Quando se completa a formação num dos históricos clubes dos
nossos campeonatos e, ainda por cima, sendo o dito emblema um frequentador
assíduo da Primeira Divisão, é normal que o atleta em causa ambicione fazer
carreira no escalão máximo. Redondo não deve ter passado ao lado de tal sonho.
E se o início da sua carreira até lhe trouxe isso mesmo, passada a primeira
temporada como sénior, a 1980/81 (durante a qual também jogou pelos juniores),
a Académica de Coimbra haveria de o arrastar para a Segunda Divisão. Azar o do
clube, azar também o do polivalente defesa que, assim, lá teve que se afastar
de um dos seus objectivos principais.
Podia este "mau olhado" ter sido minimizado, caso
a promoção dos "Estudantes" tivesse sido garantida no ano seguinte.
Mas, tal como, resumidamente, relatámos no cromo anterior, a Académica, por
essa altura (1981/82), haveria de estar envolvida num dos mais polémicos
episódios do futebol português, o que impossibilitou a sua subida. Posta de
parte a ideia da promoção da equipa, e por consequência a do atleta, não houve
outro remédio se não continuarem todos afastados dos palcos maiores do futebol
luso.
Foi, talvez, com o intuito de regressar à Primeira Divisão,
e já depois de representar a União de Coimbra, que Redondo decide arriscar no
Beira-Mar. Não fosse a paciência uma virtude e, por ventura, também esta aposta
tinha saído furada. A verdade é que o ano de 1988, ao fim de 3 temporadas no
Estádio Mário Duarte, marca o regresso dos aveirenses ao almejado escalão
máximo. Cumprido este primeiro objectivo, o que daí adveio é, também, fácil de
adivinhar: Redondo quereria, com certeza, conquistar a titularidade neste novo
patamar. Foi o que aconteceu. Durante as 4 épocas que se seguiram - entre
1988/89 e 1991/92 -, Redondo foi um dos nomes com presença garantida no
escalonamento do "onze" do Beira-Mar. Este cumprir de meta fez com que
o defesa ultrapassasse a centena de partidas disputadas, o que, naturalmente, o
transformou num dos nomes a reter no desporto, entre o fim dos anos 80 e o princípio
dos 90.
Saiu do Beira-Mar, depois de um registo de jogos totalmente
oposto ao habitual, no final da temporada de 1992/93. A partir de então, ainda
assim com nova passagem, ao serviço do Tirsense, pela Primeira Divisão, a sua
carreira entrou numa fase descendente. Haveria de pôr um "ponto
final" na mesma, em 1997, depois de ter vestido a camisola da Sanjoanense.
1 comentário:
Grande, tanto como jogador, como Homem com um grande coração, de quem me orgulho de ser amigo! Abraço, Broas!
(Retirado do Facebook a 28/12/2013
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