930 - GERMANO

Após emergir das “escolas” do Sporting pela mão de John Toshack, os poucos jogos disputados nas temporadas de 1983/84 e 1984/85 levariam os responsáveis leoninos a equacionar a sua cedência. Nesse sentido, as 3 campanhas seguintes seriam passadas na condição de “emprestado” – “Ingressei na época de 85-86 no SC Covilhã devido a estar ligado contratualmente ao Sporting Clube de Portugal e sendo o Covilhã uma filial, demos preferência ao clube para poder jogar com mais regularidade e ganhar experiência. Na época 87-88 foi totalmente diferente, porque tinha o SC Farense, que representei na época anterior, interessado na minha continuidade, assim como outros clubes da 1ª divisão, mas optei pelo Covilhã, por ter adorado a cidade e o clube”*.
Seria também ao serviço dos “Serranos” que Germano voltaria às selecções lusas. Tendo vestido as cores nacionais nos diversos escalões de formação, o defesa acabaria por ter a oportunidade de, mais uma vez, jogar por Portugal. As ditas chamadas seriam, acima de tudo, a prova de que era uma das grandes promessas do nosso futebol. Esse estatuto, juntamente com a experiência que tinha adquirido no escalão principal, transformá-lo-iam num atleta de cariz primodivisionário. Tal aferição levaria a que outros emblemas fossem no seu encalço. No meio disso tudo, a transferência do internacional Miguel do Vitória de Guimarães para Alvalade, levaria a que o central viajasse no sentido contrário.
A chegada à “Cidade Berço” em 1988/89, transformar-se-ia no melhor período da sua carreira. Tido como um jogador disciplinado tacticamente e lutador, a sua estatura física ajudaria também a que Germano ganhasse um lugar no centro da defesa vimaranense. Durante as 3 primeiras temporadas o defesa seria um dos mais utilizados no plantel. Visto como um exemplo, também a braçadeira de “capitão” seria entregue à sua responsabilidade. No entanto, o que parecia ser uma rampa de lançamento para novos sonhos, acabaria por conhecer alguns infortúnios. Afectado por graves lesões, o atleta acabaria por ser ultrapassado por outros colegas. Ainda assim, a sua passagem pelo Vitória de Guimarães seria bastante positiva. Rescaldo feito e esse período de 5 anos saldar-se-ia pela luta dos lugares cimeiros na tabela classificativa, pela participação nas competições europeias e, acima de tudo, pela conquista da Supertaça de 1988/89.
O que restou da sua carreira seria, na sua maioria, passada na 1ª divisão. O União da Madeira serviria assim para as 2 derradeiras temporadas entre os “grandes”. Mesmo havendo fontes que referem uma última aparição ao serviço do Seixal, Germano terminaria o seu percurso profissional com 30 anos de idade. Após o fim da sua caminhada como desportista, o antigo defesa afastar-se-ia do futebol. Desde então, tem-se dedicado aos seus negócios, nomeadamente na gestão de uma oficina de automóveis, de um salão de beleza e de um cabeleireiro.

*retirado da entrevista publicada em http://www.historiascc.com

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