604 - GERD MÜLLER

Foi logo nos seus primeiros tempos de Bayern de Munique que o seu treinador, um jugoslavo de nome Cajkovski, o apelidou como o “pequeno gordo Müller”. Não muito agradado com o baptismo, o jovem futebolista ainda não se tinha apercebido que seria a sua fisionomia atípica, que haveria de o favorecer no mundo do futebol.
Ora, num atleta de alta competição, não se está à espera de ver umas pernas desproporcionalmente curtas; ninguém conta que 1,74m e 70 e alguns quilos possam fazer um grande adversário. Contudo, aquilo que parecia estranho aos olhos de muitos, talvez até ao próprio, era o que permitia a Müller destacar-se. O seu baixo centro de gravidade, aliado a um corpo robusto, dava ao avançado a habilidade de conseguir baralhar os seus oponentes. Ao mesmo tempo que ia mostrando alguma vantagem no contacto físico, as fintas curtas e estonteantes, a facilidade de rodar sobre si próprio, as arrancadas fulminantes e um pontapé fortíssimo, eram as suas qualidades. Os golos, que sucediam como resultado de todo o seu trabalho, não deixavam de ser o mais apetecível em si. Mas apesar dos resultados logo demonstrados no TSV 1861 Nördlingen, a sua transferência para o emblema de Munique não haveria de ser um “mar de rosas”.
Comparando Müller a um halterofilista, Cajkovski foi deixando o atacante fora das suas escolhas. Já a temporada de 1964/65 ia a mais de um terço, quando, dizem que por pressão do presidente, é dada ao atacante a sua primeira chance. Essa primeira partida de Müller, não digo que marque uma fase de viragem na história do Bayern. Contudo, é impossível de deixar de pensar que a mesma haveria de se tornar, pelo menos, num sublinhar daquilo que estava a acontecer no clube. Ora, numa altura em que os bávaros militavam apenas no segundo escalão germânico, aquilo que Müller trouxe ao plantel, foi o poderio atacante que faltava a esse grupo. Num balneário onde despontavam nomes como Sepp Maier ou Franz Beckenbauer, a contratação de um bom avançado foi o tónico necessário para fazer renascer o emblema. O primeiro resultado visível dessa renovação, seria a promoção à “Bundesliga”. A seguir, quase de rompante, começariam a surgir os títulos – colectivos para o Bayern, individuais para Gerd Müller.
Quando no início dos anos 80, ao serviço dos Fort Lauderdale Strikers (Estados Unidos da América), Müller pôs um ponto final na sua vida profissional, os números da sua carreira mostravam um êxito inequívoco. No seio de um Bayern de Munique que, na década de 70, dominaria o futebol alemão e europeu, os títulos acabariam por se suceder em catadupa. 4 Campeonatos, 4 Taças da R.F.A., 1 Taça dos Vencedores da Taças, 1 Taça Intercontinental e 3 (consecutivas) Taças dos Campeões Europeus, fariam do currículo do atacante um dos mais ricos da história da modalidade. No entanto, também pela selecção o seu trajecto foi de sucesso. Pela “Mannschaft” ganharia o Euro 72 e o Mundial de 1974. No dito Europeu, já depois do título de goleador conquistado no Mundial de 1970, também venceria a disputa para o Melhor Marcador. E se é para falar de metas individuais, então podemos referir os 7 troféus de goleador na “Bundesliga”, as 2 Botas d’Ouro, o Ballon d’Or da “France Football” ou, ainda, os 2 títulos de Melhor Jogador do Ano no Campeonato alemão!!!
Como curiosidade, e para reforçar a ideia da grandeza do jogador, há que dizer que muitos recordes, alguns que ainda se mantêm, foram da sua autoria. Foi, até 2006, o melhor marcador da história dos Mundiais, com 14 golos; a sua marca de 67 golos, prevaleceu até 2012 como a melhor numa só época; e, na agora denominada Liga dos Campeões, os seus golos, para além de o fazerem chegar ao topo da tabela dos melhores marcadores por 4 vezes, mantêm-no, ainda, como o atleta com melhor média de golos por partidas disputadas.

