender que o mal do clube “encarnado” estava para além do desempenho dos jogadores, o Algarve voltou a acarinhar o avançado. De novo enleado na paixão pelo Farense, Hassan, com muitos anos ainda pela frente, manteve-se ligado, umbilicalmente, à colectividade e à camisola que mais marcou a sua carreira. Mesmo em tempos difíceis, mesmo quando as dificuldades financeiras empurraram os algarvios para as divisões inferiores, o jogador, sinónimo inequívoco de uma grande e nutrida paixão, recusou-se a abandonar o clube e, por aí, terminou a caminhada enquanto futebolista.
Com os “Barralets”, no final da segunda temporada de Hassan em Espanha, a serem relegados para o escalão secundário, um desentendimento com o técnico Lorenzo Ferrer agravou, ainda mais, a situação do atacante. Resolveu, então, tentar a sorte do lado de cá da fronteira. No Farense, a história foi diferente. Integrado num plantel ambicioso, num grupo que tinha orgulho de fazer do Estádio São Luís um dos campos mais difíceis do Campeonato português, o ponta-de-lança passou a fazer parte de um plantel com o hábito de “mordiscar” os lugares com acesso às competições europeias.
Nessas lutas pelos lugares cimeiros da tabela classificativa, Hassan assumiu um papel preponderante. Apontado por alguns como trapalhão ou, se preferirem, como tecnicamente desajeitado, ainda assim o atacante passou a dar muita força às ofensivas do colectivo. Veloz e como uma capacidade excepcional para conseguir desmarcar-se e aparecer isolado frente aos guardiões adversários, os remates certeiros passaram a ser o seu principal “cartão de visita”. Tantos marcou que, ainda hoje, é o maior goleador da história da agremiação algarvia. Nesse sentido, foram também os golos marcados com a camisola dos “Leões de Faro” que levaram o avançado a ser incluído, com as cores da selecção de Marrocos, nas disputas do Mundial de 1994. Já na temporada seguinte à da participação no certame organizado nos Estados Unidos da América, as suas ofensivas, para além de ajudarem o Farense a qualificar-se para as provas da UEFA, permitiram-lhe vencer o prémio de Melhor Marcador do Campeonato Nacional de 1994/95.
Com tantas metas alcançadas, o sonho de progredir na carreira começou a ganhar forma. O Benfica passou a materializar-se como o emblema certo para esse novo passo. Até certo ponto, foi. Foi, pelo menos, durante os primeiros tempos em que jogou pelas “Águias”; foi pelas vitórias que os seus golos conseguiram. Porém, a instabilidade vivida para os lados da “Luz”, começou a cobrir tudo com uma espessa impaciência. Quando uma lesão afastou o atleta dos relvados e agravado o insucesso da equipa, a necessidade de apontar culpados, esticou o dedo na direcção de Hassan.
Dois anos volvidos após a chegada a Lisboa, o ponta-de-lança regressou ao Farense. Depois de assobiado em Lisboa, alvo da ira de adeptos incapazes de entender que o mal do clube “encarnado” estava para além do desempenho dos jogadores, o Algarve voltou a acarinhar o avançado. De novo enleado na paixão pelo Farense, Hassan, com muitos anos ainda pela frente, manteve-se ligado, umbilicalmente, à colectividade e à camisola que mais marcou a sua carreira. Mesmo em tempos difíceis, mesmo quando as dificuldades financeiras empurraram os algarvios para as divisões inferiores, o jogador, sinónimo inequívoco de uma grande e nutrida paixão, recusou-se a abandonar o clube e, por aí, terminou a caminhada enquanto futebolista.
4 comentários:
Finalmente um conterrâneo marroquino! Devo no entanto realçar que a *paixão* que nutriu pelo clube que o viu nascer enquanto jogador já desapareceu faz algum tempo! Ou não tivesse sido por causa deste senhor que o Farense viu-se impossibilitado de inscrever jogadores na época transacta, tudo isto numa altura em que o ambiente no clube estava a tornar-se mais respirável, quer pelos resultados desportivos quer pela política financeira do clube.
E então, salários em atraso???!!!
É verdade que o clube tem uma dívida financeira para com o Hassan. Mas não é menos verdade que o clube não tem condições financeiras para honrar as suas dívidas no momento actual. Situação essa que só ficará resolvida quando conseguir concretizar a venda do S.Luís ou angariar patrocínios através da participação em campeonatos de um escalão superior. Desconheço o motivo que levou o Hassan a *pressionar* tanto o clube como as autoridades responsáveis. Creio que ninguem ficou a ganhar com a situação. A partir do momento em que inviabilizou o desempenho desportivo do clube acabou por comprometer o pagamento do montante a que tem direito.
Sempre ouvi dizer que o dinheiro é uma das principais causas de divórcio!!! Mas falando a sério, era atitude que não estaria à espera saída dele!!!
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