Aquando da entrada na década de 1970, a Académica de Coimbra parecia querer habituar os seus adeptos à presença nas competições sob a alçada da UEFA. Para qualquer jovem em idade de formação, ver o seu emblema nessas altas andanças deve ter sido, pela certa, sinónimo de motivação extra. Com Vítor Manuel, que por altura da brilhante participação na da Taça dos Clubes Vencedores das Taças de 1969/70, pertencia ao escalão júnior dos "Estudantes", não deverá ter sido muito diferente.
Sénior a partir da temporada de 1971/72, Vítor Manuel ainda veria a sua "Briosa" atingir as provas europeias por mais uma vez. Contudo, na campanha referida no começo deste parágrafo, os planos desportivos para o jovem polivalente, que podia jogar a médio ou a defesa, afastá-lo-iam da equipa principal dos “Estudantes”, passando maior parte do tempo com os “reservas”. Tal razão faria com que nunca experimentasse a emoção de participar numa competição de índole continental. Porém, nem esse facto diminuiria a paixão sentida pelas camisolas da Académica. Alimentado por tal sentimento, envergaria as cores do emblema conimbricense durante uma década e a sua entrega à “Briosa”, tanto como futebolista, como noutras funções, haveriam de inscrevê-lo na história do clube.
Mesmo com um bom trajecto nos relvados, o mediatismo de que auferiria enquanto treinador dar-lhe-ia uma visibilidade muito própria. Com um estilo inconfundível, o “mister” Vítor Manuel incutiria às suas equipas um tom sublinhadamente aguerrido que, vezes sem conta, permitiriam aos colectivos por si orientados excederem-se, na tabela classificativa, para além do espectável. No entanto, apesar de muitas épocas como técnico-principal no escalão maior do futebol português, uma das suas grandes recordações, muitas vezes referida pelo próprio, reportar-se-ia à temporada de estreia nas funções de “timoneiro” e ao 4-4 que, à frente da Académica, conseguiria em Alvalade – "Foi um jogo emocionante, com aquele golo do Ribeiro, marcado de livre mesmo no final [aos 83 minutos], em que o Damas foi para um lado e a bola caiu devagar no canto da baliza. Impressionante, parece que estou a ver aquilo"*.
Depois de, por doença, ter feito um interregno no futebol, durante o qual o vimos no papel de comentador desportivo, Vítor Manuel, nos últimos anos tem andado mais por África. Aliás, seria ao serviço do 1º de Agosto, que o técnico português venceria o seu primeiro título, ou seja, a Taça de Angola.
Sénior a partir da temporada de 1971/72, Vítor Manuel ainda veria a sua "Briosa" atingir as provas europeias por mais uma vez. Contudo, na campanha referida no começo deste parágrafo, os planos desportivos para o jovem polivalente, que podia jogar a médio ou a defesa, afastá-lo-iam da equipa principal dos “Estudantes”, passando maior parte do tempo com os “reservas”. Tal razão faria com que nunca experimentasse a emoção de participar numa competição de índole continental. Porém, nem esse facto diminuiria a paixão sentida pelas camisolas da Académica. Alimentado por tal sentimento, envergaria as cores do emblema conimbricense durante uma década e a sua entrega à “Briosa”, tanto como futebolista, como noutras funções, haveriam de inscrevê-lo na história do clube.
Mesmo com um bom trajecto nos relvados, o mediatismo de que auferiria enquanto treinador dar-lhe-ia uma visibilidade muito própria. Com um estilo inconfundível, o “mister” Vítor Manuel incutiria às suas equipas um tom sublinhadamente aguerrido que, vezes sem conta, permitiriam aos colectivos por si orientados excederem-se, na tabela classificativa, para além do espectável. No entanto, apesar de muitas épocas como técnico-principal no escalão maior do futebol português, uma das suas grandes recordações, muitas vezes referida pelo próprio, reportar-se-ia à temporada de estreia nas funções de “timoneiro” e ao 4-4 que, à frente da Académica, conseguiria em Alvalade – "Foi um jogo emocionante, com aquele golo do Ribeiro, marcado de livre mesmo no final [aos 83 minutos], em que o Damas foi para um lado e a bola caiu devagar no canto da baliza. Impressionante, parece que estou a ver aquilo"*.
Depois de, por doença, ter feito um interregno no futebol, durante o qual o vimos no papel de comentador desportivo, Vítor Manuel, nos últimos anos tem andado mais por África. Aliás, seria ao serviço do 1º de Agosto, que o técnico português venceria o seu primeiro título, ou seja, a Taça de Angola.
*retirado do artigo publicado a 18 de Janeiro de 2003, em www.record.pt
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