603 - GENTO

Pouco mais de uma dezena de jogos, seriam suficientes para que o Real Madrid decidisse apostar num extremo esquerdo que, na temporada de 1952/53, acabava de fazer a sua estreia profissional no Racing de Santanter.
Francisco Gento, esse dito jovem, era de uma família de desportistas. O seu pai, também ele futebolista, tinha sido a principal influência, o verdadeiro impulsionador, para que os seus filhos seguissem uma carreira na modalidade que o apaixonava. Francisco, o mais velho, acabaria por ser o que mais se destacaria, mas também António e Julio teriam uma brilhante carreira, ajudando a destacar o nome Gento no desporto mundial.
É curioso dizer-se que aquilo que, desde muito cedo, impressionou em Gento, acabaria por provocar alguns apupos no início da sua carreira. No Real Madrid, nesses primeiros jogos, aquilo que era a sua principal arma, a velocidade, de tão estonteante que era, trazia-lhe muitos dissabores – “Eu corria tão depressa que me esquecia de levar a bola comigo”*!!! Na verdade, não era só aos adeptos que as suas inconsequentes corridas desagradavam. Os seus colegas de equipa também se queixavam. Primeiro, porque ninguém conseguia acompanhar as suas avançadas e, depois, porque isolado na frente de ataque, a sua técnica, ainda um pouco imberbe, era sinónimo de bola perdida.
Esse paradigma acabaria por mudar com a chegada de Héctor Rial e Alfredo Di Stéfano. Os dois sul-americanos, apercebendo-se das qualidades de Gento, mas, igualmente, do muito que ainda tinha que ser talhado, começariam a moldá-lo às necessidades do colectivo. Nesse sentido, Gento começou a saber controlar a sua impetuosidade, a moderar as suas corridas de maneira a que conseguisse jogar com os seus parceiros. Aprendeu a dominar melhor o esférico e, essencialmente, aprendeu a fazer dos seus cruzamentos uma oferta para quem, na área adversária, procurava empurrar a bola para dentro das redes.
É neste contexto, no de um plantel recheado de excelentes executantes, que o Real Madrid e Gento avançam para a primeira edição da Taça dos Campeões Europeus – “Eu tenho que confessar que nós não tínhamos ideia do quão importante o torneio iria tornar-se. Nós íamos e jogá-lo e foi isso. Ninguém nos explicou o que iria acontecer, nem o formato da competição, nem que ia ser uma coisa tão importante nos anos vindouros”**.
Rapidamente, esta normal ingenuidade, inerente a uma competição que dava os seus primeiros passos, dá lugar a uma máquina devoradora de títulos. O extremo esquerdo, ao lado dos seus companheiros de equipa, vence a taça de 1955/56. Conquista, igualmente, as 4 edições que se seguiriam e, com tudo isto e mais uma vitória do Real Madrid em 1965/66, torna-se no único futebolista a contar com 6 Taças dos Campeões Europeus no seu currículo.
O sucesso do internacional espanhol acabaria por se estender muito para além das competições europeias. Também no panorama interno, os “Merengues” mostravam a sua superioridade. Os 12 Campeonatos ganhos por Gento, durante os 18 anos em que vestiu as cores “madridistas”, são a prova cabal desse poderio. Faltou-lhe, talvez, uma coisa na carreira. Ele que viria a capitanear, tanto o seu clube, como a equipa nacional, e que participou nos Mundiais de 1962 e 1966, falhou o primeiro grande sucesso da selecção espanhola. Nesse Euro de 1964, o nome de Gento não haveria de constar nos convocados para a fase final. O atacante acabaria por não ajudar a erguer esse troféu, cuja final seria disputada no seu estádio, no Santiago Bernabéu.



*artigo de Rory Smith em www.espnfc.com, a 21/08/2004
**artigo de Ian Rogers em www.dailymail.co.uk, a 08/09/2015

