1556 - JOSÉ AUGUSTO

José Augusto Pereira Leite é mais um dos atletas, talvez pela similaridade com o nome do conhecido “magriço”, a preencher o meu imaginário infantil. Por tal razão, tomei a decisão de investigar um pouco mais a sua carreira que, para além de algumas aparições primodivisionárias, desconhecia em grande parte. No entanto, como em tantas ocasiões aqui relatadas, as parcas informações encontradas na pesquisa prévia à redacção deste texto, logo destaparam as dificuldades com que haveria de deparar-me na elaboração deste pequeno trecho biográfico. Todavia, achei que merecia a pena arriscar alguns erros e outras tantas omissões. Assim sendo, aqui vai…
Segundo as informações retiradas da página electrónica da Federação Portuguesa de Futebol, José Augusto ou “somente” Leite, segundo o “baptismo” do “site” da maior instituição lusa da referida modalidade, terá sido chamado aos trabalhos do conjunto agora designado como sub-14. Sem ter conseguido apurar mais dados sobre esta chamada, sou forçado a deduzir que tal convocatória, que não resultaria numa internacionalização, terá ainda ocorrido no desenovelar do período formativo do jovem atleta. Tal percurso, ainda segundo a mesma fonte, terá findado em 1979/80 e ao serviço dos juniores do Pedrouços. Já a transição para o patamar sénior terá ocorrido, na época seguinte à ainda agora mencionada, com as cores de uma agremiação sediada no Concelho de Gondomar, ou seja, o Clube Recreativo Ataense.
Tendo iniciado a sua caminhada sénior pelas pelejas “distritais”, José Augusto, antes de chegar ao convívio com os “grandes”, teria ainda de enfrentar mais alguns anos cumpridos nas divisões inferiores. Ainda assim, as duas passagens pelo Lixa e outra pelo Valonguense sublinhariam um crescimento bem vincado. Essa acentuada evolução, já na temporada de 1984/85, abrir-lhe-ia as portas do escalão maior do futebol português. Ao fazer parte da equipa do Vizela que, de forma inédita na existência do clube, haveria de marcar a estreia na 1ª divisão, o atacante entraria para a história da colectividade minhota. Contudo, a trabalhar sob a alçada de José Romão, as oportunidades conquistadas seriam poucas e só após a despromoção da equipa é que sua preponderância viria a mudar radicalmente.
A campanha de 1985/86, ainda com as cores do Vizela, serviriam, mesmo no segundo escalão, para promover o atacante. Tal seriam os indícios deixados durante a referida época que o jogador acabaria como alvo da cobiça de uma dos emblemas de maior monta no cenário luso. Apresentado como reforço do plantel de 1986/87 do Boavista, José Augusto seria uma das agradáveis surpresas no grupo de trabalho inicialmente às ordens de João Alves, para, com a saída deste, passar a trabalhar na intendência de José Torres. Porém, apesar de ser um dos atletas utilizados com uma boa frequência e de ter, com a presença das “Panteras” na Taça UEFA, ajudado à eliminação dos italianos da Fiorentina, o avançado não conseguiria cimentar-se como uma das figuras dos “Axadrezados”.
Pouco utilizado na época seguinte à da sua chegada ao Estádio do Bessa, José Augusto, na temporada de 1988/89 encetaria um périplo de “empréstimos” a levá-lo ao primodivisionário Leixões e, na campanha seguinte, afastado de vez do convívio com os “grandes”, ao Rio Ave. De seguida, segundo as informações mais uma vez retiradas do “site” da Federação Portuguesa de Futebol, surgiriam as provas agendadas para 1990/91, repartidas entre o Régua e o Oliveira do Douro, e o fim da carreira do atacante, antes ainda de completar 30 anos de idade.

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