Oriundo de um lar com vincadas tradições no futebol português, onde o pai e o irmão, respectivamente Paulista e Vasco, almejariam tornar-se figuras maiores da história do Clube Desportivo das Aves, seria também no popular emblema sediado no Concelho de Santo Tirso que Vítor Manuel daria continuidade ao uso familiar. Depois de cumprir a formação com o listado alvirrubro, o médio, corria a temporada de 1988/89, subiria à equipa principal. Mesmo com as dificuldades inerentes a um desafio mais exigente, a sua evolução, um par de anos após a estreia como sénior, levá-lo-ia a assumir no grupo de trabalho um papel de maior monta. Sempre a disputar a 2ª divisão, essa importância, sublinhada pela época de 1992/93, em que, para além da titularidade, também conseguiria destacar-se por uma boa quantidade de golos marcados, levá-lo-ia a ser tido como um bom reforço para colectividades primodivisionárias. Nesse sentido, seria em Lisboa que viria a arranjar nova morada.
Ao serviço do Belenenses a partir da campanha de 1993/94, muito para além dos primeiros passos dados no escalão máximo do futebol nacional, Vítor Manuel manter-se-ia como um centrocampista de bons índices físicos, fortes características defensivas, mas também como um intérprete com bastante criatividade. Essas qualidades dar-lhe-iam um lugar de destaque na época de estreia entre os “grandes”, conseguindo marcar presença em grande parte das pelejas agendadas aos “Azuis”. Curiosamente, a temporada seguinte pautar-se-ia por uma maior discrição e esse facto levaria o atleta a procurar um novo destino.
No Alentejo, as 4 temporadas a envergar as cores do Campomaiorense tornar-se-iam, na minha humilde opinião, no melhor período da carreira de Vítor Manuel. Com 3 campanhas disputadas no patamar máximo, o único ano passado no escalão secundário, entregaria ao currículo do atleta o título de campeão da Divisão de Honra. Claro está que o momento de maior importância vivido com os “Galgos” viria a ser a presença na final da edição de 1998/99 da Taça de Portugal. Ao ser chamado à convocatória pelo treinador José Pereira, a participação do médio no derradeiro desafio da denominada “Prova Rainha” começaria no banco de suplentes. Entraria em jogo ainda com o resultado num empate a zeros. Todavia, a sua presença em campo seria insuficiente para evitar a vitória adversária e, com o “placard” final a marcar 1-0, veria o Beira-Mar a erguer o prestigiado troféu.
Seguir-se-ia na caminhada profissional do atleta a ligação ao Farense. À capital algarvia chegaria na temporada de 1999/00 e para trabalhar com João Alves, um dos técnicos presentes na passagem do jogador pelo emblema de Campo Maior. Mesmo com a saída do referido treinador a meio da sua primeira época em Faro, o trabalho do médio não perderia relevância e Vítor Manuel manter-se-ia como um dos elementos mais utilizados. Ainda assim, no final do segundo ano dar-se-ia o fim da união entre o centrocampista e a agremiação do Sotavento. Mantendo-se na 1ª divisão, a campanha de 2001/02 vivê-la-ia ao serviço do Varzim. Porém, a descida de patamar dos poveiros e um, mais que certo, apelo do coração, levá-lo-ia, em 2002/03, a voltar ao Desportivo das Aves – "Estes nove anos em que estive fora do clube deram-me maturidade e força para poder ajudar mais (…). Entendi que era o momento para regressar. Por isso, aqui estou no máximo dos meus recursos para dar tudo o que sei"*. Ora, a força revelada perante os órgãos de comunicação social, mesmo tendo em conta o retorno ao 2º escalão, daria os seus frutos alguns depois. Em 2006/07, com as cores do emblema da sua terra natal, voltaria à 1ª divisão e no final do Campeonato daria como terminada a caminhada na alta-competição.
*retirado do artigo publicado em www.record.pt, a 08/07/2002
Ao serviço do Belenenses a partir da campanha de 1993/94, muito para além dos primeiros passos dados no escalão máximo do futebol nacional, Vítor Manuel manter-se-ia como um centrocampista de bons índices físicos, fortes características defensivas, mas também como um intérprete com bastante criatividade. Essas qualidades dar-lhe-iam um lugar de destaque na época de estreia entre os “grandes”, conseguindo marcar presença em grande parte das pelejas agendadas aos “Azuis”. Curiosamente, a temporada seguinte pautar-se-ia por uma maior discrição e esse facto levaria o atleta a procurar um novo destino.
No Alentejo, as 4 temporadas a envergar as cores do Campomaiorense tornar-se-iam, na minha humilde opinião, no melhor período da carreira de Vítor Manuel. Com 3 campanhas disputadas no patamar máximo, o único ano passado no escalão secundário, entregaria ao currículo do atleta o título de campeão da Divisão de Honra. Claro está que o momento de maior importância vivido com os “Galgos” viria a ser a presença na final da edição de 1998/99 da Taça de Portugal. Ao ser chamado à convocatória pelo treinador José Pereira, a participação do médio no derradeiro desafio da denominada “Prova Rainha” começaria no banco de suplentes. Entraria em jogo ainda com o resultado num empate a zeros. Todavia, a sua presença em campo seria insuficiente para evitar a vitória adversária e, com o “placard” final a marcar 1-0, veria o Beira-Mar a erguer o prestigiado troféu.
Seguir-se-ia na caminhada profissional do atleta a ligação ao Farense. À capital algarvia chegaria na temporada de 1999/00 e para trabalhar com João Alves, um dos técnicos presentes na passagem do jogador pelo emblema de Campo Maior. Mesmo com a saída do referido treinador a meio da sua primeira época em Faro, o trabalho do médio não perderia relevância e Vítor Manuel manter-se-ia como um dos elementos mais utilizados. Ainda assim, no final do segundo ano dar-se-ia o fim da união entre o centrocampista e a agremiação do Sotavento. Mantendo-se na 1ª divisão, a campanha de 2001/02 vivê-la-ia ao serviço do Varzim. Porém, a descida de patamar dos poveiros e um, mais que certo, apelo do coração, levá-lo-ia, em 2002/03, a voltar ao Desportivo das Aves – "Estes nove anos em que estive fora do clube deram-me maturidade e força para poder ajudar mais (…). Entendi que era o momento para regressar. Por isso, aqui estou no máximo dos meus recursos para dar tudo o que sei"*. Ora, a força revelada perante os órgãos de comunicação social, mesmo tendo em conta o retorno ao 2º escalão, daria os seus frutos alguns depois. Em 2006/07, com as cores do emblema da sua terra natal, voltaria à 1ª divisão e no final do Campeonato daria como terminada a caminhada na alta-competição.
*retirado do artigo publicado em www.record.pt, a 08/07/2002
1 comentário:
É pai do Vitinha que joga no FCP
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