349 - PAULO PEREIRA

Continuando na senda dos gémeos (acreditem, foi pura coincidência), chamo hoje à nossa "caderneta", Paulo Pereira. Pois é, o antigo atleta, que durante vários anos jogou em Portugal, é irmão do ex-sportinguista (reparem no nome próprio) Paulo Silas. Curiosamente, o emblema de Alvalade, dentro daqueles a que nos acostumámos a chamar de "três grandes", foi o único que o antigo defesa, na passagem pelo nosso país, não envergou.
Vindo dos mexicanos do Monterrey, depois de alguns anos a actuar no Brasil, Paulo Pereira chegou à cidade do Porto para reforçar o efectivo do sector mais recuado do plantel "azul e branco" de 1988/89. Cotado como um futebolista que, sem ser brilhante no desempenho das suas funções, era bastante aplicado, o defesa acabou por provar a sua utilidade e mais-valia no seio do grupo de trabalho. Nem sempre como primeira escolha, a sua inclusão na equipa, até pela polivalência apresentada, tornou-se numa vantagem. Raramente comprometia, fosse no centro da grande-área ou na lateral-esquerda. Outra das características apresentadas pelo jogador tornou-se no forte pontapé e, por consequência a habilidade revelada na marcação de bolas paradas, nomeadamente os livres-directos e as grandes penalidades.
Com um breve interlúdio, na temporada de 1992/93, feito com as cores do Vitória Sport Clube, Paulo Pereira cumpriu 5 campanhas pelo FC Porto. Após ajudar o clube nortenho a vencer 2 Campeonatos Nacionais e 2 Taças de Portugal, em final de contrato e como um dos atletas pouco utilizados no plantel dos “Dragões”, o defesa veria o Benfica, com o treinador Artur Jorge no comando técnico, a “lançar-lhe as redes” e a aliciá-lo para uma mudança até Lisboa. Já ao serviço dos antigos rivais, o atleta encontrou um clube acabadinho de entrar numa das piores fases da sua história. Sem vencer qualquer troféu, mas com a presença, no ano de estreia pelas “Águias”, na edição de 1994/95 da “Champions”, o jogador conseguiria alguma visibilidade no estrangeiro. Essa projecção, veio a materializar-se com a sua mudança para o “Calcio”, onde, em 1996/97, passou a representar o Genoa, para na campanha de 1998/99 ainda vestir as cores do Reggina.
Já depois de, na última época referida e com 33 anos de idade, pôr um ponto final na vida como futebolista, o antigo defesa começou a dedicar-se às tarefas de treinador. Após alguns anos como adjunto do irmão Paulo Silas, Paulo Pereira, para esta época de 2012/13, aceitou o cargo de técnico-principal do Guarani. Curiosamente, no passo dado emergiu algo de engraçado: é que foi Paulo Pereira acabou a substituir Branco, de quem, durante muito tempo, foi visto como o sucessor no FC Porto.

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