1684 - REINALDO

 

Seria ao serviço do Ginásio de Alcobaça que Reinaldo Almeida Lopes da Silva teria o arranque da caminhada enquanto sénior. No entanto, 1982/83 não seria apenas a campanha de estreia do ponta-de-lança na equipa principal. Com a temporada a representar o começo do trajecto do referido clube no Campeonato Nacional da 1ª divisão, a visibilidade que o atleta conseguiria conquistar abrir-lhe-ia as portas para outros cenários competitivos. Nesse campo, as chamadas às jovens equipas sob a alçada da Federação Portuguesa de Futebol acabariam a sublinhar as expectativas depositadas no avançado. Com a partida inicial com a “camisola das quinas” a ocorrer a 13 de Abril de 1983, esse jogo de preparação disputado frente à Argélia, onde concretizaria um golo, daria jus, sempre integrado nos “esperanças” lusos, a outras partidas de cariz internacional. Seguir-se-iam mais chamadas, as quais, num total de 5 partidas por Portugal, terminariam com a sua participação, chamado por António Oliveira, à edição de 1987 do Torneio de Toulon.
Retornando ao percurso clubístico, o avançado, mesmo com a concorrência de atletas como Cavungi ou João Cabral, acabaria por merecer algumas oportunidades no conjunto sediado na região do Oeste. Se acrescentarmos, a essas partidas disputadas no âmbito das provas nacionais, os jogos cumpridos pela selecção portuguesa, então, facilmente perceberemos, perante a teimosa militância do Ginásio de Alcobaça no patamar secundário, o interesse de outras colectividades na contratação do jovem atacante.
A mudança levaria Reinaldo a ser apresentado, na temporada de 1984/85, como reforço da Académica de Coimbra. Já como elemento da “Briosa”, o ponta-de-lança apontaria a um lugar de destaque dentro do plantel. Tanto na época de chegada à “Cidade dos Estudantes, como nas seguintes, o jogador vincar-se-ia como um dos membros mais activos no seio da equipa. A sua importância para os diferentes técnicos fá-lo-ia apontar sempre para uma possível presença no “onze” inicial. Recorrentemente chamado à titularidade, a descida dos “Estudantes” no termo da campanha de 1987/88 não impediria a sua continuidade ao serviço do conjunto a vestir de negro. Todavia, a insistência da Académica de Coimbra nos resultados colectivos a impossibilitar o regresso ao convívio com os “grandes”, empurraria o ponta-de-lança para uma mudança de emblema e seria o Penafiel a acolher as suas ambições primodivisionárias.
No emblema duriense, onde, em 1990/91, voltaria a trabalhar com Vítor Manuel, seu antigo treinador na Académica, Reinaldo, tal como tinha acontecido em épocas anteriores, rapidamente asseguraria um lugar como titular. Curiosamente, o ano seguinte ao da sua entrada no Estádio Municipal 25 de Abril, no qual não seria utilizado com tanta regularidade, terminaria com a descida do clube. Depois de mais uma campanha nas pelejas do patamar secundário, uma nova mudança de colectividade acabaria a encaminhar o jogador para os principais palcos do cenário futebolístico português. Ainda assim, a transferência para o plantel de 1993/94 da União de Leiria, não cumpriria, de imediato, os objectivos da tal subida. A projectada meta emergiria apenas na época seguinte à da chegada à “Cidade do Lis”, campanha, no decorrer da qual, mais uma vez, seria orientado por Vítor Manuel.
Numa carreira a escrever os derradeiros capítulos, a passagem de um ano pelo Campomaiorense serviria para acrescentar ao seu currículo a vitória na divisão de Honra de 1996/97. Contudo, a tal conquista não viria a traduzir-se na sua continuidade na agremiação alentejana. Contrariamente ao que os desempenhos do ponta-de-lança poderiam indiciar, o retorno à divisão maior não cativaria o jogador e a sua preferência empurrá-lo-ia para o regresso a um clube, por si, bem conhecido. De volta à União de Leiria, tal como tinha acontecido ao serviço dos “Galgos”, o atleta daria um enorme contributo para o triunfo naquele que é o segundo degrau luso. Dessa feita, o avançado manter-se-ia com a mesma camisola e tal opção, na temporada de 1998/99, devolvê-lo-ia ao convívio com os “grandes”. Conservar-se-ia nesse contexto competitivo por mais uma campanha e a temporada seguinte traduzir-se-ia pelo arranque na “Cidade do Lis”, pela mudança para a Académica de Coimbra e pela decisão de “pendurar as chuteiras” com o termo de 1999/00.

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