602 - BABAYARO

O Mundial s-17, realizado em 1993 no Japão, seria a casa da partida para um grupo de jovens futebolistas. No seio dessa selecção nigeriana, estava Celestine Babayaro, que de jovem promessa do Plateau United passaria a forte aposta do Anderlecht.
É logo na temporada de estreia pelos belgas, que o atleta entra para a história daquele que é considerado o mais apetecível troféu de clubes. No dia 23 de Novembro de 1994, frente ao Steaua de Bucareste, Babayaro, que contava com 16 anos e 87 dias, consegue estabelecer dois recordes. Torna-se, ao entrar a titular, no jogador mais jovem de sempre a participar na Liga dos Campeões … e, ao ser expulso aos 37 minutos, no jogador mais novo a levar um cartão vermelho na Liga dos Campeões!!!
Curiosidades à parte, as capacidades físicas de Babayaro, onde a velocidade era a sua maior arma, acabariam por fazer com que o jogador, mais depressa que os demais, conseguisse vingar na modalidade. A sua rápida ascensão no Anderlecht, mas, principalmente, a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1996, haveriam de transformar o defesa, num dos atletas mais apetecíveis do mercado.
Ora, é nesta senda que o Chelsea chega à sua vida. Num clube que ainda não era o portento de hoje em dia, a presença de craques como Ruud Gullit, Vialli, Zola, entre mais uns quantos, não intimidaria o nigeriano. Passo-a-passo foi conseguindo o seu lugar; contribui, logo no seu ano de estreia, para a vitória na Taça das Taças; e ao cabo da sua segunda temporada (1998/99), já era uma das presenças habituais no onze dos “Blues”.
É a chegada de José Mourinho ao comando dos londrinos, que faz com a sua preponderância na equipa diminua abruptamente. Sem espaço para expor o seu futebol, é ainda nessa época de 2004/05 que, ao fim de 7 anos e meio, Babayaro deixa o Chelsea. Contudo, o currículo que já tinha por essa altura, no qual contava com a presença em 2 Campeonatos do Mundo (1998 e 2002), fariam com que a sua colocação noutro clube fosse fácil.
Quem o recebe de braços abertos é Bobby Robson. A mudança para Newcastle trás de volta o aguerrido defesa. Forte a defender e, resultado de uma boa técnica, com os seus perigosos cruzamentos para as áreas adversárias, Babayaro volta a mostrar o seu brilho na Premier League. No entanto, esta fase inicial acaba por dar lugar a um período de azar na sua carreira. Perseguido pelas lesões e com as recuperações afectadas pelo excesso de peso, o lateral esquerdo vê o seu regresso à boa forma continuamente adiado.
Este contexto acaba por se prolongar de tal modo que, emblema e atleta chegam a um acordo para a rescisão mútua de contrato. Sem ligação a nenhum clube, Babayaro tenta relançar-se profissionalmente nos Estados Unidos da América. No entanto, a aposta nos L.A. Galaxy revela-se errada e, pouco tempo depois de assinar pelos californianos, e sem disputar qualquer partida oficial, o jogador é dispensado.
É neste trilho descendente que Babayaro regressa a Inglaterra. Treina com o Portsmouth; fala-se num contracto, mas nada acontece. Nisto, o jogador, que pouco mais tinha do que 30 anos, anuncia-se fora do futebol. Pouco tempo depois viria a pior revelação da sua vida… Babayaro havia declarado bancarrota.

601 - BALLOTTA

A longevidade da sua carreira e a quantidade de emblemas que foi representando ao longo de todos esses anos, seriam matéria, mais do que suficiente, para umas largas horas de conversa ou, neste caso, para uma boa série de parágrafos. Como o espaço e o tempo que a mim me cabem padecem de alguns limites, tentarei resumir ao essencial a vida profissional deste guarda-redes.
Os primeiros clubes que em que jogaria, o Bologna, onde poucas chances teve, e outros quantos emblemas de menor monta, representariam para Ballotta os anos iniciais como futebolista. Já as 6 épocas que se seguiriam, a vestir as cores do Modena, acabariam por ser, finalmente, sua porta de entrada para a “Serie A”.
Ao fim de uma década a cirandar pelas divisões secundárias, as exibições pelo clube da cidade de Enzo Ferrari, levariam o Cesena (1990/91) a apostar no seu concurso. Ora, essa meia temporada passada entre os grandes palcos italianos, fez com que o guardião começasse a merecer a atenção de alguns dos maiores emblemas do “Calcio”. Segue-se o Parma e seguem-se os títulos. Contudo, a Taça UEFA (1991/92), a Taça das Taças (1992/93) e a Supertaça Europeia (1993/94) conquistadas pelo seu novo clube, acabariam por ser parco prémio para convencer Ballotta a abdicar de alguma regularidade no “onze” inicial.
Seria para tentar a titularidade que Ballotta, nos anos que se seguiriam, veste as cores de Brescia e Reggiana. É, igualmente, neste presumível passo atrás, que o atleta acaba por encontrar um novo tónico para a sua vida profissional. O resultado desse pequeno “sacrifício”, acabaria por ser a sua transferência para a Lazio. No entanto, a mudança para o emblema da capital, leva Ballotta de volta a um paradigma já por si vivido: muitos troféus, mas poucos jogos.
As conquistas do Scudetto (1999/00), das 2 Taças de Itália (1997/98; 1999/00), da Taça das Taças (1998/99) ou, ainda, da Supertaça Europeia (1999/00), são, inegavelmente, mais um marco na vida de Ballotta. No entanto, muito mais do que aquilo que venceu na sua primeira passagem pela Lazio, o momento mais curioso da sua carreira aconteceria no seu regresso ao clube. Ora, a 18 de Setembro de 2007, o Olympiacos recebia em casa a Lazio. A data, que de especial nada parecia ter, representava para Ballotta qualquer coisa como 43 anos e 168 dias de vida. Pois, ao entrar em campo nesse jogo, o guarda-redes haveria de quebrar mais um recorde. Depois de ultrapassar Dino Zoff, como o atleta mais velho a disputar uma partida na “Serie A”, Ballotta, a partir desse encontro realizado na cidade de Pireu, tornar-se-ia, também ele, no futebolista mais velho de sempre a participar na Liga dos Campeões.

600 - JOÃO MARTINS

Quando Gabriel Hanot, afamado jornalista do ”L’Equipe” e antigo internacional francês, pensou numa competição que opusesse os grandes emblemas dos diversos campeonatos europeus, nunca João Martins supôs que o seu nome fosse eternizado nas crónicas do futebol.
No entanto, muito antes da criação da Taça dos Clubes Campeões Europeus, já o gosto pelo desporto preenchia a vida do avançado. Na sua terra natal, nos intervalos que a vida da indústria corticeira concedia, João Martins lá ia dando uns pontapés na bola, com as cores do Sport Lisboa e Sines.
As suas habilidades com o esférico, principalmente aquelas que o empurravam em direcção à baliza, rapidamente entrariam no boca-a-boca dos entusiastas da modalidade. É indo de encontro à sua fama que o Olhanense endereça um convite ao avançado. João Martins segue para o Algarve, treina e agrada. Contudo, a paixão que nutria pelo futebol acabaria por não conseguir superar algo muito mais importante… e as saudades, um mês apôs a sua partida, fazem-no regressar a casa.
O capítulo seguinte da sua carreira, quase que terminava no mesmo fracasso do anterior. Desta feita no Barreiro, o destino de João Martins era a CUF. Tal como na aventura sucedida no Sul do país, o avançado começa por deliciar os técnicos e dirigentes da equipa. Encantaria de tal modo, que é já no preâmbulo do seu primeiro jogo, em pleno balneário, que a polémica rebenta. Ao ver que o emprego prometido pelos responsáveis do grupo industrial não aparecia, João Martins recusa-se a entrar em campo, acabando por nunca se estrear.
O dito impasse haveria de se prolongar até que o Sporting aparece em cena. O convite dos “Leões” faz com que o atacante atravesse o Tejo, em direcção a Lisboa. O pior é que no Lumiar, onde o clube jogava à altura, morava uma equipa que contava com uma frente de ataque de respeito. Ora, partilhar a cabine com os “Cinco Violinos”, reduz muito a esperança de alguém conseguir um lugar.
Seria esse mesmo paradigma que acabaria por regrar os primeiros anos de João Martins no Sporting. Suplente de Albano ou de Jesus Correia, haveria de ser, no entanto, a reforma de Peyroteo a abrir-lhe um lugar no “onze” leonino. É então, como avançado-centro, que consegue impor-se. Marca golos, decide troféus e torna-se de tal importância no seio da equipa que ganha o apelido de “Sexto Violino”.
É já com o estatuto de internacional que, a 4 de Setembro de 1955, João Martins é escalonado para o embate frente ao Partizan de Belgrado. O desafio marcado para o Estádio Nacional, assinala, somente, o primeiro jogo da recém-criada Taça dos Clubes Campeões Europeus. O facto, por si só, seria mais do que suficiente para que todos aqueles que nele participavam, ficassem na história do desporto. Contudo, o avançado português faria muito mais e aos 14 minutos do tempo inicial, inaugura o “placard”. Esse tento, num currículo que viria a contar com 7 títulos de campeão nacional, 1 Taça de Portugal e 1 troféu de melhor marcador do Campeonato, faz do avançado um pouco mais. João Martins, com esse golo, entra na história do futebol mundial, como o primeiro de sempre a marcar, naquela que hoje é conhecida como “Champions”.

599 - RAÚL

Todos nós identificamos Raúl como um dos símbolos do Real Madrid, certo? E então, se vos disser que foi com as cores do Atlético de Madrid que o avançado começou a ganhar destaque!!!
Pois é, tinha 13 anos quando o seu pai o levou a treinar com os “Colchoneros”. O sucesso foi imediato. Golos atrás de golos, levavam a crer que ali estava uma das maiores pérolas dos da capital espanhola. É então que Jesus Gil y Gil, polémica personagem da história do clube, decide terminar com as camadas jovens. Ora, sem lugar para praticar a modalidade que tanto o apaixonava, Raúl muda-se para os rivais do Real Madrid.
Após terminada a formação, os passos iniciais com a principal camisola dos “Merengues”, surgiriam na temporada de 1994/95. Logo nesse primeiro instante, Raúl, ao bater o recorde de jogador mais novo de sempre a vestir as cores seniores do clube, mostraria que estava ali para assegurar um lugar na história do Real Madrid.
Bem, é certo que numa equipa como a sua, a probabilidade de se atingirem bons resultados é grande. Ainda assim, Raúl, numa carreira que teve 16 anos de Real Madrid, conseguiu desafiar todas as estatísticas. Os números, sem qualquer margem para especulações, falam por si. Eles dizem-nos que Raúl foi considerado, por 5 vezes, o melhor jogador da Liga espanhola; dizem-nos também, que venceu 2 “Pichichis” (troféu para o melhor marcador de “La Liga”). E nisto de vitórias, que tal referir as 6 “La Ligas”, as 4 Supertaças, as 2 Taças Intercontinentais, a Supertaça Europeia e as 3 “Champions” conquistadas?!
Nesta senda dos triunfos, e na imortalidade que trazem a quem os alcança, há que dizer que a Liga dos Campeões desempenhou um papel preponderante na carreira de Raúl. Sem dúvida alguma, os 3 troféus que ajudou a vencer, são os momentos mais altos por si vividos. Contudo, no plano estritamente pessoal, se é que no futebol assim se pode falar, também o avançado escreveria o seu nome nos anais da competição. Ora, durante algum tempo, foram de sua pertença importantes recordes. Raúl chegou a ser o melhor marcador e o atleta com mais presenças na história da competição. Foi, em 1999/00 e em 2000/01, o goleador máximo do torneio. E é, apenas como curiosidade, o único futebolista que conseguiu marcar golos, consecutivamente, durante 14 partidas.
Apesar das glórias que viveu no Santiago Barnabéu, a ligação com o Real Madrid acabaria por ter o seu fim. Após ter conseguido tornar-se no jogador com mais partidas disputadas e golos concretizados pelo clube, o avançado, no Verão de 2010, mudar-se-ia para a Alemanha.
Após ter assinado pelo Schalke 04, seria na “Bundesliga”, e também na “Champions”, que Raúl prosseguiria a sua caminhada de êxitos. É certo que já longe dos seus anos áureos, o atacante continuaria a demonstrar enormes qualidades. Como um os dos principais elementos no plantel, os seus golos acabariam por ser um dos tónicos para as vitórias do conjunto germânico na Taça e Supertaça daquele país.
Já em 2014, e depois de, no ano anterior, ter anunciado que no Al-Sadd (Qatar) terminaria o seu percurso nos relvados, Raúl decide que ainda não era a hora certa para se aposentar! Segue viagem para os Estados Unidos, e em Nova Iorque assina contrato pelo legendário Cosmos.

CHAMPIONS

Quando falamos de Liga dos Campeões, ou, na antiga denominação, Taça dos Campeões Europeus, referimo-nos àquela que é, sem qualquer sombra de dúvida, a melhor competição mundial de clubes. Contudo, sabia que o primeiro jogo do torneio foi disputado por um emblema português? Então, não perca pitada durante este mês! É que em Setembro falaremos das curiosidades da “Champions”!!!