1658 - SOEIRO

Com a formação terminada ao serviço do Vitória Sport Clube, seria ainda em idade júnior que José Manuel Guedes Soeiro da Silva acabaria, pela mão da dupla Djunga/Alfredo Murça, chamado à equipa principal. Após essa estreia, ocorrida no decorrer da temporada de 1983/84, o jovem jogador passaria a fazer parte integrante do plantel sénior do emblema vimaranense. No entanto, a falta de oportunidades traçaria um novo rumo para sua caminhada e o atleta, na campanha de 1985/86, encetaria um périplo que, durante 3 anos, iria levá-lo a representar diversas colectividades.
A passagem por Lixa, AD Fafe e “O Elvas”, mormente pelas duas últimas agremiações mencionadas, acrescentariam bastante ao seu percurso profissional. Nesse sentido, seria com as cores da colectividade minhota que Soeiro viria, inicialmente, a ser chamado aos trabalhos das jovens equipas à guarda da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado nos “esperanças”, o jogador, que devido à sua propensão defensiva viria a posicionar no centro da defesa ou a “trinco”, estrear-se-ia com as cores lusas na edição de 1987 do Torneio Internacional de Toulon. Depois dessa partida frente ao Brasil, onde seria orientado por António Oliveira, o atleta, sempre no mesmo escalão, ainda teria a oportunidade de vestir a “camisola das quinas” por outras 5 ocasiões e impulsionado por tais experiências veria as portas do clube sediado na “Cidade Berço” a abrirem-se para o seu regresso.
Em abono da verdade, não seriam apenas as internacionalizações conseguidas que convenceriam os responsáveis técnicos pelo Vitória Sport Clube a recebê-lo de novo em Guimarães. Também a passagem pelo emblema alentejano mencionado no começo do parágrafo anterior, principalmente a maneira como assumiria a titularidade no contexto primodivisionário, serviria de tónico ao seu regresso. Ainda assim, as várias presenças em campo pelo “O Elvas” de 1987/88 não assegurariam o mesmo destaque com a camisola dos “Conquistadores”. Tal preponderância surgiria apenas na temporada de 1988/89 e o jogador, a partir dessa campanha, assumir-se-ia como uma das principais caras da colectividade minhota.
Curiosamente, depois de ter ajudado ao triunfo na edição de 1988/89 da Supertaça e de ter granjeado, com o seu trabalho, o papel de capitão de equipa, o termo da campanha de 1991/92 levá-lo-ia a abraçar outro projecto. Apresentado como reforço do plantel de 1992/93 do Marítimo, Soeiro voltaria a trabalhar sob a intendência de Paulo Autuori, treinador que tinha apostado em si, de forma bem vincada, em Guimarães. No novo contexto competitivo, o atleta entraria para a história do emblema insular, logo na campanha da sua chegada ao Estádio dos Barreiros, como um dos homens a assegurar o 5º posto na tabela classificativa do Campeonato Nacional e, por consequência, a levar os “Leões do Almirante Reis” à inédita qualificação para as provas de índole continental. Já na época seguinte, sob o comando de Edinho, participaria na estreia dos “Verde-rubros” na Taça UEFA e entraria em campo em ambas as partidas frente aos belgas do Royal Antwerp.
No Funchal, permaneceria por 3 anos, ao fim das quais retornaria ao Vitória Sport Clube. Nessa campanha de 1995/96, tal como anteriormente, o jogador viria a assumir-se como um dos nomes habituais arrolados ao “onze”. Porém, a época seguinte voltaria a apresentá-lo com uma camisola diferente. No Sporting de Espinho, a temporada de 1996/97 transformar-se-ia na última da sua caminhada nos cenários primodivisionários. De seguida, pouco tendo passado da barreira dos 30 anos de idade, Soeiro começaria a aproximar-se do fim da sua carreira enquanto atleta e 1998/99, depois de representar o Felgueiras, daria azo a que “pendurasse as chuteiras”.
Apesar de deixar os relvados, Soeiro manter-se-ia ligado à modalidade. Ao abraçar as funções de técnico, o antigo futebolista orientaria diferentes colectividades e, num percurso feito pelos escalões inferiores, Joane, AD Fafe, Paredes, Lixa, Ribeirão, AR São Martinho e Tourizense fariam parte desse trajecto.

Sem comentários: