403 - JORGE SILVA

É como resultado das camadas jovens do FC Porto, que Jorge Silva emerge na equipa principal "Azul e Branca". Mas nessa temporada de 1990/91, e nas vindouras, também de modo parecido, a presença de Vítor Baía e Padrão, remeteriam o inexperiente guarda-redes para a condição de terceira escolha. Na verdade, as oportunidades que teria no clube seriam quase nenhumas, e, como resultado disso, Jorge Silva pouco ou nada jogaria. Assim, entre o Rio Ave e o Estádio das Antas, encontrou-se a solução para o fazer crescer e ganhar algum traquejo na posição que escolhera como sua. Contudo, ainda conseguiria aparecer de "Dragão" ao peito, o que aconteceria na 33ª e penúltima jornada da época de 1995/96, onde, uma série de castigos e lesões por parte dos seus colegas, deram-lhe o direito de jogar, não mais de meia dúzia de minutos frente ao Estrela da Amadora, e acima de tudo deram-lhe o orgulho de receber a faixa de campeão nacional.
Apesar do título conquistado, aquilo que foi o grosso da sua carreira acabou por acontecer, também na "Cidade Invicta", mas já longe das Antas. No Salgueiros passaria os 5 anos que se seguiram. Conquistou a titularidade e a notoriedade suficiente para, a propósito de uma partida de preparação, incluída na campanha de apuramento para o Mundial de 2002, ser chamado aos trabalhos da selecção nacional. Nesse jogo de cariz particular, frente à congénere de Israel, Jorge Silva, ao substituir Quim, já nos momentos finais do encontro, faria a sua primeira e única internacionalização pela equipa principal portuguesa.
Depois dos anos passados no bairro de Paranhos, a aposta do guardião, passaria por uma mudança de ares. Esta sua decisão levá-lo-ia até ao Arquipélago dos Açores, onde vestiria a camisola do Santa Clara.
Com a presença dos micaelenses na Divisão de Honra, em 2003/04, a carreira de Jorge Silva afastou-se, de vez, do rumo da Primeira Divisão. Já após ter regressado ao Norte do país, onde foi vogando entre vários clubes, o ano de 2010 marca o fim da sua vida como futebolista.
Com términus dessa sua etapa, uma nova começaria. Na Oliveirense, onde tinha então "pendurado as luvas", encetou as suas funções de técnico-adjunto, responsável, está claro, pelo treino dos guarda-redes. Foi essa sua nova tarefa que o fez, ao assinar pelo Gil Vicente, e acompanhando João de Deus na viagem, voltar, nesta temporada de 2013/14, ao mundo dos maiores palcos do futebol nacional.

2 comentários:

João Brites disse...

Campeão no FC Porto e acho que foi o guarda-redes que mais golos sofreu do Jardel

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Miguel Pereira disse...

mais um belo GR que se perdeu. ao fim de tantos anos continuamos a desperdiçar o talento nacional.

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